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Brasil
05 nov

Novembro Azul traz alerta sobre o câncer de próstata

Novembro Azul traz alerta sobre o câncer de próstata

O câncer de próstata é o mais incidente na população masculina do Rio Grande do Norte, excluindo os de pele não melanoma, com uma taxa bruta de 82,45 novos casos a cada 100 mil homens, segundo as últimas estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), divulgadas em 2023. A campanha Novembro Azul, realizada anualmente, tem como objetivo conscientizar a população masculina sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata.

O urologista Maryo Kemps afirma que a doença é a mais comum entre os homens e a segunda mais letal. Os principais fatores de risco são o histórico familiar e a etnia, sendo o homem negro o de maior incidência. O médico ressalta que os homens com fatores de risco devem iniciar o rastreamento da doença a partir dos 45 anos; os demais podem começar os exames a partir dos 50 anos.

Para Kemps, a maior barreira para a detecção precoce é a ausência de uma rotina de cuidados com a saúde. “O homem tem dificuldade de aceitar que ele também pode adoecer, sofrer, pedir ajuda. É preciso superar o tabu de que homem precisa ser sempre forte e que não precisa de suporte”, afirma o urologista. A doença, geralmente, não apresenta sintomas em seus estágios iniciais, e a única maneira de alcançar o diagnóstico precoce — que pode elevar as chances de cura em até 95% — é por meio do acompanhamento periódico com exames específicos.

A Liga Contra o Câncer, em Natal, é uma das instituições de referência no tratamento da doença no estado. Em 2024, foram realizadas 1.361 cirurgias de câncer de próstata pela instituição. De janeiro a setembro de 2025, esse número já chega a 893 procedimentos.

Foi o caso do natalense Alexandre Magno, 69 anos, economista. Com histórico da doença na família, ele realizava exames por insistência da esposa, Maria Régia. Em 2014, após exames que indicaram o PSA (Antígeno Prostático Específico) elevado, recebeu o diagnóstico. “Eu ia ao médico a cada 6 meses, nunca deu nada. Quando, de repente, deu o PSA lá em cima. Então, em fevereiro, eu fiz a biópsia e, em abril, eu fiz a prostatectomia”, relata.

Tribuna do Norte

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