Foto: Diegoattorney/Pixabay
Um projeto de lei complementar que autoriza os estados e o Distrito Federal a definirem penas mais pesadas para os crimes atualmente previstos na legislação, o que hoje apenas a União pode fazer, quase foi votado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados no último dia 30 e pode voltar à pauta do colegiado, o principal da Casa, nesta semana.
A votação não ocorreu porque os deputados Bacelar (PV-BA), Delegada Katarina (PSD-SE), Erika Kokay (PT-DF), Helder Salomão (PT-ES), Laura Carneiro (PSD-RJ) e Patrus Ananias (PT-MG) pediram vista (mais tempo para análise) e foi concedida. O prazo, porém, terminou na terça-feira (5).
O projeto foi apresentado pelo deputado federal Lucas Redecker (PSDB-RS) em 2019. O texto original autoriza os estados e o DF a tipificar condutas como crime ou contravenção, definindo as respectivas penas privativas de liberdade ou restritivas de direitos, nas hipóteses de:
1 – Crimes contra a vida;
2 – Crimes contra a pessoa;
3 – Crimes contra o patrimônio;
4 – Crimes contra a liberdade sexual;
5 – Crimes contra a Administração Pública estadual;
6 – Crimes contra a Administração Pública municipal;
7 – Tráfico ilícito de substâncias entorpecentes;
8 – Comércio, posse, transporte e utilização de arma de fogo e respectiva munição.
Em outras palavras, uma conduta poderia ser considerada crime num estado e em outro não. Ou então condutas poderiam ser crimes em diferentes estados, mas com penas diferentes. O projeto diz ainda que os estados e o DF ficam autorizados a legislar sobre questões processuais penais relativas a esses delitos que elenca.
O relator da proposta na CCJ é o deputado Coronel Assis (União-MT). Em seu parecer sobre o texto, apresentado em 11 de setembro, o parlamentar vota pela aprovação do projeto, mas na forma de um substitutivo (versão com diferenças em relação à original) que ele elaborou.
Coronel Assis apresenta o substitutivo por entender que o texto original promove de forma muito ampla a autorização para os estados e o DF legislarem sobre questões de direito penal e direito processual penal e, por isso, extrapola os limites traçados pela Constituição.
A nova versão diz que os estados e o DF ficam autorizados, nos termos do parágrafo único do artigo 22 da Constituição, a legislar sobre seis questões de direito penal, desde que de forma mais gravosa do que a prevista na legislação federal. São elas:
1 – Definição de penas aos crimes previstos no ordenamento jurídico vigente, respeitando-se o limite de tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade previsto no Código Penal;
2 – Definição dos regimes de cumprimento de pena, de suas espécies, das regras para fixação do regime inicial e para progressão;
3 – Estabelecimento dos requisitos para concessão de livramento condicional, suspensão condicional da pena, suspensão condicional do processo e transação penal;
4 – Definição de espécies e formas de cumprimento das penas restritivas de direitos;
5 – Fixação de critérios para a substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos;
6 – Previsão de efeitos genéricos e específicos da condenação.
Na prática, a Assembleia Legislativa de um estado ficaria autorizada a aprovar proposta para aumentar no território estadual a pena mínima para o crime de homicídio simples, por exemplo. De acordo com o Código Penal, esse delito é punível com prisão de seis a 20 anos.
O artigo 22 da Constituição citado estabelece que é atribuição privativa da União legislar sobre direito penal e direito processual penal. Porém, o parágrafo único desse artigo, ao qual o substitutivo se refere também, diz que uma lei complementar poderá autorizar os estados a legislar sobre questões específicas dessas matérias. Com essa previsão do parágrafo único, o relator defende que o substitutivo está dentro dos limites trazidos pela Carta Magna.
Ao SBT News, Coronel Assis afirmou que a nova norma contribuiria para um combate mais efetivo da criminalidade e melhoraria a segurança pública. “O crime é regionalizado. Nós não temos a mesma forma de tratar segurança pública, por exemplo, de um estado do Sul para um estado do Norte, para um estado do Nordeste”, argumenta.
O deputado ressalta que, pelo substitutivo, os estados não estariam autorizados a criar um crime — competência que continuaria sendo do Congresso Nacional —, mas poderiam aumentar a pena mínima de um delito existente. Coronel Assis fala que é importantes “penas fortes” para poder combater crimes como o homicídio.
SBT News
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Saulo Cruz/Agência Senado
A negociação do projeto de lei que regulamenta o pagamento de emendas parlamentares deve avançar nesta semana no Senado. A proposta, que já foi aprovada pela Câmara, está prevista para ser discutida no Senado entre terça (12) e quarta-feira (13), segundo expectativa de líderes do governo.
A aprovação nas duas Casas é necessária para que o pagamento das emendas seja desbloqueado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
O projeto de lei cria formas de rastrear e avaliar a destinação dos recursos indicados por deputados e senadores, além de estabelecer medidas para evitar a fragmentação dos recursos.
O impasse em torno do projeto se encontra na tentativa de o governo reverter um acordo de última hora feito na Câmara dos Deputados, que impede o Planalto de bloquear os recursos nas situações em que precisar cumprir regras fiscais.
Inicialmente, o projeto proposto pelo deputado Rubens Pereira Junior (PT-MA) permitia o contingenciamento e bloqueio das emendas de comissão de forma proporcional às demais despesas não obrigatórias.
Ou seja, se a equipe econômica precisasse cortar 10% do orçamento devido à contenção de gastos, o mesmo percentual seria aplicado às emendas indicadas pelos colegiados da Câmara e do Senado.
Atualmente, há limites para o contingenciamento das emendas impositivas (individuais e de bancada), garantidas pela Constituição, mas não existem restrições para o contingenciamento das emendas de comissão.
A proposta do governo, no entanto, deve enfrentar resistência no Senado. Parlamentares da oposição indicaram que preferem o texto aprovado pela Câmara. Se houver alterações, o texto precisará retornar aos deputados para nova análise.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), comentou na semana passada sobre a importância de a questão orçamentária ser resolvida.
“Porque é muito importante rodar o Orçamento, nós termos realmente a garantia de que municípios, estados e entidades filantrópicas possam ter os recursos do Orçamento, seja o Orçamento original, seja através das emendas parlamentares. Isso é de interesse do Brasil”, afirmou Pacheco.
R7
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Vinícius Santa Rosa/Metrópoles
Onze estados e o Distrito Federal relatam falta de vacinas, mostra levantamento da coluna junto às secretarias estaduais de Saúde. São eles: Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.
Há desabastecimento de vacinas contra a Covid-19, meningite, pneumonia, HPV, sarampo, caxumba e rubéola, entre outras.
Outros três estados (Acre, Maranhão e Rio de Janeiro) relataram o desabastecimento de imunizantes ao longo de 2024, mas indicaram que a situação hoje estaria normalizada. Bahia, Ceará e Espírito Santo negaram o desabastecimento e nove estados (Alagoas, Amapá, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Roraima e Sergipe) não responderam aos questionamentos.
Além da falta de vacinas no país, a coluna revelou na semana passada que o Ministério da Saúde incinerou 10,9 milhões de vacinas em 2024, após deixar vencer o prazo de validade. A maior perda se refere a imunizantes da Covid-19, mas há também doses para febre amarela, tétano, gripe e outras doenças. A quantidade de imunizantes desperdiçados deve ser maior ainda, uma vez que o estoque do Ministério da Saúde armazena outras 12 milhões de doses que já venceram, mas ainda não foram incineradas.
Na ocasião, o Ministério da Saúde assegurou, em nota, que “não há falta de vacinas no país”. No entanto, o levantamento feito pela coluna revela o contrário. Procurado para comentar os dados de desabastecimento, a pasta não respondeu.
Quais vacinas estão em falta nos estados
Onze das 12 unidades federativas que confirmaram o desabastecimento de vacinas não têm o imunizante contra a varicela, doença mais conhecida como catapora. A única exceção é São Paulo. O Distrito Federal foi o único a informar que a substitui pela vacina tetraviral – imunizante em falta no estado paulista e que também previne o sarampo, a caxumba e a rubéola.
O Paraná não tem imunizantes contra a Covid-19 para crianças. Segundo o Ministério da Saúde, a doença já matou 5,1 mil pessoas no Brasil em 2024.
Seis estados e o Distrito Federal não dispõem da vacina contra febre amarela.
A capital federal, o Pará e o Tocantins também não contam com o imunizante contra HPV – que evita o câncer de colo de útero, de vulva, de vagina, de pênis, de orofaringe e do canal anal, além de verrugas genitais. Ambos não podem ser substituídos no Sistema Único de Saúde (SUS).
Cinco estados mais o DF não possuem a vacina tríplice bacteriana (DTP), que protege contra difteria, tétano e coqueluche. A capital federal e Goiás informaram trocá-la pela pentavalente, que inclui prevenção contra hepatite B e Haemophilus influenzae tipo b (Hib), bactéria causadora de pneumonia, de meningite, de otite e de epiglotite.
Faltam, ainda, a tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) no DF e a dTpa acelular — também contra difteria, tétano e coqueluche, mas usada em grupos específicos nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie) — em Mato Grosso, na Paraíba, em Santa Catarina e em Tocantins.
Pará repassou as informações do último Informe de Distribuição de Imunobiológicos do Ministério da Saúde, que relata falta das vacinas contra varicela, febre amarela e HPV por “problemas com o fornecedor”.
Nenhuma unidade federativa informou previsão de data de reposição para o local.
Metrópoles
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Um apostador ganhou sozinho um dos maiores prêmios da história da Mega-Sena: R$ 201 milhões.
De acordo com a Caixa Econômica Federal, a aposta vencedora foi registrada em Cuiabá, capital do Mato Grosso.
Confira as dezenas sorteadas:
13 – 16 – 55 – 43 – 46 -33
Também serão premiadas apostas que acertaram 5 e 4 dezenas. Confira a quantidade de vencedores e os valores dos prêmios:
6 acertos: 1 aposta ganhadora, R$ 201.963.763,26 5 acertos: 242 apostas ganhadoras, R$ 49.426,51 4 acertos: 19.146 apostas ganhadoras, R$ 892,48
O prefeito Pedro Henrique já articula a sua candidatura a presidência da FEMURN e vem dialogando com prefeitas e prefeitos do RN, para a construção do projeto que avança a passos largos. Articulado e bem relacionado, Pedro tem conseguido dialogar com facilidade com os gestores, tornando seu projeto cada vez mais consistente.
Em evento promovido pela FEMURN, Pedro foi figura presente pelos corredores e stands, onde os prefeitos e prefeitas circularam. Muitos já declaram voto e apoio e ao seu projeto, alguns são cabos eleitorais bastante empenhados.
Pedro Henrique está em seu primeiro mandato e foi reeleito com mais de 80% dos votos em seu município. Desempenha uma gestão inovadora e de destaque no RN, que tem mais de 90% de aprovação dos pedragrandenses. Pedro ainda conseguiu eleger todos os vereadores que ocuparão as nove vagas da câmara municipal de Pedra Grande, assim como todos os suplentes também são da sua coligação. Toda essa experiência demonstra um perfil com capacidade de diálogo, boa gestão e defesa de interesses, sem radicalismo.
A eleição da FEMURN acontece em janeiro de 2025 e entre os prefeitos e prefeitas do RN, o nome do prefeito Pedro Henrique ganha muita força para presidência da entidade. Ainda mais por ser um gestor de mandato e que igualmente vive as dificuldades e desafios que os gestores enfrentarão na próxima gestão.
RNNews
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente Lula realizou novos exames no hospital Sírio-Libanês, em Brasília, após a queda sofrida em 19 de outubro, que resultou em traumatismo craniano.Desde o acidente, tem passado por avaliações periódicas para monitorar o quadro de coágulos.Os médicos liberaram Lula para viagens curtas e destacaram a estabilidade dos exames. O presidente segue sem sintomas e planeja estar apto a receber líderes na Cúpula do G20, no Rio de Janeiro, em 16 de novembro.
Vero Noticiais
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A 32ª edição do Feirão Serasa Limpa Nome está em andamento até 29 de novembro, oferecendo a consumidores a oportunidade de renegociar dívidas com descontos de até 99%. A iniciativa permite que os acordos sejam feitos pelo aplicativo e site da Serasa, além das mais de 7 mil agências dos Correios em todo o Brasil.
Com a participação de cerca de mil empresas, o feirão oferece aproximadamente 550 milhões de opções de renegociação. Entre as novidades deste ano, está a possibilidade de juntar boletos e códigos Pix, facilitando a negociação de várias dívidas simultaneamente, incluindo contas de serviços essenciais, como água, energia e gás.
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O Estado está desenvolvendo o Sistema Estadual de Pessoas Desaparecidas. A expectativa é de que o sistema fique pronto até o março de 2025| Foto: Reprodução
Estar com um ente querido num momento e minutos depois se deparar com o seu sumiço é considerada uma das maiores aflições que o ser humano pode passar. Nesta semana, duas famílias do Rio Grande do Norte sentiram na pele a agonia de não saber o paradeiro dos parentes. Os casos de Maria Fernanda, 12 anos, encontrada morta quatro dias depois do seu sumiço, e de Nayara Dantas, 21 anos, ainda desaparecida e com a família nutrindo esperanças de revê-la, são apenas uma fração dos registros de desaparecimentos no Estado.
Segundo dados da Coordenadoria de Informações Estatísticas e Análises Criminais da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Coine/Sesed), foram 601 registros de desaparecimentos de janeiro a outubro de 2024. No mesmo período do ano passado, esse número era de 559. Os dados, no entanto, não refletem necessariamente a quantidade de pessoas desaparecidas, gargalo existente no RN e no Brasil.
Segundo as estatísticas da Sesed, enviadas à pedido da TRIBUNA DO NORTE, os registros de pessoas desaparecidas variam ano a ano. Em 2023, por exemplo, foram 701 registros contra 629 em 2022, 461 em 2021 e 249 registros em 2020. Há casos de pessoas que desaparecem em um determinado ano, mas só em anos seguintes que é feito o registro junto as autoridades policiais. A Sesed explica ainda que os registros de pessoas desaparecidas não necessariamente significam pessoas sumidas, uma vez que há possibilidade de familiares distintos registrarem o desaparecimento de uma mesma pessoa em Boletins de Ocorrências diferentes.
Já com relação à localização de pessoas desaparecidas, os números da Sesed apontam aumento neste ano, com 294 localizações de janeiro a outubro, contra 264 em 2023, 135 em 2022, 6 em 2021 e 7 em 2020. Para este dado, a Sesed aponta que a diferença nos números está associada à falta de informatização em delegacias policiais no Estado, subnotificação e a adoção do Procedimento Policial Eletrônico (PPE), que gerou padronização para os desaparecimentos.
Estado e União tentam aprimorar sistemas
As políticas públicas para pessoas desaparecidas no Brasil ainda carecem de melhores execuções, na avaliação de Gesaias Ciríaco do Nascimento, especialista em segurança pública e autoridade central no RN na Política Nacional de Pessoas Desaparecidas. Ele pontua, no entanto, que essas políticas avançaram consideravelmente nos últimos anos a nível nacional e local.
A título de exemplo, Gesaias aponta que o Estado está desenvolvendo um sistema intitulado Sistema Estadual de Pessoas Desaparecidas. A expectativa é de que o sistema fique pronto até março do ano que vem, assim como um sistema nacional. O sistema está sendo alimentado com todos os boletins de ocorrência registrados de pessoas desaparecidas e será integrado ao PPE.
Além do sistema, o Estado está desenvolvendo um aplicativo para pessoas localizadas sem identificação. Comumente, o Walfredo Gurgel divulga boletins com pessoas dando entrada na unidade sem documentação.
Apesar dos números, não é possível saber quantas pessoas de fato estão desaparecidas no Rio Grande do Norte. Essa problemática, inclusive, é replicada a nível nacional, uma vez que as políticas públicas para essa dinâmica social ainda são recentes e em fase de implementação. “Nós não temos um cadastro nacional de pessoas desaparecidas. Por incrível que pareça. Estamos para montar isso porque tudo passaria por esse cadastro. A ideia é fazer algo que funcione em tempo real. No caso do RN, por exemplo: um registro feito agora em 15 minutos esse dado já estará nesse cadastro nacional. É um grande gargalo nosso não termos esse compartilhamento real de informações”, explica Gesaias Nascimento Ciríaco.
Segundo Gesaias Ciríaco do Nascimento, especialista em segurança pública e autoridade central no RN na Política Nacional de Pessoas Desaparecidas, o tema tem ganhado atenção nos governos estaduais nos últimos anos. Ele explica que até 2019 a busca por pessoas desaparecidas no RN ficava a cargo da Delegacia Especializada de Capturas e Polícia Interestadual (Decap/Polinter). Só após 2021 que foi criado o Núcleo de Investigação sobre Pessoas Desaparecidas (NIPD) junto à Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O núcleo tornou-se a 9ª Delegacia de Polícia, que funciona dentro da DHPP, com foco em desaparecimentos.“Era ela quem tinha a atribuição de procurar os desaparecidos junto com foragidos da justiça, além da responsabilidade de fazer precatórias, quando uma pessoa responde em um estado e encontra-se em outro. A produtividade era baixa tanto que delegava, várias vezes, para outras delegacias terem capacidade”, explica.
Além disso, o desaparecimento é uma das investigações mais complexas de se executar, por diversas razões, como falta de informações e câmeras de segurança em determinados locais, sumiços sem aparente motivo e em especial, o fato das famílias não retornarem às Delegacias de Polícia para avisarem do aparecimento da pessoa. Há casos e casos: desaparecimentos por questões de sequestros, crimes sexuais, intolerância familiar e casos de violência doméstica.
“A delegacia especializada na questão de desaparecimento está fazendo um trabalho de busca ativa. Imagine que uma pessoa some, um familiar faz o B.O, essa pessoa retorna e esse B.O fica com o status ativo. Hoje a delegacia tem feito um trabalho de rebusca, exatamente buscando com o comunicante se aquela situação está ou não ativa. Há uma procura real. A resolutividade aumentou no que sentido que chamamos da subnotificação de localização diminuiu quanto a isso”, explica Gesaias Ciríaco do Nascimento.
A reportagem procurou a Polícia Civil do Rio Grande do Norte (PCRN) para entrevista, mas alegou, por meio da assessoria de imprensa, questões de agenda para não receber a equipe da TRIBUNA DO NORTE.
Casos
O caso de Maria Fernanda Ramos, 12 anos, entra para a história da crônica policial potiguar como mais um episódio envolvendo sumiços por motivos torpes de crianças e adolescentes no Rio Grande do Norte. No caso da jovem, que foi violentada sexualmente e morta espancada, o corpo só foi encontrado após quatro dias do desaparecimento.
A situação envolvendo Maria Fernanda é semelhante a outros dois casos que chocaram Natal e o RN nos últimos anos. O mais recente foi o caso Iasmin Lorena de Araújo, em 2018, que tinha 12 anos e saiu de casa na Redinha a pedido da mãe para entregar um dinheiro a uma vizinha. O corpo dela só foi encontrado um mês depois ao sumiço na rua da casa dela. Vizinho da família de Iasmin, o pedreiro Marcondes Gomes da Silva, de 45 anos, que trabalhava no imóvel onde o corpo foi encontrado, confessou o crime. Ele matou a menina após ela recusar um pedido dele para terem relação sexual. Foi condenado a 31 anos de prisão.
Outro caso que chocou Natal foi o de Maísla Mariano dos Santos, 11 anos, morta pelo ambulante Osvaldo Pereira Aguiar, em 2009. A menina saiu de casa pretendendo deixar o almoço no trabalho do pai. Ela foi morta e esquartejada. O corpo da garotinha foi encontrado em sacos plásticos em terrenos baldios no bairro de Igapó. O crime que comoveu toda a sociedade natalense teve repercussão nacional. O homem foi condenado a 41 anos no julgamento mais longo da história do RN.
Esses episódios chocantes se juntam ao caso mais misterioso da crônica policial potiguar, quando cinco crianças sumiram misteriosamente do bairro do Planalto entre 1998 e 2001. Passados 25 anos, ninguém foi preso, as crianças seguem desaparecidas e o caso foi arquivado junto à Polícia Civil. Durante a investigação, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi criada para investigar o rapto dos pequenos, mas sem sucesso.
Família procura por jovem desaparecida em Parnamirim
Uma jovem identificada como Nayara Dantas, de 21 anos, desapareceu enquanto ia para a UFRN durante a manhã de segunda-feira (4) em Parnamirim, cidade da Grande Natal. Em contato com a reportagem da TRIBUNA DO NORTE, a mãe da estudante, Aldeiza Dantas, contou que sua relação com a filha sempre foi saudável, e externou sua preocupação com o bem-estar dela. Ela e os familiares foram à delegacia e informaram o caso à Polícia Civil, que realiza a investigação. Até o fechamento da edição, ela ainda não tinha sido encontrada.
Moradora do bairro de Vida Nova, Aldeiza Dantas contou que a jovem é estudante do curso de licenciatura em História. A rotina dela consistia em sair cedo para as aulas, e voltar ainda para casa ainda durante a tarde. Porém, na segunda-feira, a ausência da filha no horário habitual trouxe preocupação para a mãe, a qual percebeu que algo estava errado. “Ela disse que estava indo para a UFRN na última vez que nos vimos. Eu saí primeiro e ela saiu depois. Quando eu cheguei em casa, no fim da tarde, ela não estava. Por isso, eu tentei ligar para ela, mas as redes sociais dela estavam bloqueadas para o pai dela, o irmão e para mim”, afirmou.
Pela manhã de terça-feira (5), Aldeiza Dantas e a família foram à delegacia e registraram um boletim de ocorrência, para dar início às buscas pela jovem e contou ainda que, na tarde de terça-feira (5), ocorreu o último contato entre Nayara e a familia. Após desbloquear suas redes sociais por um breve período, ela enviou um áudio para o pai dela, mas não era possível entender o que ela dizia. “Ela enviou um áudio no qual ela chorava muito, e não conseguíamos entender o que ela falava. Ela não era de sair para festas. Ela não bebia e não fumava”, lembrou.
Tribuna do Norte
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Gonzalo Plata fez o gol da vitória neste domingo | Foto: Divulgação/Flamengo
O Flamengo é o campeão da Copa do Brasil 2024. O time bateu o Atlético-MG novamente neste domingo, por 1 a 0, na Arena MRV, em Belo Horizonte. A primeira partida, no Rio, já havia sido de vitória flamenguista, por 3 a 1. Este é o quinto título da história da equipe, que também foi campeã em 1990, 2006, 2013 e 2022.
A conquista é também a primeira de Filipe Luís como técnico. O ex-jogador assumiu o Flamengo no começo de outubro, para substituir Tite. O título soma-se a dois Brasileirão (2019 e 2020), duas Libertadores (2019 e 2022), duas Supercopas (2020 e 2021), uma Recopa Sul-Americana (2020), dois Cariocas (2020 e 2021) e uma Copa do Brasil (2022) que ele venceu como jogador pelo Flamengo.
Flamengo e Atlético-MG voltam a se enfrentar pela 33ª rodada do Brasileirão na quarta-feira, às 20h, no Maracanã, no Rio.
Atrás no placar agregado, o Atlético-MG buscou dominar as ações, mas sem pressa. Por outro lado, o Flamengo se defendia bem, não dando chances para que os mineiros criassem oportunidades. Em contra-ataque, a primeira chegada próxima do gol foi de Gerson, lançado por Arrascaeta, mas parado por Everson.
O time de Milito manteve a postura tranquila para atacar o Flamengo. Isso não reduzia a intensidade do time. Hulk e Paulinho formavam uma dupla lado a lado, com Scarpa e Arana nas pontas. Zaracho, que ganhou a vaga para a decisão, flutuava como opção de passe para todos os jogadores de frente.
O Atlético-MG, porém, insistia em lançamentos buscando a dupla de atacantes. Isso até superava a marcação de Pulgar e permitia a Hulk e Paulinho sobrarem livres, diante dos zagueiros. Entretanto, em nenhuma das vezes, eles conseguiram de fato dominar as tentativas dos companheiros.
Já o Flamengo preferiu avançar com troca de passes em transições rápidas. Assim teve uma sequência de chegadas pelo lado direito com Wesley. Em uma delas, Arrascaeta cabeceou para fora. Depois, a bola sobrou para o garoto Evertton Araújo bater de fora da área com perigo. A exposição era o risco que o Atlético-MG assumia para conseguir lançar-se em peso ao ataque, mas nada garantia que os flamenguistas continuariam errando.
O Atlético-MG só teve as melhores chances quando finalizou de fora da área. Em duas oportunidades, Rossi espalmou e quase entregou aos adversários, mas salvou. Um terceiro erro quase resultou em gol, quando o argentino saía com a bola nos pés, mas pressionado por Paulinho, precisou dividir com o atacante para mandar para escanteio.
A pressa, antes inexistente para os mineiros, se fez presente no final do primeiro tempo. Ainda eram precisos dois gols para levar a decisão aos pênaltis, quando os times desceram aos vestiários.
Os atleticanos voltaram com pressão. Mas novamente quem chegou com mais perigo foi o Flamengo. Rossi lançou Bruno Henrique, escolha de Filipe Luís para o lugar de Gabigol na segunda etapa. O camisa 27 arrancou do meio de campo e tentou cavar na saída de Everson, mas o goleiro conseguiu desviar para escanteio.
O lance foi exceção. A tônica era a pressão atleticana. A paciência era maior do que no final do primeiro tempo. A exposição também. O time atacava com os 10 jogadores de linha no campo ofensivo. Um certo preciosismo prejudicava o time. Mesmo quando o Atlético-MG chegava na área, a equipe tentava um toque a mais antes de finalizar e assim perdeu boas chances.
A estratégia de Filipe Luís foi buscar mais contra-ataques. Bruno Henrique teve novamente uma chance cara a cara com Everson e tentou encobrir. Mais uma vez, o goleiro conseguiu defender. Ele ainda salvou mais duas chances flamenguistas criadas a partir de transições rápidas e uma terceira com um chute de Alex Sandro quase na pequena área.
As chances perdidas, aliás, continuavam a se repetir dos dois lados. Na sequência, foi na frente do gol de Rossi que a bola quicou sem que ninguém empurrasse para o gol.
Foi então que o equatoriano Gonzalo Plata, chamado por Filipe Luís aos 23 do segundo tempo, decidiu dar um basta nas chances perdidas. Mais uma vez no contra-ataque, Bruno Henrique lançou para o companheiro. Plata saiu do campo de defesa, driblou Saraiva e ficou de frente para Everson. Desta vez, o paredão não conseguiu segurar. O camisa 45 encobriu o atleticano e sacramentou o título do Flamengo.
A comemoração estourou uma confusão. Parte do público recorde de 44.876 pessoas da Arena MRV insistiu em jogar copos nos flamenguistas. Um homem até invadiu o campo e foi detido. O jogo ficou lastimavelmente parado.
Quando voltou, o ritmo já era outro. O Atlético-MG foi vítima da própria torcida e ficou desmobilizado. Uma bomba atirada próximo de Rossi paralisou o jogo novamente.
Everson fez mais dois milagres, enquanto os atacantes tentavam, sem sucesso, uma resposta. Melhor para o Flamengo, que é pentacampeão.
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO-MG 0 X 1 FLAMENGO
ATLÉTICO-MG – Everson; Lyanco (Saravia), Battaglia e Junior Alonso; Gustavo Scarpa (Alisson Santana), Otávio (Alan Kardec) Alan Franco, Zaracho (Bernard) e Guilherme Arana (Rubens); Hulk e Paulinho. Técnico: Gabriel Milito.
FLAMENGO – Rossi; Wesley, Léo Ortiz, Léo Pereira (David Luiz) e Alex Sandro; Erick Pulgar, Evertton Araújo, Gerson e Arrascaeta (Fabrício Bruno); Gabigol (Bruno Henrique) e Michael (Gonzalo Plata). Técnico: Filipe Luís.
GOL – Gonzalo Plata, aos 36 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS – Lyanco e Igor Rabello (Atlético-MG) e Erick Pulgar e Evertton Araújo (Flamengo).
CARTÃO VERMELHO – Saravia (Atlético-MG).
ÁRBITRO – Raphael Claus (Fifa-SP).
PÚBLICO – 44.876 presentes.
RENDA – R$ 10.410.129,58.
LOCAL – Arena MRV, em Belo Horizonte.
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© Paulo Pinto/Agência Brasil
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Neste ano, mais de 4,3 milhões de candidatos se inscreveram para o exame. As provas foram aplicadas em duas etapas: no domingo passado (3), foram as 90 questões de linguagens, história, geografia, sociologia e filosofia, além de uma redação dissertativa; neste domingo (10), foi a vez das 90 questões de matemática, física, química e biologia.
O Enem avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. Ao longo de mais de duas décadas de existência, o Enem se tornou a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (Prouni).
Instituições de ensino públicas e privadas utilizam o Enem para selecionar estudantes. Os resultados são usados como critério único ou complementar dos processos seletivos, além de servirem de parâmetro para acesso a auxílios governamentais, como o proporcionado pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Os resultados individuais do Enem também podem ser aproveitados nos processos seletivos de instituições portuguesas que possuem convênio com o Inep para aceitar as notas do exame. Os acordos garantem acesso facilitado às notas dos estudantes brasileiros interessados em cursar a educação superior em Portugal.
Agência Brasil
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