Estudo mostra que teleconsulta é eficaz no acompanhamento médico

Funcionária de saúde usa sistema de atendimento remoto para consultas de saúde no Distrito Federal.
© Davidyson Damasceno/IGESDF

Uma consulta médica sem sair de casa, usando apenas o celular ou outro dispositivo eletrônico conectado à internet. Impulsionada pela pandemia, a teleconsulta ganhou espaço e passou a ser vista como uma forma de expandir o acesso e oferecer acompanhamento a pacientes das redes públicas e privadas de saúde. Mas a modalidade é mesmo confiável e eficaz?

Estudos em todo o mundo buscam responder a essa pergunta, assim como investigar em que situações deve ou não ser usada. Uma dessas pesquisas investiga a teleconsulta para pacientes com diabetes tipo 2 no sistema público de saúde brasileiro. O trabalho foi conduzido pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz, como parte do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) e foi publicado na revista científica The Lancet.

O estudo compara o acompanhamento de pacientes com diabetes tipo 2 por teleconsultas com endocrinologistas com o mesmo tipo de acompanhamento feito presencialmente por esses profissionais. A conclusão é que as teleconsultas se mostraram tão eficazes quanto os encontros presencias.

De acordo como Ministério da Saúde, a Rede Brasileira de Telessaúde conta com 27 núcleos, chegando a todos os estados brasileiros. Entre 2023 e 2024 foram realizados aproximadamente 4,6 milhões de teleatendimentos, como teleconsultas, telediagnósticos, emissão de laudos à distância e teleconsultorias entre profissionais. 

Os serviços de telessaúde cresceram significativamente desde a pandemia de Covid-19. Na Atenção Especializada à Saúde, o número de consultas aumentou, de 2022 para 2024, 99,8%, saindo de 679.265 para 1.138.828 atendimentos. O número de atendimentos em 2024 superou até mesmo os de 2021 (1.080.318), ano de pandemia. 

A pasta tem como meta implantar dois Núcleos de Telessaúde por estado até 2026. Além disso, pretende ampliar o número de Pontos de Telessaúde nos diversos serviços de saúde e em regiões de vazio assistencial; fortalecer a integração entre os serviços remotos e presenciais; e expandir o uso da telessaúde para todas as regiões e perfis populacionais, especialmente os mais vulneráveis.

Segundo o Ministério, a telessaúde “é uma estratégia essencial para ampliar o acesso às ações e serviços de saúde e reduzir desigualdades regionais, levando atendimento e orientação especializada a locais de difícil acesso. Ela complementa o atendimento presencial, ampliando a capacidade resolutiva da rede, sem substituí-la”, diz a pasta em nota.  

Ao todo, o Ministério da Saúde destinou, em 2024, R$ 464 milhões para a transformação digital do SUS, incluindo a expansão da telessaúde, com adesão de 100% dos estados e municípios ao Programa SUS Digital.

Agência Brasil

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