O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), disse que lançará sua candidatura a presidente da República em 28 de março de 2025, em Salvador, na Bahia, onde receberá o título de cidadão baiano.

Caiado esteve no Senado, neste sábado (1º.fev.2025), para apoiar a eleição de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para presidente da Casa Alta.

O governador de Goiás voltou a confirmar sua candidatura a presidente em entrevista a jornalistas: “Vou concorrer, tanto é que vocês já estão convidados aqui para o dia 28 de março. Já vou dar partida na minha pré-candidatura a presidente da República. E daí já vou começar a andar o Brasil nos finais de semana, já percorrendo todos os Estados e levando a nossa discussão, a nossa proposta”.

A primeira-dama de Goiás, Gracinha Caiado, é baiana. Nasceu em Feira de Santana. É cotada para disputar o Senado pelo Estado em 2026.

Caiado, no entanto, não indicou quem deve ser seu vice na disputa para presidente. Declarou ser “muito cedo” e que aguardará a Convenção Nacional do União Brasil, que será realizada em 2026.

O governador tem tentado viabilizar sua candidatura desde a sua reeleição para governador de Goiás. No início, buscou se colocar como um candidato de Jair Bolsonaro (PL).

A eleição municipal de 2024, no entanto, inviabilizou isso. Os 2 bancaram candidatos adversários na concorrência pela Prefeitura de Goiânia e a disputa acabou se tornando um enfrentamento indireto entre o governador e o ex-presidente.

A Justiça Eleitoral de Goiás, numa decisão de 1ª instância, tornou o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), inelegível por 8 anos por abuso de poder político. Também determinou a inelegibilidade pelo mesmo período e a cassação do registro do prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil), e da vice-prefeita eleita, Cláudia da Silva Lira, a coronel Cláudia (Avante).

A determinação foi proferida pela juíza Maria Umbelina Zorzetti, da 1ª Zona Eleitoral da capital de Goiás, por entender que Caiado teria favorecido Mabel e coronel Cláudia, candidatos que tiveram seu apoio. Todos recorreram ao TRE-GO (Tribunal Regional Eleitoral). Como não tem execução imediata, Caiado continuará no cargo.

IMPASSE
Outro impasse a ser enfrentado por Caiado é o apoio do partido. O União Brasil está, hoje, na base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O governador, que já foi deputado federal e senador, é historicamente oposição aos governos petistas.

O partido, hoje, tem 3 ministérios no governo Lula: Turismo (Celso Sabino), Comunicações (Juscelino Filho) e Integração e Desenvolvimento Regional (Waldez Góes).

Em 2026, a sigla terá de decidir se irá lançar candidato próprio ou se apoiará a reeleição de Lula. O petista tem trabalhado para garantir o apoio e pode ampliar o espaço do União Brasil no Planalto, em reforma ministerial planejada para ser feita depois da eleição do Congresso.

PEC DA SEGURANÇA PÚBLICA
Caiado também se manifestou, mais uma vez, contra a PEC da Segurança Pública.

O governador tem sido um dos mais combativos na discussão da proposta de emenda à constituição. A ideia do governo é dividir a responsabilidade com os Estados pelas polícias civil e militar.

Os chefes dos Executivos estaduais alegam que o governo federal acabará interferindo na autonomia das unidades da Federação.

O ministro Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública) enviou um novo texto à Casa Civil com adaptações para atender às demandas dos governadores.

Na coletiva deste sábado (1º.fev), no entanto, Caiado reafirmou sua posição. “Como é que o deputado federal vai votar para tirar poder do seu ente federado? Como é que ele vai explicar isso na sua base? Como é que um senador da República vai explicar que votou contra, sendo que ele é o representante da unidade federativa?”, questionou.

Para o governador de Goiás, a medida é “descabida” e “desarrazoada”.

“É algo que mostra o sentimento deste atual governo em concentrar poderes. Essa que é a finalidade deste governo”, afirmou Caiado.

Poder 360

PAX

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convidou os novos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para um café da manhã nesta segunda-feira (3). O encontro deve ocorrer no Palácio da Alvorada.

Entre os assuntos a serem discutidos está a pauta de projetos prioritários para governo em 2025. O ministro de Relações Institucionais, deputado Alexandre Padilha (PT-SP), disse que nos primeiros dias da próxima semana deve apresentar as propostas.

Entre os projetos listados por Padilha estão o que pretender zerar o Imposto de Renda para pessoas que ganham até R$ 5 mil.

Na lista também devem constar um projeto voltado para microempreendedores e outro que cria o Acredita Exportação, para estimular a venda de produtos brasileiros no exterior.

Outro ponto que deve ser tratado com a Câmara é o Plano Nacional de Educação. E ainda: um projeto, que já passou pelo Senado, que protege as pessoas de crimes no ambiente digital.

Senado
Eleito presidente do Senado, com 73 votos, o senador Davi Alcolumbre (União-AP) afirmou neste sábado (1°) que a gestão dele irá “respeitar e ajudar” o governo federal com relação às pautas no Congresso Nacional.

Alcolumbre, no entanto, afirmou que o Senado terá direito de decidir com o que concorda e ressaltou que as propostas devem passar por um rito de diálogos.

Câmara
Apoiado por partidos governistas, de centro e da oposição, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) foi eleito no sábado (1°), como o novo presidente da Câmara com 444 votos. Ele comandará a Casa pelos próximos dois anos.

No seu discurso no plenário nesse sábado, antes da eleição, Motta fez diversos acenos às forças políticas da Casa, como para governistas, oposição, partidos pequenos, siglas de centro e a bancada feminina.

Em contraponto às práticas de Lira nos últimos anos, prometeu dar previsibilidade à pauta e às definições de sessões remotas. Também afirmou que vai fortalecer as comissões temáticas e diversificar a indicação de relatores.

cnn

Eldorado

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou no sábado (1) uma ordem impondo tarifas rígidas sobre importações do México, Canadá e China. A medida gerou reações imediatas dos países afetados e aumentou as tensões comerciais entre nações que, historicamente, eram aliadas.

O Canadá anunciou uma taxação de 25% sobre produtos dos EUA, enquanto a presidente do México, Claudia Sheinbaum, afirmou que o país adotará um plano com medidas tarifárias e não tarifárias contra os americanos. Já a China, que ainda analisa sua resposta, deve levar o caso à Organização Mundial do Comércio (OMC).

Trump justificou a decisão como uma ação para “proteger os americanos”, pressionando os três países a reforçarem o combate à fabricação e exportação de fentanil ilícito. Além disso, cobrou que Canadá e México adotem medidas para conter a imigração ilegal.

A medida pode impactar a inflação nos Estados Unidos, prejudicando a confiança de eleitores que esperam uma redução nos preços de bens essenciais. Além disso, há riscos de instabilidade econômica global e turbulências dentro do próprio governo Trump, que está há apenas duas semanas no segundo mandato.

A ordem presidencial impõe taxas de 10% sobre todas as importações da China e de 25% sobre as do México e do Canadá. A energia importada do Canadá, como petróleo, gás natural e eletricidade, também será tarifada em 10%. A Casa Branca prevê aumentos adicionais caso os países adotem medidas de retaliação.

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, classificou a decisão como divisiva e anunciou tarifas equivalentes de 25% sobre até US$ 155 bilhões em produtos americanos, incluindo bebidas alcoólicas e frutas. Ele também lembrou que o Canadá sempre esteve ao lado dos EUA em momentos de crise, como no Afeganistão, em incêndios na Califórnia e no furacão Katrina.

Já a presidente do México rejeitou a acusação da Casa Branca de que o governo mexicano tem ligações com organizações criminosas. “Se os EUA realmente quisessem combater o consumo de fentanil, deveriam enfrentar a venda de drogas em suas próprias ruas e reprimir a lavagem de dinheiro que alimenta essa atividade criminosa”, declarou Claudia Sheinbaum.

Na China, o Ministério das Relações Exteriores expressou forte oposição às tarifas e anunciou que tomará contramedidas para proteger seus interesses. O país também pretende entrar com uma queixa na OMC contra as “práticas ilícitas dos EUA”.

Com informações do Estadão

Mega 20

A governadora Fátima Bezerra (PT) vetou “integralmente” o Projeto de Lei nº 53/24, que “estabelece multas e sanções administrativas a quem praticar invasões, ocupações, atos de esbulho e turbação contra propriedades privadas e detenções precárias de propriedades públicas”

A matéria é de autoria do deputado estadual Gustavo Carvalho (PL) e havia sido aprovada pela Assembleia Legislativa em sessão realizada em 18 de dezembro do ano passado. Vale lembrar que em 2024 aconteceram algumas invasões a propriedades no estado.

Como justificativa, o governo alega que “o conteúdo do Projeto de Lei aprovado pelo Parlamento Estadual afronta norma constitucional, pois busca regular, em âmbito territorial restrito ao Estado do Rio Grande do Norte, regras concernentes ao “instituto da posse”, especificamente sobre temas que tangenciam posse e propriedade, logo, matéria pertencente ao campo do Direito Civil, bem como no respeitante à aplicação de sanção pecuniária (multa) no caso de usurpação de imóvel, matéria regulada no âmbito do Direito Penal e do Direito Processual Penal, posto que a pena de multa possui a natureza de sanção criminal”.

Ainda dentro da argumentação para o veto governamental, é dito que “a regulamentação havida em âmbito nacional e a inexistência de lei complementar federal que autorize os Estados-membros a legislarem sobre questões específicas relacionadas à matéria em tela afastam a possibilidade de suplementação legislativa, tampouco o Estado do Rio Grande do Norte apresenta peculiaridade que justifique produção legislativa distinta dos demais. Tais circunstâncias afastam a suplementação legislativa prevista no parágrafo único do art. 22 da Constituição Federal”.

Tribuna do Norte

Eldorado

O Governo Federal aumentou em 34% o orçamento dos tratamentos de atenção especializada do Ministério da Saúde entre 2022 e 2024. O investimento passou de R$ 54,9 bilhões em 2022 para R$ 74,7 bilhões no ano passado. O recurso é aplicado em tratamentos especializados como quimioterapia, transplantes, exames especializados, hemodiálise, consultas e cirurgias eletivas.

A destinação dos recursos é o maior crescimento no número de serviços especializados no Sistema Único de Saúde (SUS) nos últimos 10 anos. Com o valor, foi possível reajustar valores da tabela SUS para hospitais e serviços filantrópicos, por exemplo.

“Com o investimento, conseguimos realizar o maior número de consultas, exames e cirurgias na história do SUS em 2024. Além disso, ampliar o número de médicos especialistas que atendem na rede pública entre 2022 e 2024”, destaca a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

O reforço no orçamento é referente ao Fundo de Ações Estratégicas e Compensação por Produção, que financia quimioterapia, transplantes, hemodiálise, alta complexidade, entre outros serviços. Além do fundo, o investimento subsidia o Financiamento de Média e Alta Complexidade Programado que compreende consultas, cirurgias eletivas e exames especializados.

Tribuna do Norte

Mega 20
Brasília - 10/07/2023 - Página do Sisu 2023 na internet. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
© Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Os aprovados no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2025 podem realizar a matrícula na instituição pública de ensino superior para a qual foram selecionados até esta segunda-feira (3).
A maioria das instituições participantes do Sisu são da rede federal de ensino superior, com destaque para universidades e institutos federais.
Ao todo, esta edição do Sisu de 2025 teve 254.899 candidatos aprovados, sendo 128.691 na ampla concorrência, 111.655 na modalidade de cotas e 14.553 por meio de ações afirmativas das próprias instituições de ensino superior.
Os resultados do processo seletivo foram divulgados há uma semana, em 27 de janeiro, com um dia de atraso, no Portal Único de Acesso ao Ensino Superior. Em seguida, o Ministério da Educação (MEC) ampliou o período de matrículas ou registro acadêmico nas instituições públicas de ensino superior participantes do Sisu. O prazo anterior terminaria na sexta-feira (31).
Matrícula
O MEC avisa que é responsabilidade do estudante observar as condições, os procedimentos e os documentos para matrícula, conforme o edital de cada instituição pública de ensino superior escolhida pelo estudante no momento de inscrição no processo seletivo.
O candidato deve também ficar atento aos dias, horários e locais de atendimento definidos pela universidade. A unidade pode, por exemplo, definir se as matrículas serão de forma remota ou presencial. Por isso, é preciso consultar o edital próprio de cada universidade.
Após o período de matrículas dos estudantes, as instituições terão até 6 de fevereiro para lançar no sistema as vagas ocupadas no Sisu.
Entre 12 de fevereiro e 30 de setembro deste ano, as universidades poderão publicar listas de classificados na lista de espera do Sisu 2025. Os candidatos que não foram classificados em nenhuma de suas duas opções de cursos na chamada regular puderam manifestaram interesse em participar da lista de espera do Sisu até esta sexta-feira (31). [ https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2025-01/sisu-candidatos-podem-se-inscrever-na-lista-de-espera-ate-esta-sexta ]  
O Sisu
Desde 2010, o Sisu reúne as vagas ofertadas por instituições públicas de ensino superior de todo o Brasil, que participam do processo seletivo vigente.
A seleção dos estudantes é feita com base na média das notas obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) do ano anterior, respeitando o limite de vagas disponíveis para cada curso e modalidade de concorrência.
O programa do governo federal tem o objetivo de democratizar o acesso às instituições públicas de ensino superior no país.
Adicionalmente, nesta edição do Sisu de 2025, o MEC destaca o programa Pé-de-Meia Licenciaturas, que oferece incentivo financeiro de R$ 1.050 a estudantes com alto desempenho (nota igual ou superior a 650 pontos) no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024 que optarem por cursos presenciais de licenciatura. 
O MEC estima que a iniciativa deve aumentar o ingresso, a permanência e a conclusão nos cursos de licenciatura no país e deve aumentar, em mais de 23% , a procura de docentes por cursos presenciais que formam professores.

Agência Brasil

Mega 20
Rio de Janeiro (RJ), 14/11/2023 – População enfrenta forte onda de calor no Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
© Tomaz Silva/Agência Brasil

O mês de fevereiro começou com uma onda de calor que atinge áreas dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. O alerta é do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e se estende até a próxima quarta-feira (5). O Inmet emitiu os avisos amarelo e laranja, de perigo potencial e perigo, indicando temperaturas que podem chegar a 5°C acima da média climatológica.
O aviso laranja deixa em atenção boa parte do Rio Grande do Sul, com destaque para o sudoeste e o noroeste do estado, além da região metropolitana de Porto Alegre. Já o aviso amarelo alcança o oeste de Santa Catarina, a região metropolitana de Porto Alegre e o noroeste gaúcho.
A previsão indica temperaturas máximas entre os 35°C e 40°C, em uma ampla área do Rio Grande do Sul. A temperatura pode se aproximar dos 40°C na Grande Porto Alegre nos próximos dias.
No restante do país, a previsão do Inmet para fevereiro indica chuvas entre a média climatológica e acima da média em grande parte das regiões Norte e Nordeste, exceto em áreas do leste do Acre, sul do Pará e do Amazonas, parte de Rondônia e do Tocantins, bem como da Bahia, onde os volumes de chuva podem ficar abaixo da média.
Volumes inferiores a 80 mm são previstos para o leste da Bahia, Alagoas e Sergipe. Nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, podem ocorrer chuvas abaixo da média. Contudo, em áreas do noroeste de Mato Grosso, norte de Mato Grosso do Sul, faixa leste de São Paulo, de Minas Gerais, do Espírito Santo e do Rio de Janeiro, a tendência é de predomínio de chuvas próximas e até acima da média climatológica, com volumes que podem ultrapassar os 160 mm, informa o Inmet.
A previsão indica temperaturas acima da média em grande parte do país, com valores superiores a 26°C, principalmente nas regiões Norte e Nordeste.

Agência Brasil

Campo Forte

O 13º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Currais Novos registrou diversas ocorrências entre os dias 02 e 03 de fevereiro de 2025, abrangendo municípios da sua área de atuação. Confira os principais registros:

  • 1ª Cia/SEDE:C/A
    01 – DESCUMPRIMENTO DE MEDIDA PROTETIVA
    01 – APOIO A OUTROS ÓRGÃOS
    01 – FURTO (CELULAR)
  • OCORRÊNCIAS NAS CIA’S E DPM’S
  • 2ª CPM:
  • ACARI/SEDE: C/A
    01 – AVERIGUAÇÃO EM CHAMADA PARA ATENDIMENTO
  • FL0RÂNIA: C/A
    01 – AVERIGUAÇÃO EM CHAMADA PARA ATENDIMENTO
    01 – PERTURBAÇÃO DE SOSSEGO ALHEIO
  • SÃO VICENTE: S/A
  • 3ª CPM:
  • LAGOA NOVA/SEDE: S/A
  • BODÓ: S/A
  • CERRO CORÁ: S/A
  • TEN.LAURENTINO CRUZ: C/A
    01 – APOIO AO MESMO ÓRGÃO (CPRE EM ACIDENTE DE TRÂNSITO)
    01 – ACIDENTE DE TRÂNSITO SEM VÍTIMA
    01 – FURTO (MOTOCICLETA)

A Polícia Militar segue atenta e atuante na segurança da região, garantindo o atendimento das ocorrências e a tranquilidade da população.

Eldorado
Brasília-DF 02/02/2025 Morre bispa Keila Ferreira, líder da Assembleia de Deus Foto Instagram/ bispakeilaferreira
© Foto Instagram/ bispakeilaferreira

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou nota de pesar pelo falecimento da bispa Keila Ferreira, aos 52 anos. Keila era casada com o bispo Samuel Ferreira, presidente executivo da Convenção Nacional das Assembleias de Deus no Brasil e líder da Assembleia de Deus em São Paulo, e morreu neste sábado (1º).
“Com profundo pesar recebi a notícia do falecimento da bispa Keila Ferreira, uma das principais lideranças da Assembleia de Deus do Brás. Esposa do bispo Samuel Ferreira, sua partida precoce é sentida não apenas pela família, mas por toda a comunidade, a que tanto se dedicou”, escreveu o presidente.
Lula destacou a trajetória da bispa como importante liderança das mulheres no meio evangélico. “A bispa Keila era uma referência de fé inabalável e amor genuíno ao próximo. Sua vida foi marcada pelo compromisso incansável em servir, inspirando muitos com seu exemplo e ensinamentos”, acrescentou.

Agência Brasil

PAX
Brasília (DF), 01/10/2024 - Teste de mamografia realizado na Campanha Outubro Rosa: Sesc-DF, que oferece exames e consultas gratuitas às mulheres.  Foto: José Cruz/Agência Brasil
© José Cruz/Agência Brasil

A partir de quantos anos se deve fazer a mamografia de rastreio, ou seja, como um exame de rotina, mesmo sem sintomas? Para autoridades públicas, como o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o ideal é que a mamografia seja feita a cada dois anos por todas as mulheres entre 50 e 69 anos. Algumas entidades médicas, como a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), entretanto, recomendam exame anual a partir dos 40 anos.
As divergências ganharam notoriedade há alguns dias, depois que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) fez consulta pública sobre as atualizações do Manual de Boas Práticas em Atenção Oncológica, usado no Programa de Certificação de Boas Práticas em Atenção à Saúde. Órgão regulador dos planos de saúde, cabe à ANS fiscalizar o serviço prestado e criar normas e outras iniciativas que melhorem o atendimento à população. 
Entre os critérios para que as operadoras de planos de saúde sejam certificadas, está a realização de exames de rastreamento de diversos tipos de câncer, o que contribui para o diagnóstico precoce. No caso do câncer de mama, a minuta elaborada pela ANS estabelece o rastreamento organizado, com a convocação de todas as beneficiárias dentro da faixa etária para fazer a mamografia e outros exames complementares que forem necessários.
Até esse ponto, há consenso. “A melhor maneira de desenvolver a linha de cuidados do câncer é tentar fazer o diagnóstico da doença o mais precocemente possível. Porque quanto mais precoce for o diagnóstico, o tratamento é mais efetivo e é menos dispendioso”, diz o diretor-geral do Inca, Roberto Gil. 
A mastologista Rosemar Rahal, que integra a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), complementa: “Este é o caminho, não tenho dúvida. Os países que reduziram a mortalidade por causa de câncer de mama conseguiram fazendo o rastreamento organizado.” 
Divergências
A ANS decidiu, entretanto, seguir em sua minuta o protocolo do Inca, que também é adotado no Sistema Único de Saúde (SUS) e preconiza a realização de mamografia de rastreio apenas a partir dos 50 anos, com intervalo de dois anos entre os exames, caso nenhum problema seja encontrado. “O rastreamento do câncer deve ser direcionado às mulheres na faixa etária e periodicidade em que há evidência conclusiva sobre redução da mortalidade por câncer de mama e em que o balanço entre benefícios e possíveis danos à saúde dessa prática seja mais favorável”, diz a minuta. 
A escolha motivou protestos de várias entidades médicas, que defendem a inclusão de pessoas de 40 a 50 anos e a realização anual dos exames. “Esse já é um posicionamento das sociedades médicas há alguns anos. Nós já temos três diretivas publicadas pela SBM, pela Febrasgo [Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia] e pelo Colégio Brasileiro de Radiologia nos anos de 2012, 2017 e 2023, colocando o que essas três sociedades médicas consideram como sendo ideal para o rastreamento mamográfico no Brasil. (…) Porque nós temos no Brasil 25% dos cânceres de mama entre 40 e 50 anos de idade. Então, se nós fazemos esse rastreamento só a partir dos 50 anos, estaremos postergando o diagnóstico. Essa lesão prolifera dentro desse tecido mamário e chega para gente em um estágio mais avançado”, afirma Rosemar Rahal.
O diretor-geral do Inca enfatiza que o protocolo do instituto está de acordo com a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer: “A informação científica que temos hoje não é da opinião de um especialista, é da literatura médica, avaliada com o nível de evidência 1, meta-análise e estudo randomizado, que é o maior nível de evidência que se tem. Grande parte dos trabalhos não conseguiu mostrar nenhum aumento de sobrevida na faixa dos 40 aos 50 anos. Só houve aumento de sobrevida na faixa de 50 a 69 anos.”
Roberto Gil explica por que esses estudos consideram que os 50 anos são a idade certa para o início do rastreamento na população em geral: “Não estamos negando que mulheres abaixo de 50 anos tenham câncer de mama. Estamos falando que, abaixo dos 50 anos, acumulam-se outros problemas e o rastreamento populacional é menos eficiente. A mamografia é um exame de raio X, que vai ser mais efetivo na medida que a mama seja menos densa e que se tenha mais contraste na imagem, para não se confundir o parênquima normal com um nódulo. Então [antes dessa idade], aumenta muito mais a possibilidade de ter falsos positivos e ter que fazer mais exames. Posso fazer uma biópsia e ser mais difícil interpretar e levar a uma cirurgia desnecessária.” 
O médico afirma também que a mudança da faixa etária pode atrapalhar o rastreamento da população atualmente incluída. “Hoje, 30% das mulheres brasileiras nunca fizeram uma mamografia. Então, para dar um exemplo, seria como se eu estivesse fazendo um salto em altura. Eu botei o meu sarrafo em 2 metros e não estou conseguindo pular. A minha próxima medida vai ser tentar melhorar e treinar muito para pular os 2 metros, ou elevar o sarrafo para 2,50?” 
A mastologista Rosemar Rahal, porém, ressalta que o aumento da demanda não seria um problema por si só. “No Brasil, não temos déficit de aparelho de mamografia, temos déficit de mamografias. O aparelho está lá, mas não é usado. E aí tem uma série de questões que vêm à tona. Talvez esse exame não seja solicitado, ou quando é solicitado a paciente não faz por medo do exame e do diagnóstico. A nossa questão não é de falta de equipamento, a nossa questão é de comunicação.”
Cobertura
Quando a discussão chegou às redes sociais, muitos usuários começaram a dizer que a ANS pretendia mudar as regras de cobertura, impedindo mulheres mais jovens de fazer a mamografia pelos planos A agência esclareceu que os critérios do manual se referem apenas ao programa de certificação, que é de adesão voluntária das operadoras, e não tem nenhuma relação com o chamado rol obrigatório: uma lista com todas as consultas, exames, cirurgias e tratamentos que as operadoras devem cobrir. 
Atualmente, o rol garante direito à mamografia bilateral para mulheres de qualquer idade, conforme indicação médica, e mamografia digital, dos 40 aos 69 anos. Até a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República divulgou nota enfatizando que os planos de saúde não podem negar mamografia, sob pena de multa. 
Mesmo assim, a mastologista Rosemar Rahal teme que a adoção do manual com a redação atual possa embasar negativas de cobertura por parte dos planos de saúde: “Se a Agência Nacional coloca um selo de qualidade e considera como qualidade realizar mamografia a partir dos 50 anos, de 2 em 2 anos, toda a saúde suplementar vai considerar aquilo como ideal. O que a gente acredita é que, se o documento for publicado desse jeito, os planos de saúde vão assumir isso como regra.”
Na última segunda-feira (27), a ANS realizou reunião com representantes de diversas entidades médicas para esclarecer dúvidas sobre a consulta pública e concedeu prazo de 30 dias para que s apresentem os estudos científicos e dados técnicos que embasam o pedido de mudanças nos critérios de rastreamento. Além disso, a ANS recebeu mais de 63 mil contribuições por meio da consulta pública e informou que vai analisar todas as propostas recebidas. 

Agência Brasil

PAX