Marconi Perillo, presidente nacional do PSDB, durante entrevista. Foto: Divulgação

O presidente nacional do PSDB, ex-governador ex-senador goiano Marconi Perillo, confirmou que não haverá mudança na direção do partido no Rio Grande do Norte, assegurando sua liderança ao presidente Assembleia Legislativa, deputado Ezequiel Ferreira, mesmo em virtude da filiação do senador Styvenson Valentim à agremiação tucana. “Não há motivo algum para intervenção, se tem uma coisa que a gente faz no PSDB, é dar segurança jurídica aos diretórios estaduais e municipais”.
Marconi Perillo esteve prestigiando a solenidade de abertura do ano legislativo e posse do reeleito presidente da Casa para o biênio 2025/2027, na manhã da terça-feira (4), e destacou que “isso é uma coisa, a outra coisa é a capacidade de entendimento e de convergência e de complementariedade, que certamente terão o senador Styvenson Valentim e o deputado Ezequiel Ferreira”.

Perillo relatou, ainda, que “particularmente tem uma relação de amizade e coleguismo com o presidente Ezequiel já há muito tempo, desde que assumi a presidência nacional do PSDB, estive aqui para uma grande reunião do partido e tenho conversado, praticamente, toda semana com Ezequiel, como faço com os outros presidentes, mas o PSDB do Rio Grande do Norte é um dos mais fortes do país, essa é a motivação pela qual estou aqui e confirmei a minha vida até mesmo antes da confirmação da filiação do senador Styvenson”.

“Ezequiel Ferreira teve o meu apoio, sempre tem, e eu estou aqui exatamente porque confio na liderança dele no Estado inteiro e acho que, repito, os dois podem juntos fazer o PSDB muito forte”, declarou Perilo.

A respeito do fato de o deputado estadual Ezequiel Ferreira apoiar o governo Fátima Bezerra (PT) e o PSDB receber em seus quadros um senador que faz oposição ao governo do Estado, Perillo argumentou que “o presidente de honra do partido, é presidente de um Poder, e segundo a separação dos Poderes, como está estabelecido na Constituição, os Poderes são independentes e autônomos, a presidência do deputado Ezequiel Ferreira é autônoma e independente, e na politica, ocasionalmente alguns apoiam uma ou outra vertente política”.

Com relação ao futuro do PSDB diante dessas divergências de posições internas, Perillo ressalvou que “isso tudo depende dos acontecimentos e dos fatos novos da política, estou seguro de que pela maturidade de ambos. Ezequiel já está no sexto mandato como presidente da Assembleia, um dos líderes mais maduros e uma força política aqui no Estado, E o senador Styvenson Valentim firmando a liderança dele, com as emendas, fiscalizando as emendas, firmando-se no Estado como grande líder também, que na minha opinião podem, perfeitamente, se complementarem”.

Mas, continuou Perillo, “quem não vai definir isso não sou eu, tenho certeza que pela maturidade de ambos, eles vão saber dialogar e estabelecer as balizas para que possam, daqui pra frente, realizarem um trabalho conjunto dentro do partido, acho que se os dois estiverem juntos, o PSDB vai ficar ‘fortíssimo” no Rio Grande do Norte”.

Liderança
Marconi Perillo reforçou a importância do PSDB ter saído de um senador para uma bancada de três parlamentares no Senado Federal: “A situação do PSDB no Senado era muito constrangedora, principalmente para um partido que chegou a ter 19 senadores ou mesmo 13 em sua época como parlamentar e agora chegar a um senador “é algo desmoralizante, reduz o partido a algo que ele não merece”.

Perillo lembrou que em 35 anos de história, o PSDB chegou, contando com as capitais, a ter “protagonismo forte” em 20 dos 27 estados do país, tendo governado 18 estados ao longo desse tempo: “Fizemos as maiores transformações do Brasil desde Juscelino Kubitschek, temos um legado incrível no Brasil, não só pelo Plano Real ou pelo telefone na mão de todo brasileiro, mas por todas outras mudanças e reformas que fizemos, então ficar apenas com um senador no Senado era muito ruim”, afirmou.

Por essa razão, Perillo explicou que o PSDB não tinha direito a espaço na mesa do Senado e nas comissões, não tem direito sequer a gabinete de liderança e pra ter direito a gabinete é preciso ter três senadores”.

Providencial
Perillo explicou que nesse aspecto “foi muito providencial” que o senador Plínio Varélio (PSDB-AM) com os senadores Styvenson Valentim (PSDB-RN) e Oriovisto Guimarães (PSDB-PR) “pra que viabilizassem novamente a representação do PSDB na liderança partidária no Senado”.

O presidente nacional do PSDB também informou que nos últimos três meses vem discutindo com outros partidos, como Podemos e PSD, sobre a possibilidade fusão, incorporação e ampliação da Federação PSDB/Cidadania.

“A nossa bancada de senadores não existia, agora existe, são três senadores e a nossa bancada de deputados federais, somos 13 que incluindo a Federação com a Cidadania chegamos a 18. Isso com a cláusula de barreira é insuficiente para a gente chegar em 2026 com condições de ampliar esse número de deputados”, explicou.

Segundo Perillo, na medida em que “se tem poucos deputados, você tem menos fundo partidário, menos fundo eleitoral e menos tempo de televisão. Isso tudo incomoda aos governadores, dois deles, Mato Grosso e Pernambuco serão candidatos à reeleição, o governador do Rio Grande do Sul já reeleito pode ser candidato a presidente. Então, essas questões todas nos levam a conversar com outros partidos.”

Marconi Perillo informou que a Federação PSDB/Cidadania vai até maio do ano que vem, mas “o partido que levar essa fusão vai ter a terceira maior bancada na Câmara. Então essas discussões vão continuar agora em fevereiro, em março. Eu tenho muitas agendas nesse mês com os governadores, com ex-governadores, com a direção do partido, com as bancadas no Senado e na Câmara, para que a gente possa chegar a um denominador comum. E eu estou ouvindo também os dirigentes do partido no país inteiro”.

Em princípio, avisou Perillo, estabeleceu-se um cronograma – “exaurindo as discussões internas e externas, agora no mês de fevereiro, vamos anunciar uma posição nossa, seja ela continuar como partido, seja ela fusão, incorporação, ampliação de federação”.

Tribuna do Norte

Eldorado
Miguel Cabral foi prefeito de São Pedro entre 2017 e 2024. Enterro será nesta quarta. Foto: Reprodução/Instagram

O ex-prefeito de São Pedro, Miguel Cabral, será sepultado nesta quarta-feira (5), às 16h, no cemitério Morada da Paz, em Emaús. O cortejo fúnebre partirá do Vila Memorial São José, em Natal, onde o velório teve início na noite de terça-feira (4) e seguirá até as 15h.
A morte de Miguel Cabral foi consequência de um atentado ocorrido na noite de segunda-feira (3), no Largo do Atheneu, no bairro de Petrópolis, zona Leste de Natal. Ele estava em uma cigarreira quando dois homens armados chegaram e dispararam contra ele e outras duas pessoas, que também foram baleadas e socorridas, mas cujos estados de saúde não foram divulgados. O ex-prefeito chegou a ser levado ao Hospital Rio Grande, no bairro de Tirol, mas não resistiu aos ferimentos e morreu durante a transferência para o Hospital Walfredo Gurgel.

Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram o momento em que Miguel Cabral, ensanguentado, é socorrido às pressas e colocado na carroceria de uma caminhonete para ser levado ao hospital. Antes de perder a consciência, ele ainda pronunciou uma frase que gerou repercussão: “Quem me matou foi Pamonha”. O nome mencionado pode ser uma pista para as investigações, que estão a cargo da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A Polícia Civil do Rio Grande do Norte afirmou que iniciou diligências logo após o crime e que a apuração tem prioridade. Informações sobre os responsáveis podem ser enviadas de forma anônima pelo Disque Denúncia 181.

A Prefeitura de São Pedro, município da região Agreste do Rio Grande do Norte, decretou três dias de luto em homenagem ao ex-gestor, que comandou a cidade entre 2017 e 2024. O assassinato de Miguel Cabral gerou reações diversas. Além das manifestações de luto e homenagens de conterrâneos e aliados políticos, o crime também foi comemorado por uma prima do ex-prefeito, Ana Clara Cabral, que fez publicações nas redes sociais celebrando a morte do parente.

Segundo ela, Miguel teria sido o responsável pelo assassinato de seu irmão, ocorrido em 2014. “Não tem data melhor para mim. Ele morreu da mesma forma covarde que matou meu irmão”, escreveu. Ela também afirmou que, assim como seu irmão, Miguel morreu pronunciando o nome do suposto assassino. “Aqui se faz, aqui se paga”, completou.

A Polícia Militar informou que os criminosos fugiram em um carro logo após os disparos. A motivação do crime ainda não foi confirmada, mas a declaração de Ana Clara levantou hipóteses de vingança. O ex-prefeito recebeu diversas homenagens de autoridades e moradores de São Pedro. Em nota oficial, a Prefeitura destacou seu legado: “Miguel tocou inúmeras vidas com sua liderança inspiradora, compaixão e visão transformadora. Neste momento de dor, lembramos com gratidão seu sorriso acolhedor, sua força incansável e seu amor incondicional por nossa comunidade.”

O crime ocorreu em uma região movimentada de Natal, o que facilitou a captação de imagens e vídeos. A Polícia Civil segue coletando depoimentos de testemunhas e analisando imagens de câmeras de segurança para identificar os suspeitos. Ainda não há informações sobre prisões relacionadas ao caso.

Tribuna do Norte

Eldorado
Foto: REUTERS/Elizabeth Frantz

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um memorando para restabelecer uma política de “pressão máxima” contra o Irã nesta terça-feira (4). O objetivo é evitar que o país consiga desenvolver sozinho uma arma nuclear.

O presidente afirmou que teve dúvidas sobre o memorando, mas que resolveu assiná-lo mesmo assim. Por outro lado, Trump disse que deseja fechar um acordo com o Irã e confirmou que pretende conversar com o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian.

“É muito duro para o Irã”, afirmou. “Espero que não tenhamos que usá-lo muito.”
O memorando, na prática, ordena que o secretário do Tesouro dos EUA imponha “pressão econômica máxima” sobre o Irã, incluindo sanções contra o país e aliados.

Trump declarou que o Irã está muito próximo de conseguir desenvolver uma arma nuclear. O presidente disse que pode bloquear a venda de petróleo iraniano para outras nações como forma de pressão.

Ao assinar a ordem, Trump afirmou ter instruído as autoridades dos Estados Unidos a destruir o Irã caso o país execute um plano para assassiná-lo. Uma tentativa de retaliação também poderá gerar uma resposta norte-americana.

Em novembro do ano passado, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos revelou que agentes iranianos montaram um suposto complô para assassinar Trump.

Segundo os investigadores, um dos suspeitos teria sido encarregado por um funcionário do governo do Irã de planejar o assassinato antes das eleições presidenciais de 2024.

A operação teria como objetivo vingar a morte do general iraniano Qassem Soleimani, assassinado em 2020 em um ataque dos EUA. À época, a operação foi ordenada por Trump, que estava em seu primeiro mandato como presidente.
Na semana passada, o Irã afirmou que um novo ataque dos Estados Unidos ao país seria um erro que levaria a uma “guerra total”.

G1

Campo Forte
Autoexame câncer de mama

No Dia Mundial do Câncer, lembrado nesta terça-feira (4), a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que, a cada minuto, 40 pessoas são diagnosticadas com a doença em todo o planeta – e embarcam em uma verdadeira jornada para vencer a enfermidade.

“Elas não conseguem ser bem sucedidas sozinhas. Em todo mundo, a OMS trabalha com parceiros para criar coalisões globais, catalisar ações locais e amplificar as vozes de pessoas afetadas pelo câncer”, avaliou o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Em seu perfil na rede sociais X, Tedros destacou que a OMS atua em diversas áreas, desde o fornecimento de medicações para tratamentos oncológicos pediátricos até campanhas globais para a eliminação do câncer cervical. “Estamos trabalhando para melhorar a vida de milhões de pessoas”.

“No Dia Mundial do Câncer, honramos a coragem daqueles afetados pela doença, celebramos o progresso científico e reafirmamos nosso compromisso de promover saúde para todos”, concluiu o diretor-geral.

Dentre as orientações publicadas pela OMS para reduzir o risco de câncer estão:

– não fumar;

– praticar atividade física regularmente;

– comer frutas e verduras;

– manter um peso corporal saudável;

– limitar o consumo de álcool.

Agência Brasil

PAX
Dinheiro, Real Moeda brasileira
© José Cruz/Agência Brasil

Depois de encerrar 2024 acima de R$ 7,3 trilhões e em nível recorde, a Dívida Pública Federal (DPF) deverá chegar ao fim deste ano entre R$ 8,1 trilhões e R$ 8,5 trilhões. Os números foram divulgados nesta terça-feira (4) pelo Tesouro Nacional, que apresentou o Plano Anual de Financiamento (PAF) da dívida pública para 2025.
O plano apresenta metas para a dívida pública para este ano. Assim como no ano passado, governo criou um espaço para diminuir a fatia de títulos prefixados (com taxas de juros fixas e definidas antecipadamente) e aumentar a participação dos papéis corrigidos pela taxa Selic (juros básicos da economia). Isso ajudaria a atrair os investidores aos títulos vinculados à Selic, que estão no  nível mais alto em quase dois anos.
Segundo o documento, a parcela da DPF vinculada à Selic deverá encerrar o ano numa faixa entre 48% e 52%, contra intervalo de 43% e 47%. Atualmente, está em 46,29%. A fatia dos títulos prefixados deverá encerrar o ano entre 22% e 26%, praticamente estável em relação aos 21,99% registrados atualmente.
A proporção da dívida pública corrigida por índices de preços deverá ficar entre 25% e 29%. Hoje está em 26,96%. Já a participação da dívida corrigida pelo câmbio, considerando a dívida pública externa, deverá encerrar o ano entre 3% e 7%. O percentual atual está em 4,76%. Os números não levam em conta as operações de compra e venda de dólares no mercado futuro pelo Banco Central, que interferem no resultado.
No ano passado, segundo a versão revisada em setembro, o PAF previa que a Dívida Pública Federal poderia encerrar 2024 entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões.
Composição
Em 2024, a DPF teve grande aumento de títulos corrigidos pela Selic, que subiram de 39,66% em dezembro de 2023 para 46,29% no mês retrasado, dentro da banda revisada de 43% a 47% em vigor para o último ano. Segundo o Tesouro, isso se deveu à alta da taxa Selic (juros básicos da economia), que atraiu de volta os investidores desses papéis.
A participação de papéis prefixados (com juros definidos no momento da emissão) caiu de 26,53% em 2023 para 21,99% em 2024. O percentual ficou próximo do limite máximo estabelecido pelo PAF de 2024, que estimava que a participação encerraria o ano entre 22% e 26%. Com o aumento da Selic, os investidores fugiram dos títulos prefixados, mais sujeito às oscilações de mercado e que pode trazer prejuízo se resgatado antes do prazo.
A fatia de títulos corrigidos pela inflação caiu de 29,76% para 26,96%, dentro do intervalo estabelecido entre 25% e 29%. A dívida corrigida pelo câmbio, considerando a dívida pública externa, fechou 2021 em 4,76%, também dentro da margem de 3% a 7% estimada no PAF.
Os títulos corrigidos por taxas flutuantes aumentam o risco da dívida pública, porque a Selic pressiona mais o endividamento do governo quando os juros básicos da economia sobem. Quando o Banco Central reajusta os juros básicos, a parte da dívida interna corrigida pela Selic aumenta imediatamente.
Em tese, os papéis prefixados trazem mais previsibilidade. Isso porque os juros desses títulos são definidos no momento da emissão e não varia ao longo do tempo. Dessa forma, o Tesouro sabe exatamente quanto pagará de juros daqui a vários anos, quando os papéis vencerem e os investidores tiverem de ser reembolsados. No entanto, os títulos prefixados têm taxas mais altas que a da Selic e aumentam o custo da dívida pública em momentos de instabilidade econômica.
Prazo
O Plano Anual de Financiamento também abriu uma margem para aumentar o prazo da DPF. No fim de 2024, o prazo médio ficou em 4,05 anos. O PAF estipulou que ficará entre 3,8 e 4,2 anos no fim de dezembro. O Tesouro divulga as estimativas em anos, não em meses. Já a parcela da dívida que vence nos próximos 12 meses encerrará 2025 entre 17% e 21%. Atualmente, está em 17,9%.
Segundo o Tesouro, o governo tem dois mecanismos de segurança para garantir a capacidade de financiamento em caso de crise econômica que não permita ao Tesouro lançar títulos no mercado. Em primeiro lugar, o governo tem reservas internacionais suficientes para pagar os vencimentos da dívida pública externa em 2025, que totalizam R$ 61,22 bilhões. Além disso, o governo tem um colchão de R$ 860,15 bilhões para cobrir 6,24 meses dos vencimentos da dívida pública interna.
Por meio da dívida pública, o Tesouro Nacional emite títulos e pega dinheiro emprestado dos investidores para honrar compromissos. Em troca, o governo compromete-se a devolver os recursos com alguma correção, que pode seguir a taxa Selic, a inflação, o câmbio ou ser prefixada, definida com antecedência.

Agência Brasil

Lojão do Real
Uso de Smartphone e celular
© Tânia Rêgo/Agência Brasil

Levantamento nacional feito pela Nexus Pesquisa e Inteligência de Dados mostra que 60% dos brasileiros são favoráveis à regulação das redes sociais. De acordo com a pesquisa, divulgada nesta terça-feira (4), 29% dos entrevistados são contrários à regulação; e 12%, não manifestaram opinião.

A pesquisa entrevistou presencialmente 2 mil pessoas, com idade a partir de 16 anos, nas 27 unidades da Federação, no período de 10 a 15 de janeiro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

Segundo a Nexus, dos 60% favoráveis à regulação, a metade (ou 30% do total) ponderou que só é favorável se a regulação não limitar a liberdade de expressão das pessoas no ambiente digital; 46% deles (o equivalente a 28% do total da população total) defenderam a regulação mesmo que, em alguns casos, ela limite a liberdade de expressão; já os demais defenderam genericamente a regulação, mas não souberam se posicionar em relação ao argumento da liberdade de expressão.

Responsabilidade das redes

O levantamento mostra ainda que 61% dos brasileiros concordaram que a regulação é fundamental para enfrentar a disseminação de conteúdos antidemocráticos, discursos de ódio ou de cunho racista, machista e lgbtfóbicos publicados na internet; 29% disseram discordar; 10% não manifestaram opinião.

De acordo com a pesquisa, 78% afirmaram acreditar que as plataformas precisam ter mais responsabilidade por suas atividades do que têm atualmente; 14% discordaram; e 8% não manifestaram opinião. Já 64% afirmaram acreditar que a regulação é uma importante forma de combater a difusão da desinformação nas plataformas, enquanto 25% pensam o oposto, e 11% não manifestaram opinião.

Checagem de informações

A pesquisa mostra também que, para 73% dos brasileiros, a checagem feita por algumas plataformas é importante para combater notícias falsas e discursos de ódio, contra 19% que discordaram, e 9% não manifestaram opinião.

Segundo o levantamento, 65% defenderam que a análise do conteúdo também seja feita pelo usuário para garantir a liberdade de expressão, enquanto 25% têm opinião contrária; e 11% não manifestaram opinião.

Agência Brasil

Campo Forte
Dólar
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil/Arquivo
© Valter Campanato/Agência Brasil/Arquivo

Apesar da volatilidade no mercado financeiro, o dólar caiu pela 12ª vez seguida e fechou abaixo de R$ 5,80 pela primeira vez desde meados de novembro. A bolsa de valores recuou, após a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC).
O dólar comercial encerrou ontem terça-feira (4) vendido a R$ 5,771, com queda de R$ 0,022 (-0,76%). A cotação iniciou o dia próximo da estabilidade, após o anúncio de retaliações da China à elevação de tarifas pelo governo de Donald Trump, mas passou a cair no fim da manhã, após a divulgação de dados fracos da economia norte-americana.
Na menor cotação desde 19 de novembro, a moeda norte-americana acumula queda de 6,59% em 2025. Essa é a maior sequência de quedas diárias do dólar desde o Plano Real.
O mercado de ações teve um dia mais turbulento. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 125.147 pontos, com recuo de 0,65%. As ações de empresas exportadoras puxaram a queda, sendo parcialmente compensada pela alta nos papéis de instituições financeiras.
O dólar teve um dia de queda em todo o planeta, após a divulgação de que o número de vagas de trabalho abertas nos Estados Unidos caiu em 556 mil em janeiro. A desaceleração do mercado de trabalho aumenta as chances de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) corte os juros mais que o previsto. Taxas mais baixas em economias avançadas estimulam a entrada de capitais em países emergentes, como o Brasil.
Na bolsa de valores, a divulgação da ata do Copom, considerada dura pelos especialistas, estimulou a queda das ações. A divulgação de que a inflação dos alimentos pode se espalhar para outros setores da economia acendeu os temores de que o BC eleve os juros depois da reunião de março. Juros mais altos no Brasil estimulam a migração de investimentos na bolsa para investimentos em renda fixa, como títulos públicos.
*com informações da Reuters

Agência Brasil

PAX
Brasília (DF), 04/02/2025 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de abertura do Encontro do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), no centro Internacional de Convenções do Brasil. Foto: Ricardo Stuckert/PR
© Ricardo Stuckert/PR

O governo federal vai reduzir de 20% para 15% o limite de alimentos processados e ultraprocessados que poderão compor o cardápio das escolas públicas brasileiras em 2025, por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). O objetivo é oferecer alimentação mais saudável aos estudantes, priorizando alimentos mais nutritivos, produção local e maior diversidade de cultura alimentar das regiões do país. 
A determinação consta em uma nova resolução do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC). Em 2026, o limite de ultraprocessados na merenda será reduzido ainda mais,  para até 10%.  
O programa atende 40 milhões de crianças e jovens em 150 mil escolas dos 5.570 municípios do Brasil. São 50 milhões de refeições diárias e cerca de 10 bilhões por ano, com custo anual de cerca de R$ 5,5 bilhões. 
O anúncio foi feito durante a 6ª edição do Encontro Nacional do PNAE, em Brasília, na tarde desta terça-feira (4), em Brasília, que contou com as presenças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro da Educação, Camilo Santana, de outras autoridades, além de merendeiras, nutricionistas e integrantes da comunidade escolar de diversas regiões do país, como professores, gestores e os próprios estudantes. O evento não ocorria há 15 anos.
“Nossa dívida histórica com a educação é quase impagável em um século. Até o começo do século passado, ninguém se importava se criança tinha que ir pra escola. Aliás, não era obrigatório ir para escola. Menina não podia ir pra escola pra não aprender a escrever carta para o namorado. E menino não tinha que ir pra escola porque tinha que ir trabalhar, cortar cana, qualquer outra coisa”, afirmou Lula.
“E isso justifica, quando a gente investe na alimentação escolar, porque ninguém consegue estudar com barriga vazia. Uma criança que sai de casa sem tomar café, que não jantou uma janta de qualidade com as calorias e a proteínas necessárias à noite, o que ela vai aprender na escola? Quem nunca passou fome não sabe a capacidade de não aprender nada com fome. É duro. Paulo Freire dizia, quando a gente come, a gente fica inteligente”, acrescentou o presidente.
Qualidade da alimentação
“Nós sabemos os impactos desses alimentos [ultraprocessados] na alimentação dessas crianças, o problema da obesidade. Portanto, o PNAE vai garantir qualidade nessa alimentação”, destacou o ministro Camilo Santana, em discurso ao anunciar a medida.
O ministro também informou que o programa vai priorizar a compra da agricultura familiar com recorte para mulheres agricultoras. A lei já prevê que 30% dos alimentos comprados da agricultura alimentar devem ser provenientes da agricultura familiar. “O PNAE já um grande indutor e essa nova diretriz potencializa ainda mais esse impacto, garantindo que mulheres agricultoras tenham papel central na alimentação de nossas escolas”.
“Nós ficamos muito tempo na escola, e com o lanche que as merendeiras fazem, nos ajuda na concentração, na hora da atividade, da explicação do professor, no foco”, descreveu o estudante Miguel Moura, 13 anos, aluno do 8º ano do Centro de Ensino Fundamental 3 (CEF3), de Sobradinho, no Distrito Federal. 
Saíram biscoitos industrializados, entraram canjica, cuscuz, maior oferta de frutas, feijão in natura, entre outros gêneros alimentícios, explica Jaqueline de Souza, nutricionista que participa do programa. “Melhorou muito a alimentação escolar no país”, afirmou, em um vídeo institucional divulgado pelo MEC.
“Muitas das vezes, a merenda escolar é a única refeição de qualidade do estudante naquele dia”, afirmou a presidente do FNDE, Fernanda Pacobahyba.
De acordo com o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional 2023, do Ministério da Saúde, a cada sete crianças brasileiras, uma está com excesso de peso ou obesidade. Isso significa 14,2% das crianças com menos de cinco anos. A média global é de 5,6%. Entre os adolescentes, a taxa é ainda mais alta e atinge 33% do total.
Premiação
Durante o encontro, o governo lançou o projeto Alimentação Nota 10, para capacitar merendeiras e nutricionistas do PNAE em segurança alimentar e nutricional. O investimento será de R$ 4,7 milhões, numa parceria entre FNDE, Itaipu Binacional, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais e Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Extensão, Pesquisa, Ensino Profissionalizante e Tecnológico.
“A abordagem busca criar um ambiente colaborativo para promover práticas alimentares saudáveis, sustentáveis e ecologicamente conscientes para mais de 4,5 mil nutricionistas”, informou o governo.
Aumento nos repasses
Em 2023, após assumir a presidência, o governo Lula concedeu reajuste 39% no valor da merenda escolar para os ensinos médio e fundamental, etapas que representam mais de 70% dos alunos atendidos. Para a educação infantil e escolas indígenas ou quilombolas, o reajuste foi de 35%, enquanto para as demais etapas e modalidades, o percentual ficou em 28%. Até então, a alimentação escolar estava há cerca de seis anos sem reajuste.

Agência Brasil

Potiguar
Mega-Sena, loterias, lotéricas

O concurso 2.824 da Mega-Sena, realizado ontem terça-feira (4), não teve nenhum acertador das seis dezenas. O prêmio acumulou e está estimado em R$ 33 milhões para o próximo sorteio.

Os números sorteados foram: 04 – 16 – 34 – 43 – 54 – 57.

A quina teve 31 apostas vencedoras, que irão receber R$ 71.366,18 cada. Outras 3.248 apostas tiveram quatro acertos e faturaram R$ 973,06.

Para o próximo concurso, as apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) de quinta-feira (6), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal. A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 5.

Lojão do Real

O cantor e padre Fábio de Melo, 53, comentou em suas redes sociais na madrugada deste sábado (1) sobre sua recuperação de um quadro de depressão e anunciou que, após o próximo domingo (2), fará uma pausa nas apresentações.

“A minha recuperação não está sendo fácil, ainda estou me sentindo muito debilitado emocionalmente, mas vou cumprir minha agenda até domingo […] e depois fazer uma pausa para intensificar o tratamento“, comentou o religioso.

Fábio começou agradecendo aos fãs pelo carinho e à sua equipe que, segundo ele, sempre o ajudaram nas dificuldades. Ele relatou que no show desta sexta-feira (31), chegou desanimado e triste, mas que foi contagiado pela energia do público, que possibilitou a apresentação.

“Tinha muita gente, a praça estava lotada e todo mundo cantou, do início ao fim. Também havia cartazes de manifestação, de amor, de carinho, dizendo que estão rezando por mim. O sentimento com que termino o dia hoje é de um dia difícil, de deslocamento, porque sair de casa para mim não está sendo fácil, mas termino o dia com muita gratidão”, desabafou o padre.

No final de janeiro, Fábio de Melo usou as redes sociais para contar sobre a volta de seu quadro depressivo e ressaltou como tem sido afetado pela doença nas últimas semanas.

Religioso já enfrentou doença em 2020
O padre Fábio de Melo já revelou lutar com depressão e síndrome do pânico há cerca de cinco anos.

“O ponto alto da minha descrença com o mundo, com Deus, foi o momento em que eu tive a depressão e a síndrome do pânico. Eu fui para debaixo da cama, literalmente. Sempre tive essa compreensão de que, se eu conserto em mim, eu conserto no mundo. No momento em que eu não soube consertar em mim, foi muito difícil“, disse em conversa com Angélica, no podcast Simples Assim, no fim de 2020.

No mesmo ano, ele se recuperou, mas explicou que teve “percepção da insuficiência humana”.

“Eu costumo dizer que a depressão é um sentimento muito cruel porque você deixa de ficar confortável em você. A depressão é um estado de espírito que você não fica bem em você. Independe do lugar que você esteja ou com quem você esteja. Isso é muito difícil”, concluiu.

cnn

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