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Brasil
08 nov

Enem 2025: confira dicas para o primeiro dia do exame neste domingo (9)

Enem 2025: confira dicas para o primeiro dia do exame neste domingo (9)

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025, que se inicia neste domingo (9), vai avaliar quais os estudantes estão mais bem preparados para ingressar no Ensino Superior em 2026.

Conceito que vai além dos conhecimentos temáticos exigidos. Lidar com a pressão pré-prova, a tensão durante a aplicação do teste e o temor de não atingir o desempenho esperado são fundamentais para não deixar a mente se tornar uma “adversária” no caminho da aprovação.

Autoconfiança
A psicóloga Bruna Lucena, do Colégio Cognitivo, avalia que é comum o sentimento de ansiedade presente entre os alunos nesta reta final de preparação.

Seja por pressão familiar, comparação com outros candidatos ou até mesmo por uma cobrança interna. “O oposto da ansiedade não é a calma. Não adianta dizer ‘acalme-se’ para os meninos. Eu costumo falar que a calma é o produto da autoconfiança”, declarou.

O objetivo nessa fase, apontou a psicóloga, é colocar na cabeça dos estudantes que a parte deles foi feita, com os estudos ao longo do ano.

Também é aconselhado utilizar pausas que são permitidas de forma estratégica. Idas ao banheiro, por exemplo, podem servir para alongar partes do corpo como punho, pescoço e cervical. Assim como a pausa para alimentação. “Os pequenos intervalos são importantes, respeitando o ritmo de cada um”, apontou.

Um bom planejamento prévio para a prova também ajuda os alunos a desenvolverem mais segurança. Separar tempo para atividades de lazer e descanso é fundamental para evitar um esgotamento mental.

Além disso, organizar-se com antecedência, separando os documentos e materiais necessários para o Exame, tomando precauções também para não se atrasar no dia, pode diminuir o chamado “estresse de última hora” que acomete alguns alunos.

A abertura dos portões será às 12h, com fechamento às 13h e início das provas às 13h. A duração segue até 19h.

Redação
O primeiro dia de Enem terá uma prova com 90 questões objetivas (divididas entre Linguagens e Ciências Humanas) e uma redação.

O texto dissertativo-argumentativo, valendo mil pontos, é um dos tópicos mais importantes do exame.

A estrutura deve conter ao menos quatro parágrafos, com introdução, desenvolvimento e conclusão, escritos em até 30 linhas.

Os avaliadores do Enem dividem a nota em cinco competências: domínio da norma padrão; compreensão do tema e atendimento ao tipo textual; seleção e organização de informações e argumentos em defesa de um ponto de vista; coesão textual; e elaboração de uma proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.

De acordo com a professora de redação Fernanda Bérgamo, a primeira particularidade que precisa ser observada pelos vestibulandos é a questão da proposta temática.

Um bom resultado passa pela compreensão total do tema. Isso deve ser mostrado a partir da introdução.

Após uma boa construção inicial, o momento é de desenvolver a ideia proposta. “A segunda metade do texto geralmente está mais enfraquecida pelo nervosismo ou falta de tempo. Lembre-se que a última impressão é a que fica. O corretor vai guardar a qualidade do texto, principalmente pela parte final”, disse.

Sobre a conclusão do texto, a professora de redação do Cognitivo, Marília Menezes, estabelece como essencial a descrição completa da proposta de intervenção.

“Precisa ter o detalhamento, uma ação, o que esse agente vai fazer para amenizar aquela situação problemática, como atuará para agir para que aquilo se estabeleça e, por fim, o objetivo”, analisou.

Em 2024, o tema da redação do Enem foi “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil” e “Desafios para a valorização da arte de periferia no cenário cultural brasileiro” (reaplicação da prova em dezembro, para pessoas privadas de liberdade e para quem teve algum problema previsto em edital na data original).

Ao todo, 12 textos obtiveram a nota máxima. Para 2025, a aposta é em assuntos que envolvam tecnologia ou meio ambiente.

Conteúdos
O professor de linguagens, Eduardo Alves, classifica a prova do Enem desta temática como bastante interpretativa, o que exige dos candidatos muita atenção e estratégia.

“É uma prova densa, com muitos textos longos e variados. O foco principal é avaliar a capacidade de compreender contextos, inferir sentidos e relacionar informações, mais do que apenas testar conhecimentos gramaticais”, afirmou.

A principal dica que o professor fornece aos alunos que vão fazer a prova é compreender bem o comando das questões antes de ler o texto.

“Como a prova é longa, é essencial desenvolver resistência de leitura e aprender a identificar rapidamente as informações mais relevantes em cada texto”, alertou.

Já a prova de Ciências Humanas costuma priorizar temas ligados à formação da sociedade brasileira e às transformações políticas, econômicas e culturais.

Segundo o professor de história do GGE, Filipe Domingues, um aspecto destacado é que a prova é interdisciplinar, ou seja, temas de História, Geografia, Filosofia e Sociologia aparecem interligados para compreender fenômenos complexos.

“Uma questão sobre desigualdade urbana, por exemplo, pode envolver conceitos geográficos, contexto histórico e reflexões filosóficas sobre justiça social. O estudante precisa articular saberes e perceber como essas áreas dialogam para explicar a realidade”, observou.

folha PE

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