Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Aos 56 anos, Paulo trata um câncer de esôfago em um hospital filantrópico de São Paulo. A doença veio se a somar a pelo menos outros dois danos associados ao uso abusivo de bebidas alcoólicas ao longo de 25 anos: um grave acidente de moto que o deixou com sequelas motoras e uma briga de bar em que fraturou a mandíbula.

Há um ano e meio, por insistência da família, ele passou a frequentar um grupo do AA (Alcoólicos Anônimos) e se mantém abstêmio desde então. “Só agora me dou conta das besteiras que já fiz na vida por causa de bebedeira”, diz ele.

Os gastos diretos com hospitalizações e procedimentos ambulatoriais para tratar problemas de saúde relacionados ao uso do álcool custam ao SUS (Sistema Único de Saúde) R$ 1,1 bilhão por ano, segundo estudo da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). Os homens respondem por 74% dessas despesas.

Entram nessa conta doenças do fígado, do pâncreas e cardiovasculares, além de diversos tipos de câncer, transtornos mentais, acidentes de trânsito e violências interpessoais, entre outros.

Os chamados gastos indiretos, como perda de produtividade (absenteísmo e mortes prematuras), licenças médicas e aposentadorias precoces, acrescem mais R$ 17,7 bilhões na fatura atribuída às bebidas alcoólicas.

Paulo, por exemplo, não faz ideia das vezes em que, com ressaca incapacitante, deixou de trabalhar ou teve desempenho muito pior em relação aos dias em que não bebeu. Cobrador de ônibus em São Paulo, hoje está afastado do trabalho para tratar o câncer.

O total de gastos diretos e indiretos (R$ 18,8 bilhões) do país com os malefícios das bebidas alcoólicas representou 8,6% do orçamento total da saúde de 2024 e 61,6% do valor que o governo pretende investir até 2026 em ampliação do atendimento no SUS.

A metodologia do estudo da Fiocruz, feito em parceria com as organizações Vital Strategies e ACT Promoção da Saúde, usa uma análise comparativa de risco baseada em dados oficiais do SUS e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), além de estimativas de mortes atribuíveis da OMS (Organização Mundial da Saúde).

As frações atribuíveis ao álcool foram calculadas para doenças e mortes associadas ao consumo de bebidas alcoólicas, considerando a prevalência de uso por sexo e faixa etária.

Em 2019, quase 105 mil mortes no Brasil foram associadas ao consumo de álcool. A maioria (86%) é de homens, e as principais causas são doenças cardiovasculares, acidentes e violências, mostra o estudo.

Entre as mulheres, mais de 60% dos óbitos relacionados ao álcool foram causados por doenças cardiovasculares e vários tipos de câncer.

No Brasil, o Congresso Nacional analisa uma nova reforma tributária, que entre outras propostas prevê a criação de um imposto seletivo para desestimular o consumo de produtos prejudiciais à saúde, como as bebidas alcoólicas.

Em nota, o Ministério da Saúde diz que o o consumo abusivo de álcool é um grave problema de saúde pública no Brasil, com impacto direto na mortalidade e nos custos do SUS.

Informa que o governo federal tem enfrentado o problema, por exemplo, com a expansão da Rede de Atenção Psicossocial (Raps), que oferece acolhimento e tratamento para pessoas com problemas decorrentes do uso de álcool e outras drogas.

“Desde 2023, foram habilitados 185 novos Caps (Centros de Atenção Psicossocial), totalizando 3.019 unidades. Ao todo, a Raps conta com 6.397 pontos de atenção em todo o país. Em 2024, os Caps registraram 77.777 atendimentos a pessoas com problemas relacionados ao consumo de álcool.”

Com informações de Folhapress

Lojão do Real
Foto: Reprodução

A Interpol, organização policial internacional, e o Departamento de Estado dos Estados Unidos sustentam que são insuficientes os indícios de crimes reunidos pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes contra o jornalista Allan dos Santos, 41 anos. Por essa razão, um pedido de extradição não foi atendido nem a divulgação do nome de Santos como foragido internacional.

Alvo de inquéritos conduzidos por Moraes no Brasil, o jornalista se mudou para os EUA em meados de 2020. Pouco mais de 1 ano depois, em outubro de 2021, o ministro do Supremo decretou sua prisão preventiva e determinou a abertura de um processo para extraditar Allan dos Santos.

Na ação conduzida por Moraes, o jornalista é acusado de lavagem de dinheiro, organização criminosa e incitação aos crimes de calúnia e difamação. O objetivo seria desestabilizar a democracia brasileira. Ele nega ter cometido os crimes e afirma ser alvo de censura.

Allan dos Santos é apoiador de Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente denunciado pela PGR (Procuradoria Geral da República) sob a acusação de comandar um plano de golpe de Estado depois de não conseguir se reeleger em 2022.

COMO É A DIFUSÃO VERMELHA

A Interpol não investiga nem prende ninguém por conta própria. Quem faz isso são as polícias nacionais dos países-membros. O Brasil pode solicitar a emissão do que é conhecido como e uma difusão vermelha (alerta vermelho ou “red notice”, em inglês). Dessa forma, a pessoa alvo dessa notificação tem seu nome divulgado globalmente para que todas as polícias nacionais saibam que se trata de alguém que está sendo procurado. Só que esse pedido de difusão vermelha precisa ser justificado.

No caso de Allan dos Santos, o Brasil requereu que o nome do jornalista fosse incluído na lista de nomes com difusão vermelha, o que não foi aceito.

É importante registrar que a Interpol, caso aceite os argumentos sobre fazer a difusão vermelha, faz apenas a divulgação a informação. Não tem como obrigar nenhum país a prender uma pessoa. Cada governo e com seu próprio sistema judiciário decide se coopera ou não.

Quando um investigado brasileiro é incluído na lista da Interpol e está nos EUA, o Departamento de Estado norte-americano pode ser envolvido e atuar diplomaticamente no caso se houver um pedido de extradição do Brasil. A decisão final, no entanto, geralmente cabe ao sistema judiciário dos EUA.

QUESTIONAMENTOS DA INTERPOL

Ao determinar a prisão preventiva de Allan dos Santos, o ministro Alexandre de Moraes pediu à Interpol que incluísse o jornalista na lista vermelha da organização. A inclusão levaria a um alerta mundial para localização e prisão da pessoa citada. Os países envolvidos decidem o destino do preso. Um dos caminhos possíveis é a extradição.

A Interpol resistiu à inclusão de Santos na lista vermelha. Em novembro de 2022, juízes que atuavam com Moraes especularam sobre a atitude da organização em mensagens que acabaram vazadas e divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo.

Em uma das mensagens, Airton Vieira, juiz que trabalhava junto ao ministro no Supremo, diz que o escritório da Interpol na França deu a entender “que a questão poderia ter viés político”.

A organização pediu mais informações a Moraes relacionadas à acusação de crime de lavagem de dinheiro de Santos em ao menos 2 momentos: em dezembro de 2021 e em julho de 2022.

Moraes teria dito que “não estava em condições de fornecer mais informações”. É o que indica um e-mail da Secretaria Geral da Interpol para o gabinete do magistrado.

Em 15 de dezembro de 2022, a Interpol informou que não havia incluído o jornalista na lista vermelha por falta de esclarecimentos quanto aos eventuais crimes que teriam sido cometidos. Leia a íntegra (PDF – 656 kB) do ofício enviado ao Brasil. O nome de Santos, porém, teria sido inserido no sistema da organização para consulta interna da polícia.

O advogado de Allan dos Santos, Renor Oliver, disse ao Poder360 que as determinações de Moraes para divulgar a inserção do jornalista no sistema foram uma forma de “constranger o alvo da investigação”.

Por isso, Renor entrou com um pedido de revisão junto à CCF (Comissão de Controle dos Arquivos) da Interpol. A defesa diz que a organização confirmou, em outubro de 2024, que Santos está fora da lista vermelha.

Uma notificação da organização esclareceu que o nome do jornalista não é objeto de “notícia ou difusão” em seus sistemas.

Poder 360

Campo Forte
Segundo especialistas, a falta de investimentos em saneamento no Brasil coloca a saúde dos brasileiros em risco e sobrecarrega o SUS com “doenças evitáveis” | Foto: Adriano Abreu

Com saneamento básico incompleto e ainda com deficiências em fornecimento de água, o Rio Grande do Norte registrou a 3ª maior taxa de óbitos por 100 mil habitantes por Doenças Relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado (DRSAIs), segundo um estudo do Instituto Trata Brasil. A taxa do RN ficou em 4,814 mortes por 100 mil habitantes. Por outro lado, o levantamento do Trata Brasil apontou que o RN tem a menor taxa de internação do país por essas doenças, que impactam significativamente mais crianças e idosos. Segundo especialistas, a falta de investimentos em saneamento no Brasil coloca a saúde dos brasileiros em risco e sobrecarrega o SUS com “doenças evitáveis”.

Os dados de óbitos utilizados pelo estudo são do SUS e são referentes à 2023. Especialistas apontam, no entanto, que a situação não mudou de lá para cá, uma vez que os investimentos nas ações de saneamento são sentidas a médio e longo prazo em conjunto com ações de promoção de saúde. O estudo do Trata Brasil divide as doenças relacionadas ao saneamento nas que são de transmissão oral, como diarreias, salmonelose, cólera, amebíase, febre tifoide e hepatite A, e as doenças de transmissão por insetos, como febre amarela, malária e doença de chagas. Também abarcam doenças transmitidas por contato com água contaminada, como esquistossomose e leptospirose, falta de higiene, entre outras questões.

De acordo com o estudo do Trata Brasil, em relação aos óbitos por transmissões feco-oral o RN ficou atrás somente de Roraima (7,539) e Piauí (5,441). Completam o top-5, além do RN o Amazonas (4,364) e o Pernambuco (3,644). Já em relação às doenças transmitidas por insetos o RN registrou a 2ª menor taxa do Nordeste (0,878) e a 5ª menor do Brasil. A maior do país é Goiás (9,466), seguida pelo Distrito Federal (8,341).

Apesar dos índices, o estudo revela que há uma perspectiva de “trajetória positiva”, uma vez que o aumento da cobertura de saneamento tem contribuído para a redução do número de mortes relacionadas a essas doenças. No Brasil, a taxa por cem mil habitantes apresentou leve redução: caiu de 6,3 em 2008 para 5,6 em 2023. A queda ainda é baixa, segundo o estudo. Das 5.570 cidades brasileiras, apenas 1.031 tiveram redução da taxa de mortalidade entre 2008 e 2023, com 2.791 estagnadas e 1.748 com aumento da taxa de mortalidade.

Na avaliação de André Machado, coordenador de Relações Institucionais e Comunicação do Instituto Trata Brasil, um óbito causado por uma doença relacionada ao saneamento ambiental inadequado é um “problema que poderia ser evitado” e tem múltiplos fatores, que vão desde o tipo da doença, a forma que o paciente contraiu o vírus, até o tratamento da enfermidade.

“O processo é amplo com várias camadas de gravidade. A estrutura de saneamento é a primeira, que coloca o cidadão em nível de exposição a pegar aquela doença. Se ele vai contrair, se vai ser recorrente, existem outras explicações. O fato de ele chegar a óbito é uma camada maior ainda, depende da qualidade do SUS, do número de médicos à disposição, nível ambulatorial, programa de saúde da família. Para a morte, a complexidade é maior, não conseguimos dar uma resposta exata a partir do saneamento” aponta, citando ainda que a universalização do saneamento precisa ser tratada como prioridade. “O Plano Nacional de Saneamento Básico indica para nós que o investimento ao ano por cada habitante deveria ser de 239,09, mas ainda estamos investindo R$ 111,44. Precisaríamos mais do que dobrar para chegar no montante ideal”, cita.

Na avaliação do professor do Departamento de Saúde Coletiva da UFRN, mestre em enfermagem e doutor em educação, José Jaílson de Almeida Junior, o fato de essas doenças ainda levarem pessoas à morte aponta o desafio da universalização do saneamento básico no Brasil, especialmente nas periferias dos grandes centros e acesso dos pequenos municípios aos investimentos.

“Isso é reflexo de um processo histórico de desigualdades no acesso às políticas públicas, como as que garantem o acesso à habitação. Não podemos pensar no saneamento básico sem garantir moradia e acesso à água potável. São medidas que no médio e longo prazo desafogariam o sistema de saúde. Também precisamos garantir um acesso adequado na atenção básica de saúde”, explica.

Cobertura

O presidente da Caern, Roberto Linhares, aponta que a companhia tem avançado na cobertura de saneamento e fornecimento de água do Estado, com perspectivas a curto e médio prazo de ampliar os índices. Sobre os óbitos, Linhares cita que mesmo tendo havido redução do número de internações, o surgimento de bactérias mais resistentes a antibióticos, fato que teve implicações mais intensas na população mais idosa, pode ser uma das explicações para a taxa do RN.

“A gente entende que o esgoto é algo fundamental à saúde. Não é à toa que a OMS considera que para cada R$ 1 investido em esgotamento, deixa-se de investir R$ 4 em saúde pública, por causa do impacto nessas doenças de veiculação hídrica. Quando se visita uma área que tem esgotamento sanitário, até a pele das crianças tem coloração diferente, é mais amarelada onde não tem. A evolução dos indicadores com certeza vai reduzir a quantidade de óbitos, mas há uma comprovação de que no RN tem uma resistência maior ao tratamento com antibióticos numa determinada bactéria que fica mais difícil de ser tratada”, explica.

Linhares: esgotamento é fundamental para a saúde | Foto: Adriano Abreu

Caern: cobertura vai aumentar até o fim de 2025

A cobertura de saneamento básico deve ter um acréscimo até o final de 2025, segundo estimativas da Caern. Segundo os dados do Trata Brasil, 21,6% da população do RN não tem acesso à água e 70,3% sem acesso à coleta de esgoto. A Caern aponta dados diferentes, com 84,5% de atendimento com água, 95% de cobertura e 26,6% à coleta de esgoto.

“Esse acesso à água que o Trata Brasil coloca inclui também área rural, que não é responsabilidade da companhia, e áreas irregulares do ponto de vista fundiário que não podemos atuar. A cobertura com água no RN é bem maior e o atendimento chega a quase 85%, que é o seguinte: passa, mas se você não liga na sua casa, não conta como atendimento, mas está disponível”, explica Roberto Linhares, que acrescenta que a Caern trabalha em 153 municípios do Estado, que conta com 14 Serviços Autônomos de Águas e Esgotos (SAAE).

Para melhorar esses índices, a Caern aponta que três grandes Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs) elevarão os números do RN, duas delas em Natal (Jaguaribe e Jundiaí/Guarapes) e outra em Parnamirim (Passagem de Areia). A Jaguaribe, que tem previsão de começar a tratar o esgoto a partir de julho deste ano, elevará a cobertura de 50% para 80% na capital.

“Vou dar um exemplo de Natal: enquanto as duas ETEs não estiverem entregues, ela continua com 50%, mas vai a 95% com as duas entregues”, cita. “Quando a zona Norte estiver funcionando já leva Natal a 80%. Ela tem 50%. Natal representa 40% do RN no que diz respeito a saneamento. Em Parnamirim, vamos entregar a ETE em abril. Lá tem 7% de cobertura e vai para 70% e é a terceira maior cidade do Estado, sendo 10% do RN”, cita.

Sobre a universalização do saneamento básico, meta que os estados precisam atingir os índices de 90% até 2033, o Estado trabalha em uma frente de entregar parte dos serviços restantes à iniciativa privada, podendo ampliar as coberturas em 48 municípios das microregiões. A Parceria Público-Privada já está em análise no Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e a perspectiva é que a licitação saia até o segundo semestre de 2026.

“Essa PPP já está em estudos para que seja lançada é bem provável no segundo semestre de 2026. Então teríamos de 2026 até 2033 para que a iniciativa privada pudesse fazer, eles conseguem tranquilamente. O tocar de obras do privado é bem mais rápido para a universalização”, disse, apontando ainda que até 2027 Natal deve estar universalizada.

  • Internações

Com relação às taxas de internações, a do Rio Grande do Norte é a menor do Brasil, com uma taxa de 6,016 casos por dez mil habitantes. No Nordeste, por exemplo, a taxa ficou em 16,420, tendo o Maranhão a maior taxa do Brasil, com 45,815.

Em 2024, o país registrou um total de 344,4 mil internações por doenças relacionadas à falta de saneamento. É possível observar uma queda no número de internações, que foram de 615,4 mil casos em 2008. Isso equivale a uma redução média anual de 3,6% nos últimos 16 anos.

O primeiro grupo com maior participação foi o de doenças transmitidas por inseto vetor: 49% do total, ou 168,7 mil internações no ano. Quase a totalidade deste número (164,5 mil), foi devido ao vírus da dengue. O segundo grupo com maior participação foi o de doenças de transmissão feco-oral (grupo A) com 47,6%, ou 163,8 mil casos.

Entre os cinco grupos de doenças relacionadas à falta de saneamento, a contribuição mais importante para essa redução forte do número de casos veio das doenças de transmissão oral. Esse grupo de doenças tinha peso grande, em 2008, seguindo até 2024, e teve redução absoluta de 345,5 mil casos do número de internações, a maior queda nesse período. Entre 2008 e 2024, a taxa de queda das internações por doenças desse grupo foi de 6,8% ao ano.

Ícaro Carvalho
Repórter

Tribuna do Norte

Potiguar
foto:Reproduçaõ

O Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte (MPRN), o Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE/RN), por meio da Secretaria de Controle Externo (Secex) e o Ministério Público de Contas (MPCRN) ampliaram a forma de controle de gastos com festejos realizados por ente públicos no Rio Grande do Norte. O “Painel Festejos” é uma nova etapa do “Painel Festejos Juninos” que surgiu em junho de 2024 para o registro de gastos com festas juninas. Esse novo painel será lançado às 11h da segunda-feira (24), durante o I Seminário de Início de Mandato: orientações para uma prestação de contas transparente e eficiente, promovido pelo TCE, no auditório do Centro Municipal De Referência Em Educação (Cemure), em Natal.

A ampliação veio acompanhada da publicação da Nota Técnica Conjunta Nº 01/2025. O documento orienta os gestores públicos sobre as boas práticas e os parâmetros legais necessários para o uso de recursos públicos no custeio de festas, comemorações, shows e na contratação de artistas e bandas.

Com a ampliação, o painel passa a abranger os mais diversos eventos festivos realizados pelo Estado e os 167 municípios, como o réveillon, carnaval, festas de emancipação de municípios e quaisquer outros que envolvam orçamentos públicos. A finalidade é fortalecer a transparência pública e o controle social, como também contribuir para uma gestão eficiente dos recursos públicos.

Os órgãos de controle destacaram a necessidade de um planejamento detalhado para esses eventos, com informações claras sobre os gastos com artistas, infraestrutura e outros custos relacionados, e enfatiza que a escolha dos artistas deve seguir critérios objetivos.

A orientação é de que os gestores avaliem a saúde financeira do município ou estado antes da realização do evento. Caso haja situações de calamidade pública ou atraso no pagamento de servidores, a nota sugere a suspensão dos eventos até a normalização da situação. Além disso, o planejamento orçamentário dos eventos deve ser registrado na Lei Orçamentária Anual e estar em conformidade com as metas fiscais estabelecidas.

Blog do Seridó

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O Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) publicou o edital com a abertura de mil vagas para o Partiu IF, um projeto que oferece curso gratuito preparatório para estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental da rede pública ingressarem no institutos federais. O curso é oferecido em todos os campi do IFRN. As inscrições começam na segunda-feira (25) e o início das aulas é previsto para 24 de abril de 2025.

O projeto é uma iniciativa do Ministério da Educação e foi lançado pelo ministro Camilo Santana durante uma visita a Natal neste mês de março. Na ocasião ele divulgou ainda uma rede nacional de cursinhos populares para o Enem.

Para apoiar a permanência dos estudantes no curso, há uma ajuda de custo no valor total de até R$ 1.600, dividida em oito parcelas mensais de R$ 200. O recebimento está condicionado à frequência mínima de 75% nas atividades mensais.

O PartiuIF é um curso de formação inicial e continuada com carga horária de 320 horas, que tem como objetivo apoiar a recomposição das aprendizagens e preparar estudantes para o ingresso no ensino médio integrado ao técnico. As aulas são presenciais.

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Novo serviço atenderá pacientes de mais de 30 municípios, com foco inicial no tratamento da síndrome do túnel do carpo

O Hospital Regional Hélio Morais Marinho (HRHMM), em Apodi, iniciará cirurgias ortopédicas no primeiro semestre de 2025. O serviço é resultado de um investimento de R$ 550 mil do Governo do Estado, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).

A unidade recebeu novos equipamentos, como um gerador, foco cirúrgico, raio-x móvel e salas modernizadas. Além disso, uma equipe de profissionais capacitados foi disponibilizada para garantir a qualidade dos procedimentos.

Foco inicial nas cirurgias de mão
As primeiras cirurgias terão como foco o tratamento da síndrome do túnel do carpo, condição que limita a capacidade de trabalho dos pacientes. Os procedimentos serão realizados em mutirões, regulados pelo sistema Regula Cirurgia da Sesap, e atenderão moradores de diversos municípios do Rio Grande do Norte.

A diretora geral do HRHMM, Raquel Gurgel, destacou que o novo serviço beneficiará diretamente pacientes de mais de 30 cidades, reduzindo a necessidade de deslocamento para Natal ou Assu. “Fortaleceremos ainda mais o processo de regionalização da saúde”, afirmou.

Expansão da ortopedia no RN
A Sesap vem ampliando a oferta de serviços ortopédicos desde 2021. Em 2024, o Hospital Regional Dr. Nelson Inácio dos Santos, no Vale do Açu, e o Hospital Regional Dr. Cleodon Carlos de Andrade, em Pau dos Ferros, iniciaram cirurgias eletivas. Já o Hospital Estadual Telecila Freitas Fontes, em Caicó, passou a oferecer o serviço na região Seridó.

Atualmente, a rede de cuidados ortopédicos no RN conta com 10 unidades, sendo oito públicas e duas da rede suplementar. Em 2024, foram realizados 23.166 procedimentos ortopédicos em todo o estado.

Resolutividade em Apodi
Em 2024, o HRHMM realizou 662 cirurgias eletivas, utilizando duas salas cirúrgicas equipadas. “Potencializamos nossa resolutividade, garantindo qualidade e segurança aos pacientes”, ressaltou a diretora administrativa, Gilvaneide Holanda.

Novo Noticiais

Campo Forte
Foto: Reprodução/AFP

O Papa Francisco recebeu alta neste domingo (23). Internado desde o dia 14 de fevereiro no Hospital Policlínico Agostino Gemelli, em Roma, o pontífice precisará de mais tempo de repouso e reabilitação em casa, depois da alta hospitalar, de acordo com o Dr. Sergio Alfieri, diretor médico que acompanha o quadro clínico do argentino. Antes de deixar o hospital, ele cumprimentou e agradeceu os fiéis em sua primeira aparição pública desde 9 de fevereiro.

“Se o Santo Padre pode ser liberado com as prescrições que mencionamos antes, é porque as infecções mais graves foram resolvidas. Há algumas bactérias que ainda estão presentes, alguns vírus cuja carga viral foi reduzida”, explicou o médico Sergio Alfieri. Ele deverá manter repouso e evitar esforços físicos e contato com grandes grupos, como fazia cotidianamente. Segundo os médicos, ele está contente e otimista em voltar para casa.

A recuperação continuará fora do hospital por cerca de dois meses. Ainda não há previsão para o pontífice retornar às atividades plenamente e nem se ele participará as celebrações da Páscoa, segundo o Vaticano.

Novo Noticiais

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Polícia Militar registra diversas ocorrências na região do Seridó

O 13º Batalhão de Polícia Militar (BPM) divulgou o balanço das ocorrências registradas entre os dias 22 e 23 de março de 2025 nas cidades sob sua jurisdição. As ações policiais envolveram abordagens, apoio a vítimas, mediação de conflitos e combate a crimes.

1ª Companhia – Currais Novos

Em Currais Novos, a PM realizou uma série de abordagens preventivas e atendeu a diferentes tipos de ocorrências:

01 abordagem a pessoas em atitude suspeita;

01 localização de veículo;

03 casos de perturbação do trabalho e do sossego alheio;

01 averiguação em chamada com apoio a outro órgão;

01 tentativa de roubo;

01 mediação de conflito.

2ª Companhia – Acari, Florânia e São Vicente

Em Acari, a polícia registrou:

01 ocorrência de porte de drogas para consumo pessoal.

Florânia e São Vicente não tiveram ocorrências registradas no período.

3ª Companhia – Lagoa Nova, Cerro Corá, Bodó e Tenente Laurentino

Lagoa Nova: 01 caso de perturbação do sossego alheio.

Cerro Corá: Ação significativa com 11 visitas de apoio a vítimas de violência doméstica.

Bodó e Tenente Laurentino: Nenhuma ocorrência registrada.

A Polícia Militar reforça seu compromisso com a segurança da população, mantendo o policiamento ostensivo e preventivo em toda a região. A PM orienta os cidadãos a denunciarem qualquer atitude suspeita pelo número 190.

Polícia Militar – Servir e Proteger

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Foto: Paulo Pinto/ Agência Brasil
Foto: Paulo Pinto/ Agência Brasil

No Hemisfério Sul, o outono começou no dia 20 de março e vai até o dia 20 de junho, às 23h42 (horário de Brasília). A estação é considerada de transição entre o verão quente e úmido e o inverno frio e seco, em especial, no Brasil Central. Neste período, as chuvas são mais escassas no interior do país, em particular no semiárido nordestino. Para o norte das Regiões Norte e Nordeste ainda são registrados volumes importantes de chuva. O prognóstico é do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Os dois institutos apontaram, na Nota Técnica conjunta INMET / INPE, que durante esta estação são observadas as primeiras formações de fenômenos adversos, como: nevoeiros nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste; geadas nas regiões Sul e Sudeste e no Mato Grosso do Sul; neve nas áreas serranas e nos planaltos da Região Sul; e friagem no sul da Região Norte e nos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e até mesmo no sul de Goiás.

Como será o tempo nas 5 regiões

Norte 

O prognóstico climático para os meses de abril a junho/2025 indica condições favoráveis para o predomínio de chuvas acima da média histórica no centro-norte da Região Norte. Já a porção sul da região possui condições favoráveis para chuvas próximas ou abaixo da média durante o trimestre. O documento diz que a temperatura média do ar é prevista para prevalecer acima da média histórica (climatologia) em quase toda a região, com valores podendo atingir 1ºC a 2ºC acima da média, no sudeste do Pará e oeste do Tocantins.

Nordeste

Para a Região Nordeste, o documento indica condições desfavoráveis para as chuvas, com predomínio de condições de chuvas abaixo da média histórica no centro-sul da região. A previsão é de chuvas mais regulares na porção norte da região. Com relação à temperatura do ar, a previsão é que seja acima da média histórica em grande parte da região nos próximos meses. Porém, temperaturas mais amenas poderão ser registradas no interior, em função de dias consecutivos de chuva.

Centro-Oeste

O outono na  Região Centro-Oeste possui tendência de chuvas abaixo da média histórica em grande parte do território. Mas é comum a redução de chuvas a partir de abril, que representa um mês de transição entre o período chuvoso e o período seco na parte central do país. Quanto às temperaturas, pode haver predomínio de números acima da climatologia.

Região Sudeste 

Para a região, chuvas abaixo da média histórica em todo o Sudeste. Segundo o Inmet e o Inpe, não se descartam eventos de chuvas intensas na porção leste da região. Para a temperatura, as previsões indicam números acima da média histórica. Porém, há a possibilidade de incursões de massas de ar frio nos próximos meses. O documento aponta que o movimento pode provocar queda nas temperaturas, especialmente em localidades de maior altitude.

Região Sul 

São indicadas condições desfavoráveis para as chuvas na Região Sul neste outono, com predomínio de chuvas abaixo da média histórica, em especial, nos estados do Paraná, Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul. Já no centro-sul do Rio Grande do Sul, a expectativa é de condições de chuvas variando entre próximas a acima da média. Com relação às temperaturas, é indicado predomínio de valores acima da média histórica em grande parte da região. 

Fonte: Brasil 61

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Foto: Reprodução

Na sexta-feira, 21 de março, o Colégio de Consultores reuniu-se com Mons.Antônio Ranis Rosendo dos Santos, CSsR, eleito o 8° Bispo para a Diocese de Caicó, para ajustar os principais detalhes da cerimônia de posse canônica, programada para o próximo dia 14 de junho de 2025.

A reunião foi conduzida pelo administrador diocesano, padre Edson Medeiros de Araújo, que, em conjunto com a Comissão Central, está coordenando os preparativos para este momento tão esperado pela Igreja do Seridó.

Entre os tópicos discutidos estavam o cronograma da celebração, os aspectos litúrgicos do rito, a organização da acolhida às autoridades civis e religiosas, além de decisões pastorais e estruturais para a realização da posse.

A presença de Dom Antônio Ranis marcou o início de sua integração com a Diocese, em um gesto de proximidade e diálogo com os consultores que acompanham a vida e os desafios da Igreja local no período de vacância.

A posse canônica promete ser um marco de fé, comunhão e renovação espiritual para os fiéis diocesanos. Representantes de várias regiões já confirmaram presença no evento. Em breve, a Diocese divulgará mais informações sobre a programação oficial.

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