Mossoró Cidade Junina vira vitrine da gestão Allyson e atrai multidões

A cidade de Mossoró está prestes a viver mais uma edição do seu maior evento anual com uma estrutura que, segundo a prefeitura, supera qualquer padrão já visto na cidade — público ou privado. Às vésperas do início oficial do Mossoró Cidade Junina 2025, o prefeito Allyson Bezerra (União) concedeu entrevista à rádio Difusora e afirmou que o evento se consolidou como “o maior do Rio Grande do Norte, o que mais movimenta a economia, o que mais atrai turistas e o que mais divulga Mossoró para o Brasil”.

Com uma estimativa de público na casa das centenas de milhares durante todo o mês de junho, a prefeitura diz que está preparada para receber multidões, com reforço de segurança, mobilidade, acessibilidade e atrações artísticas nacionais e regionais. “A estrutura que a gente tem hoje no Cidade Junina é de primeiro mundo. Nem eventos privados em Mossoró têm o nível de segurança e organização que estamos entregando”, disse o prefeito.

Além do reforço no efetivo das forças federais, estaduais e municipais, a festa contará com videomonitoramento e reconhecimento facial. De acordo com Allyson, o diferencial da nova fase do evento, iniciada em 2022, está na forma de gestão. “Hoje o evento tem planejamento de um ano para o outro. A gente tem metas, estrutura, resultado e patrocínio.”

Segundo ele, os maiores cachês de artistas nacionais serão pagos diretamente com a verba captada junto a patrocinadores. “Os grandes grupos empresariais agora querem associar sua marca ao evento porque enxergam um produto positivo, bem organizado e seguro”, explicou. A mudança estratégica no palco da Estação das Artes também deve favorecer a projeção da festa: “Vai render a maior imagem de multidão já registrada no Cidade Junina.”

Outro ponto citado com destaque é o crescimento do “Front da Inclusão”, espaço reservado a pessoas com deficiência e seus acompanhantes. De acordo com o prefeito, o número de vagas foi ampliado de 50 para 100, com acessibilidade garantida e visão privilegiada para o palco. “Vamos ter ali cerca de 200 pessoas, incluindo cadeirantes e autistas. É um camarote com acessibilidade e dignidade, idealizado com apoio direto das associações”, disse, mencionando o envolvimento direto da primeira-dama Cinthia Pinheiro.

A estrutura do polo Arraiá do Povo também foi reformulada. O espaço triplicou em relação à primeira edição e o palco foi realocado para favorecer ventilação e visibilidade, inclusive da BR que margeia o local. Toda a programação será voltada para a cultura regional, com exclusividade para o forró tradicional. “É o polo que preserva o que o Mossoró Cidade Junina tem de mais autêntico.”

Allyson destacou ainda que, este ano, três mercados públicos — Cobal, Mercado Central e Mercado do Bom Jardim — passam a integrar oficialmente o circuito da festa com o chamado Arraiá do Dia. A Cobal, segundo ele, foi completamente reformada sem retirar os comerciantes do local. “Foi uma das obras mais difíceis da nossa gestão. Fizemos com o mercado funcionando e com o desafio de garantir dignidade a todos”, afirmou.

Sobre a repercussão e a expectativa da cidade, Allyson se disse motivado como no início do mandato. “Estou me sentindo como no primeiro dia. É como o primeiro namoro, o primeiro emprego. Quero seguir entregando tudo o que me comprometi — e mais”, disse. Para ele, a festa deste ano é mais do que entretenimento: é um cartão de visitas da cidade e da atual gestão.

Prefeito anuncia calçadas com novo modelo e projeto cidade inteligente

Mossoró quer ser referência nacional em mobilidade urbana e acessibilidade. Em entrevista à rádio Difusora, o prefeito Allyson Bezerra revelou que o município já tem pronto o projeto que implantará calçadas nos moldes do que há de mais moderno no mundo. Inspirado em experiências internacionais, como a recente visita que fez à China, Allyson disse que não encontrou em Xangai — cidade com 25 milhões de habitantes — uma única calçada sem acessibilidade e piso tátil. “A cidade inteira é acessível. E se eles conseguem, por que a gente não pode fazer aqui?”, questionou.

Segundo o prefeito, o projeto foi elaborado durante mais de um ano e meio e já está em fase de finalização para licitação dos primeiros trechos. A proposta é transformar o centro de Mossoró em um modelo acessível e replicável para o restante da cidade. “Vamos ter calçadas que não deixam a desejar para nenhuma cidade do mundo. O que eu vi fora, quero implantar aqui”, afirmou.

A iniciativa se soma a um conceito mais amplo que ele batizou de “cidade inteligente”. Na visão do prefeito, não se trata apenas de tecnologia, mas de uma lógica de inclusão, segurança, conectividade e eficiência urbana. “Uma cidade inteligente é uma cidade onde o cadeirante tem autonomia, onde o deficiente visual encontra piso tátil, onde há sinalização que ajuda a fluir o trânsito, onde tem internet nas praças, nas escolas, nas UBSs”, explicou.

Allyson também mencionou a intenção de implantar terminais de autoatendimento com tecnologia assistiva. A ideia é que pessoas com deficiência visual ou baixa mobilidade possam, sozinhas, realizar serviços simples como consultas, pagamentos e informações públicas, com equipamentos adaptados à sua condição. “Imagina uma pessoa com deficiência chegando num equipamento público e a máquina reconhecendo suas necessidades e oferecendo a funcionalidade adequada. Eu vi isso lá fora, e quero trazer pra cá.”

O prefeito reafirmou que seu estilo de gestão é obsessivamente voltado para o dia a dia da cidade. “Eu cobro muito dos secretários. Gosto de estar presente, de ir até as obras, de fazer reuniões com equipe. É isso que o povo espera de mim.”

Durante a entrevista, Allyson também lembrou o esforço de reorganização urbana promovido desde o início da gestão. Citou o Centro Comercial, o ordenamento dos camelôs e a entrega de mercados públicos reformados como pilares desse projeto de cidade acessível e organizada. “Demos dignidade para quem trabalhava na rua, criamos o centro comercial com mais de 300 boxes, e agora vamos transformar a calçada em espaço de todos. É para o cadeirante, para o empresário, para o camelô, para o pai de família.”

Para Allyson, o conceito de cidade inteligente em Mossoró será construído não apenas com obras, mas com visão. “Não é copiar tudo de fora. É trazer o que dá certo lá e adaptar à nossa realidade. É cuidar do detalhe, do cotidiano, da rua, da praça, do sinal, da escola. E fazer isso pensando no cidadão.”

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