PF suspeita que organização criminosa tenha adulterado bebidas com metanol; Brasil tem 17 casos confirmados de intoxicação

A Polícia Federal instaurou um inquérito policial, nesta segunda-feira (29), para investigar as contaminações de Metanol em bebidas alcoólicas. A investigação será em todo o território nacional e não apenas em São Paulo, estado o qual os primeiros casos foram notificados. A principal suspeita é que uma organização criminosa esteja por trás da adulteração das bebidas.
Até o momento, já foram três óbitos confirmados, todos na cidade de São Paulo. Entre agosto e setembro deste ano, foram contabilizados 17 casos de intoxicação por metanol, número que é quase a média anual no país que é 20, segundo o Ministério da Saúde. De acordo com o Governo Federal, casos deste tipo são comuns em pessoas que estão em situação de rua, dependentes químicos e suicidas (se você está precisando de ajuda, disque 188 para falar com o Centro de Valorização da Vida – CVV).
Em coletiva realizada nesta terça-feira (30), o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, informou que governo federal esta expandindo as investigações, pois, há a suspeita de ter uma organização criminosa por trás disso, de que seja um processo que ocorra em cadeia. “Nós determinamos que a Polícia Federal abrisse um inquérito policial para verificar a procedência dessa droga e a rede possível de distribuição, que é o que tudo indica, transcende os limites de um único estado. No momento, as ocorrências estão concentradas no estado de São Paulo, mas tudo indica que há uma distribuição para além do estado de São Paulo e, portanto, sendo uma ocorrência que transcende limites de um estado, isto atrai a competência da Polícia Federal”, afirmou Lewandowski.
O ministro também destacou que a contaminação ocorreu em bares e restaurantes com bebidas normalmente consumidas como whisky, gin, vodka e demais destilados.
Tribuna Norte