Foto: Sandro Menezes

A instalação de usinas para geração de energia eólica e solar no Rio Grande do Norte gerou 13.571 empregos diretos e indiretos. A informação está no “Balanço do Setor Elétrico do RN – Ano Base 2024”, publicação divulgada nesta segunda-feira (20.01) pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico, da Ciência, da Tecnologia e da Inovação (SEDEC-RN). Foram 10.462 com a oferta de vagas no setor eólico e 3.109 no solar.

O total em investimentos em novos projetos nestes dois setores, no ano passado, chegou a R$ 10,1 bilhões. Foram R$ 7,8 bilhões em projetos para geração eólica e R$ 2,3 bilhões para fotovoltaicos.

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O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte (CBMRN) divulgou, nesta segunda-feira (20), os dados estatísticos referentes às ocorrências operacionais atendidas entre janeiro e dezembro de 2024. Ao todo, foram realizados 14.196 atendimentos em todo o estado, um crescimento de 5,2% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram registradas 13.505 ocorrências. Em média, cerca de 39 atendimentos foram realizados diariamente pela corporação.

A categoria “salvamento” liderou os atendimentos, correspondendo a 42,1% de todas as ocorrências. Já a natureza “captura de insetos”, com 3.624 registros (25,5% do total), foi a ocorrência mais atendida pelo CBMRN em 2024. Além disso, entre os anos de 2019 e 2024, a corporação alcançou a marca de 69.947 ocorrências atendidas. Neste contexto, o ano de 2024 destacou-se como o de maior volume de atendimentos na série histórica.

O quartel de Mossoró permaneceu como a unidade com maior número de atendimentos em 2024, totalizando 3.206 ocorrências. O crescimento médio anual de atendimentos na corporação, de 2019 a 2024, é de 11%.

O subcomandante-geral do CBMRN, coronel Franklin Araújo, destacou o empenho e a dedicação dos bombeiros militares na conquista desses resultados. “O aumento no número de atendimentos reflete não apenas o comprometimento da nossa tropa, mas também os investimentos realizados nos últimos anos, com o reforço de novos oficiais e praças, além da inauguração de novos quartéis, que contribuíram para a ampliação da capacidade operacional e a redução do tempo de resposta aos chamados da população”, afirmou.

Os dados divulgados pelo CBMRN demonstram a relevância da instituição no atendimento às demandas da população e reforçam a importância do apoio estrutural e humano para manter a eficiência no trabalho desempenhado em todo o estado.

Lojão do Real

A partir deste ano, crianças e adolescentes matriculados em escolas públicas e privadas de educação básica em todo o Brasil terão o uso de celulares restrito no ambiente escolar. A medida, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e prevista na Lei 15.100/2025, visa reduzir os impactos negativos do uso indiscriminado de dispositivos eletrônicos sobre a saúde mental e no desempenho acadêmico dos estudantes.

No Rio Grande do Norte, a Secretaria de Estado da Educação (SEEC) e a Secretaria Municipal de Educação de Natal (SME) já começam a articular ações para se adequarem à legislação, que determina a proibição do uso de celulares e tablets durante o período escolar, exceto para fins pedagógicos, acessibilidade ou necessidades específicas.

A SEEC informou que aguarda a regulamentação estadual da lei, que deve ser publicada ainda no primeiro semestre de 2025, para orientar as escolas da rede pública e privada no estado. Até lá, o foco será incentivar práticas que promovam o uso responsável da tecnologia.

Em nota oficial, a secretaria destacou a importância de equilibrar o potencial pedagógico dos dispositivos eletrônicos com a necessidade de manter a concentração dos alunos durante as aulas. “Acreditamos que o uso consciente e direcionado das tecnologias pode enriquecer o ensino, mas deve ser feito de maneira planejada e responsável”, declarou a SEEC.

Naire Jane Capistrano, secretária adjunta de Gestão Pedagógica da SME de Natal, defende a necessidade de diálogo com a comunidade escolar antes da implementação definitiva das normas. “Vamos estabelecer uma reflexão coletiva para criar orientações claras. Celulares são ferramentas importantes, mas precisam ser integrados de forma responsável ao ambiente escolar”, afirmou.

A fiscalização do uso dos dispositivos será realizada por professores, coordenadores e diretores, que terão a missão de orientar e intervir sempre que houver comportamentos inadequados. Na visão de Capistrano, a formação continuada dos educadores será essencial nesse processo, garantindo o uso pedagógico e disciplinado das tecnologias.

“A formação continuada de professores, coordenadores e diretores vai continuar ocupando um lugar fundamental para garantir que a aprendizagem colaborativa, aprendizagem ativa e significativa, evitando distrações e comportamentos inadequados durante as atividades”.

A preparação nas escolas particulares

Enquanto aguardam regulamentações específicas, escolas de Natal e do RN começam a se preparar para adotar medidas que combinem disciplina, inovação pedagógica e atenção à saúde mental. O ano letivo de 2025 promete inaugurar uma nova era no uso de tecnologias no ambiente escolar, marcada por mais responsabilidade e melhores práticas.

As escolas particulares já iniciaram o planejamento para atender a nova determinação. Como o Rio Grande do Norte já tem normativo legal proibindo o uso de smartphones em sala de aula para fins não pedagógicos promulgado pela Assembleia Legislativa desde janeiro de 2024, as instituições já se organizam para a regulamentação federal. O presidente do Sindicato das Escolas Privadas do Rio Grande do Norte, Alexandre Marinho, afirma que os educadores conhecem a problemática porque lida com ela no dia a dia das escolas e sabem que essas medidas trarão efeitos positivos, promovendo maior concentração dos alunos e um ambiente mais propício ao aprendizado.

Ele informa que as instituições podem disciplinar a presença do aparelho celular na sala de aula com uso de suportes próprios na entrada da sala, mas a questão exige mais. “O tema exige criatividade das escolas e principalmente, a compreensão e participação das famílias para receptividade das medidas pelos alunos”, argumentou Marinho

Impactos da Lei

Inspirada em modelos internacionais, a legislação foi defendida no Senado como uma forma de melhorar o desempenho acadêmico e reduzir problemas como bullying e distrações em sala de aula. “Em todos os lugares onde a medida foi adotada, houve melhorias significativas na disciplina e no aprendizado”, destacou o senador Alessandro Vieira (MDB-SE), relator do projeto.

Além disso, a lei prevê que escolas desenvolvam estratégias para combater o sofrimento psíquico dos estudantes, frequentemente associado ao uso excessivo de telas e ao acesso a conteúdo impróprios. Iniciativas como treinamentos para detecção de sinais de sofrimento mental e a criação de espaços de acolhimento já estão sendo consideradas no planejamento de instituições públicas e privadas.

NOVO NOTICIAS

Mega 20

Elon Musk, CEO da Tesla e SpaceX, gerou polêmica durante um evento realizado após a posse do presidente Donald Trump nesta segunda-feira, 20. O bilionário fez um gesto que foi comparado por críticos ao saudação nazista, ao erguer o braço duas vezes enquanto agradecia aos presentes. “Eu queria agradecer a vocês por fazerem isso acontecer. Obrigado”, declarou Musk.
Durante seu discurso, Musk afirmou estar “muito animado” com o futuro governo e destacou pontos defendidos por Trump, referindo-se ao início de uma nova era para os Estados Unidos. “É graças a vocês que o futuro da civilização está garantido. Graças a vocês teremos cidades seguras, gastos conscientes com necessidades básicas, e nós vamos levar o Doge para Marte”, afirmou, mencionando o Departamento de Eficiência Governamental, do qual será responsável na nova administração.

O empresário também abordou planos relacionados à exploração espacial, destacando o compromisso do governo de levar astronautas norte-americanos a Marte. “Imaginem o quão incrível será ter astronautas norte-americanos colocando a bandeira em outro planeta pela primeira vez”, disse Musk, recebendo aplausos dos apoiadores republicanos presentes.
Até o momento, Musk e sua equipe não se manifestaram sobre as reações ao gesto, que gerou debates nas redes sociais e na imprensa.

AGORA RN

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O senador Rogério Marinho (PL) revelou que assumirá um papel de destaque na construção de um projeto político para o Rio Grande do Norte para as eleições de 2026. Presidente estadual do PL e líder da oposição no Senado, ele enumerou os problemas enfrentados pelo Estado e apresentou sua visão sobre como superar o atual cenário, que considera de estagnação.

“Vou percorrer o RN pelo PL, levantando as dificuldades in loco, conversando com as pessoas e apresentando um projeto abrangente que ofereça uma alternativa real aos eleitores”, afirmou, ressaltando que a iniciativa terá início em março e durará seis meses.

Rogério definiu a possibilidade de concorrer ao governo como uma missão. “Ser governador do Rio Grande do Norte é arranjar sarna para se coçar. É uma tarefa hercúlea para recolocar o Estado nos trilhos. Mas, se essa missão me for outorgada, eu a aceitarei com honra e orgulho, buscando dar minha contribuição ao estado que tanto precisa de um novo rumo”, afirmou.

Segundo ele, a atual gestão falha em áreas fundamentais como saúde, educação e infraestrutura, e o RN enfrenta um cenário de retrocesso em comparação com estados vizinhos. “Nossa educação está pontuando nos últimos lugares, os hospitais regionais estão destroçados, e as estradas são praticamente intransitáveis. O Rio Grande do Norte parou no tempo e perdeu a corrida para estados como Paraíba e Ceará”.

Para o senador, mudanças estruturais são essenciais para reverter o quadro atual. Ele propôs a venda de ativos do Estado, incluindo a Caern, para viabilizar investimentos em áreas prioritárias. “Temos que ter coragem de pegar os ativos do RN que não servem à população e colocá-los à disposição para investir em infraestrutura, recuperar hospitais regionais e melhorar nossas estradas”.

Ele defendeu cortes nos privilégios das corporações e maior eficiência na gestão pública. “O Estado foi capturado por interesses corporativos. Precisamos de um governo que tenha coragem de enfrentar essas questões, dialogando com todos os poderes, mas garantindo que a população tenha os serviços essenciais que merece”, disse.

Ao falar sobre as eleições de 2026, Rogério destacou a importância de construir um projeto coletivo que una os principais líderes da oposição no RN. E mencionou nomes como Álvaro Dias (Republicanos), ex-prefeito de Natal; Styvenson Valentim (Podemos), senador e Paulinho Freire (União Brasil), prefeito de Natal, como aliados no processo.

“Aquele que tiver as melhores condições será o candidato. Temos que estar despidos de vaidades pessoais e trabalhar por um projeto que realmente beneficie o RN,” afirmou. Sobre sua própria candidatura, Rogério foi direto: “Eu só posso ser candidato ao governo. Essa é a única posição que faz sentido ao meu perfil e minha experiência”.

O senador também fez duras críticas à gestão federal, apontando o que considera um viés autoritário nas ações do presidente Lula (PT). “O RN precisa de um projeto que recupere a governabilidade, mas que também enfrente o autoritarismo que temos visto tanto no governo estadual quanto no federal”, disse.

Rogério reafirmou seu compromisso com a oposição, destacando a importância de oferecer alternativas concretas e de impedir que o atual cenário de retrocesso permaneça. “Não é apenas sobre criticar, mas sobre construir algo melhor. Essa será a nossa missão nos próximos meses”.

Ao encerrar, ele reforçou a necessidade de união entre os atores políticos da oposição. “Não dá para ganhar uma eleição sozinho. Vamos conversar com todos, ouvir as demandas do povo e apresentar um projeto que traga esperança e desenvolvimento ao Rio Grande do Norte”, disse.

AGORA RN

Potiguar

No primeiro dia de trabalho em seu segundo mandato, o presidente Donald Trump assinou ações que retiram os EUA do Acordo Climático de Paris, congelam as contratações no governo federal e exigem que os funcionários federais retornem ao cargo.
Aqui estão algumas das principais ações que Trump tomou em seu primeiro dia no cargo:

Anunciou um perdão para a maioria dos acusados ​​no ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio dos EUA. O presidente disse que seus perdões cobririam “aproximadamente 1.500 por um perdão — perdão total”;
Assinou uma ação executiva que estendeu o prazo para a empresa controladora do TikTok encontrar um novo proprietário ou enfrentar uma proibição nos EUA;
Rescindiu 78 ações executivas da era Biden, incluindo uma ordem executiva que exigia que as agências federais estendessem as proibições de discriminação sexual; uma ordem que exigia que os nomeados do poder executivo assinassem um compromisso de ética; uma ordem que permitia que pessoas transgênero servissem nas forças armadas; e uma ordem que proibia a renovação de contratos de prisões privadas;
Declarou emergência nacional na fronteira sul, desencadeando o uso de recursos e pessoal do Pentágono que serão mobilizados e usados ​​para construir o muro da fronteira;
Sua administração também encerrou o uso de um aplicativo que permite que migrantes notifiquem a Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA de que pretendem entrar nos Estados Unidos. Também assinou uma ordem que buscava redefinir a cidadania por direito de nascença;
Anunciou que está retirando os EUA da Organização Mundial da Saúde. Sua ordem diz que a OMS “continua a exigir pagamentos injustamente onerosos” dos EUA;
Assinou uma ação decretando um congelamento de contratações para funcionários do governo federal por meio do poder executivo. Trump também estabeleceu formalmente o novo Departamento de Eficiência Governamental como uma entidade dentro do governo federal em uma ação executiva;
Tomou uma ação executiva sobre os nomes de marcos dos EUA – incluindo renomear Denali e o Golfo do México – uma medida que sua Casa Branca disse que “honrará a grandeza americana”;
Assinou uma ação retirando os EUA novamente do acordo climático de Paris, um acordo global de redução de emissões;

Perdão total
O presidente Donald Trump perdoou os manifestantes que invadiram o Capitólio dos EUA em 2021, dizendo que o perdão abrangeria 1.500 pessoas, o que parece cobrir quase todos os acusados ​​desde o ataque em 6 de janeiro.

O decreto faz parte de uma série de mais de cem decretos que Trump deve assinar até o fim desta segunda-feira.

Essas ações vão além do que muitos — incluindo os próprios conselheiros de Trump e aliados do Partido Republicano — esperavam. O vice-presidente JD Vance e o presidente da Câmara Mike Johnson disseram nos últimos dias que Trump deveria perdoar apenas infratores não violentos.

Mas a proclamação que ele assinou, concedendo um “perdão total, completo e incondicional”, abrange cerca de 600 pessoas com condenações criminais por agredir policiais ou impedir a polícia durante um motim.

O que é o Acordo de Paris?
É um acordo internacional para combater as mudanças climáticas, e quase 200 países se comprometeram a manter o aquecimento global abaixo de 2 graus Celsius e, idealmente, abaixo de 1,5 graus.

Cada país é responsável por desenvolver seu próprio plano para manter o compromisso para evitar os piores impactos das mudanças climáticas.

A decisão de Trump coloca os Estados Unidos ao lado do Irã, Líbia e Iêmen como os únicos países do mundo fora do pacto de 2015.

Saída da OMS
O presidente Donald Trump anunciou que está retirando os Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde (OMS), cortando laços com a agência de saúde pública das Nações Unidas em seu primeiro dia no cargo.

O governo de Trump se retirou formalmente da organização em julho de 2020, enquanto a pandemia de Covid-19 se espalhava pelo mundo.

O texto da ordem executiva desta segunda cita a “má gestão da pandemia de COVID-19 pela organização que surgiu de Wuhan, China e outras crises globais de saúde, sua falha em adotar reformas urgentemente necessárias e sua incapacidade de demonstrar independência da influência política inapropriada dos estados-membros da OMS”, como razões para a retirada.

“Essa é uma grande questão”, disse Trump a um assessor ao começar a assinar a ordem executiva, apontando para sua decisão de 2020 e sua crença de que os EUA estavam pagando muito dinheiro à organização em comparação a outros países.

A ordem também diz que a OMS “continua a exigir pagamentos injustamente onerosos” dos EUA.

cnn

Eldorado
Foto: Agência Brasil

A antecipação salarial de até R$ 150, prevista no programa Meu INSS Vale+, não vai depender do desbloqueio prévio do benefício. A atualização foi feita em instrução normativa publicada na edição desta segunda-feira (20/1) do Diário Oficial da União (DOU).

Aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios de longa duração do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) podem pedir a antecipação salarial por meio de cartão físico ou outro meio disponível com a utilização de biometria sem necessidade de desbloqueio do benefício.

Para realizar a transação, o cartão físico da instituição financeira deve conter chip e senha pessoal de confirmação da transação. Caso utilize outros meios para antecipação (como quando o cartão for virtual), será exigido o uso da biometria.

O diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão (Dirben), Vanderlei Barbosa, disse que o INSS verificou que a medida criada para atender a pessoa naquele momento que mais precisa no final do mês em algumas regiões não estava sendo rápida.

“O objetivo da antecipação de R$ 150 no final do mês é possibilitar que a pessoa consiga comprar seu remédio, o gás, e coisas do dia a dia, em um momento de necessidade. Mas, devido à dimensão geográfica do Brasil, em algumas localidades os beneficiários estavam esperando até 45 dias para receber o cartão”, explica.

Vale lembrar que o valor antecipado não pode ser sacado, transferido ou enviado por Pix ou para ser usado em apostas físicas ou eletrônicas.

As instituições financeiras que quiserem oferecer o cartão Meu INSS Vale+ devem enviar um ofício por e-mail para a Diretoria de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão ([email protected]) e informar que têm interesse em oferecer o cartão Meu INSS Vale+ aos beneficiários. A diretoria, então, dará início às tratativas.

Fonte: Metrópoles

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Reprodução

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), disse nesta 2ª feira (20.jan.2025) que o país não precisa do Brasil, mas que a relação com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “deve ser ótima”.

A declaração foi feita enquanto Trump assinava os primeiros decretos do governo no Salão Oval, na Casa Branca, após tomar posse. O republicano foi questionado sobre as relações com o Brasil e com a América Latina. Há a expectativa de que o governo Trump volte a taxar produtos brasileiros e cerceie as intenções do Brics de criar uma moeda própria para fazer comércio sem o dólar.

“Ótima, deve ser ótima. Eles precisam da gente mais do que nós deles. Nós não precisamos deles. Todos precisam da gente”, declarou o presidente dos EUA.

Trump também foi questionado sobre o papel do governo Lula nas tratativas para encerrar a guerra na Ucrânia. Lula buscou se consolidar como um mediador do conflito em 2023, mas passou a ser visto por Kiev como um ator pró-Rússia.

“Isso é bom. Estou pronto. [Mas] Como o Brasil se envolveu nisso? É novo para mim, não sei como o Brasil ficou envolvido”, disse a jornalistas.

RELAÇÃO COM LULA

Mais cedo, Lula disse em publicação nas redes sociais que deseja sucesso ao republicano. Afirmou que as relações entre ambos países são “marcadas por uma trajetória de cooperação, fundamentada no respeito mútuo e em uma amizade histórica”.

Em novembro do ano passado, no entanto, o petista disse que torcia por Kamala Harris (Partido Democrata), vice de Joe Biden e adversária de Trump. Na época, também afirmou que a vitória do republicano seria a volta de um “nazismo e fascismo com outra cara”.

Durante a reunião ministerial, Lula disse que quer eleger um governo, em 2026, que mantenha o Brasil em um processo democrático e defendeu que é preciso deixar essa vontade em “alto e bom som” para não “entregar” o país “de volta ao neofascismo, ao neonazismo e ao autoritarismo”. Deu as declarações depois de citar Trump.

Em 2024, o Brasil exportou US$ 40,3 bilhões em mercadorias aos Estados Unidos, segundo a Amcham Brasil (Câmara Americana de Comércio). Trata-se do maior valor já registrado. O país é o 2º maior parceiro comercial do Brasil, ficando atrás apenas da China.

Poder 360

PAX
Reprodução

O governo federal contratou uma inteligência artificial na tentativa de combater fraudes em benefícios sociais e de aposentadoria. A ferramenta foi desenvolvida por uma grande empresa norte-americana que atua no ramo, com custo de US$ 10,5 milhões.

O valor foi informado ao Poder360 durante uma entrevista exclusiva com o presidente do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), Alessandro Stefanutto, em 17 de janeiro. Ele não quis compartilhar o nome da companhia desenvolvedora do sistema, que está em estágio de testes de segurança.

“Queremos pôr nos processos de trabalho, quer pôr IA [Inteligência Artificial] para verificar no sistema a concessão de benefício fora do padrão para você bloquear. Tem um potencial muito grande, se for bem usada aqui no INSS”, declarou Stefanutto.

Uma inteligência artificial simula habilidades humanas a partir do aprendizado por sistemas computacionais. A ideia é que a tecnologia comprada pelo governo comece as operações ainda no 1º semestre de 2025, com a implementação em duas etapas.

O valor pago pelo contrato seria de aproximadamente R$ 63,4 milhões, ao considerar a cotação atual do dólar. O acordo determina o pagamento em 18 parcelas.

A responsável pela contratação foi a Dataprev. Empresa pública ligada ao Ministério da Gestão que analisa os dados do INSS.

“A Dataprev contratou, de novembro para dezembro, finalmente, a inteligência artificial que vai começar a ler os atestados e fazer batimento de comportamentos”, disse Stefanutto.

O Instituto Nacional do Seguro Social é responsável por operacionalizar uma série de benefícios. Não significa, entretanto, que são administrados pelo órgão.

Um exemplo é o BPC (Benefício de Prestação Continuada), pagamento de 1 salário mínimo por mês a idosos de 65 anos ou mais e a pessoas com deficiência com baixa renda. O Ministério do Desenvolvimento Social define o que as diretrizes e distribuição do auxílio. O INSS recebe as instruções e faz a operação de distribuição do dinheiro.

Um esquema similar é realizado com o seguro-defeso, auxílio pago a pescadores quando a atividade está suspensa para o período de reprodução dos peixes.

O BPC foi alvo de uma revisão de gastos. O Congresso Nacional aprovou parte das mudanças de regras para o benefício com a expectativa de economizar R$ 2 bilhões em 2 anos –valor considerado baixo para analistas financeiros.

Alessandro Stefanutto disse que iniciativas como a Inteligência Artificial devem influenciar o ajuste nas contas públicas: “Acabam ajudando a fazer as economias que se comprometem com o governo, daí que vão sair. Tem mais coisa, mas aí são coisas que eu não posso contar enquanto não implementar”.

Além da inteligência artificial, o INSS deslocou 150 funcionários públicos recém-chamados de concurso público para o MOB (Movimento Operacional de Benefício), responsável por combater fraudes e irregularidades.

Poder 360

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Imagem: Cris Faga/Dragonfly Pres

Golpes financeiros com o Pix vão gerar prejuízo anual de até R$ 11 bilhões (US$ 1,937 bilhão) para bancos e consumidores brasileiros nos próximos três anos. A projeção foi divulgada nesta terça-feira pela empresa de pagamentos em tempo real ACI Worldwide, em relatório produzido com a consultoria GlobalData.

O estudo aponta que as fraudes com o Pix devem crescer 39% em relação aos R$ 2,2 bilhões registrados em 2023, o maior avanço entre os seis países avaliados — Estados Unidos, Reino Unido, Índia, Austrália, Emirados Árabes Unidos e Brasil.

A avaliação considerou os mercados que têm os maiores volumes de transações com sistemas de pagamentos instantâneos, como o Pix. Entre as seis economias analisadas, os prejuízos causados por golpes nesse segmento devem superar US$ 7,6 bilhões (mais de R$ 44 bilhões) até 2028, com o Brasil respondendo por um quarto desse total.

Em comum, golpistas que se utilizam de pagamentos em tempo real costumam usar a tática de engenharia social, por meio de redes sociais, telefone ou aplicativos de mensageria. O intuito dos criminosos é aproveitar a confiança da vítima e fazer com elas transfiram dinheiro voluntariamente.

Os resultados finais da pesquisa foram obtidos a partir da combinação de dados internos da GlobalData, informações das fontes oficiais e análise global do mercado feita pela ACI Worldwide.

Senso de urgência é alerta

A pesquisa também apontou, a partir de entrevistas, as principais modalidades de fraude que afetam os consumidores de cada país. A mais prevalente entre os brasileiros envolve a venda de produtos (22%), em que a vítima paga por algo inexistente.

Golpes relacionados a investimentos, com promessas enganosas de retorno financeiro, correspondem a 21%, enquanto pagamentos antecipados, em que o valor é transferido para garantir um serviço ou produto fraudulento, respondem por 17%.

A criação, por parte dos criminosos, de um senso de urgência para as transferências é uma tática comum aplicada nos diferentes tipos de golpes, ressalta Cleber Martins, líder de Inteligência de Pagamentos e Soluções de Risco da ACI Worldwide:

— No caso da urgência, o criminoso trabalha para convencer a pessoa a desligar as próprias proteções. É o caso de uma promoção imperdível, por exemplo, em que o pagamento precisa ser feito nos próximos minutos via Pix.

A ACI Worldwide destaca que o Banco Central e bancos vêm adotando medidas para mitigar o dano de golpes do Pix, como limites de transferência e verificação de dispositivos. Além das perdas financeiras, um quarto das vítimas de golpes indica que abandonaria a conta bancária comprometida.

“Isso representa um risco significativo a longo prazo para a receita e a confiança dos clientes, algo que os bancos brasileiros precisam considerar em suas estratégias”, afirma o documento.

Nos próximos anos, a empresa projeta que fraudes que aliam engenharia social com uso de inteligência artificial vão tornar o ambiente mais desafiador. Cleber Martins, da ACI Worldwide, diz que, nesses casos, a lógica dos golpes é a mesma, mas o conteúdo é mais convincente. O foco é uma estratégia conhecida por gerar a chamada “herança de confiança”:

— É o caso do golpe em que o criminoso troca a foto no WhatsApp e pede dinheiro se passando por alguém conhecido, como pai ou o filho. Mas o que eles estão fazendo com a IA é tornar a abordagem mais convincente recriando voz, imagem e até fazendo chamada em vídeo das pessoas — explica Martins.

Apesar da IA aumentar o potencial de criminosos, a empresa aponta que a tecnologia também pode ajudar a mitigar perdas e prevenir golpes com Pix ao analisar dados de transações em tempo real, identificar comportamentos suspeitos e facilitar a colaboração entre instituições financeiras.

— O criminoso é o único que tem a visão completa do esquema. A próxima geração de IA vai permitir que os bancos aprendam juntos, em tempo real, quando os alertas de fraudes acontecem. A ideia é que os sinais possam ser trocados, sem que os dados dos clientes sejam compartilhados— afirma o executivo da ACI Worldwide.

O Globo

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