Foto: Arquivo TN

A gasolina comum em Natal apresenta uma variação de até R$ 1,15 por litro entre os postos da capital, conforme levantamento do Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor de Natal (Procon). Enquanto o maior preço registrado foi de R$ 6,69, o menor chegou a R$ 5,54. A pesquisa revela que a zona Sul concentra os valores mais altos, já a zona Leste oferece os mais baixos, impactando diretamente o orçamento dos motoristas.

Dos 15 postos com preços mais altos, nove estão na zona Sul, como os estabelecimentos localizados na avenida Rui Barbosa e avenida Prudente de Morais, que vendem a gasolina comum a R$ 6,69 por litro. Em contrapartida, dos 15 postos com preços mais baixos, oito estão na zona Leste, por exemplo, o da rua Apodi, comercializando o produto por R$ 5,54.

Considerando um carro popular que consome, em média, 67,1 litros de gasolina por mês e roda 33 km por dia, a economia que o motorista terá ao abastecer no posto de combustível mais barato é de R$ 77,16 por mês. Isso porque no local mais caro o custo mensal será de R$ 448,89, enquanto no estabelecimento mais barato, o valor será de R$ 371,73.

O presidente do Sindicato dos Postos do Rio Grande do Norte (SindiPostos-RN), Maxwell Flor, explicou que o preço mais alto na zona Sul pode estar ligado a fatores como o custo do IPTU, que é mais elevado na região Sul. “Os postos dessa área normalmente ocupam locais nobres, como esquinas bem localizadas e de grandes dimensões, o que encarece a operação e onera a composição dos preços. Porém, cada revendedor tem a liberdade de praticar o preço que achar necessário para remunerar o negócio”, afirmou Flor.

Em contrapartida, o economista Helder Cavalcanti apresentou outra visão, argumentando que a relação entre localização e preço final não é direta. “O que existe é uma espécie de acordo tácito entre os postos, que operam com preços médios baseados na leitura do mercado e nas condições oferecidas pelos fornecedores. Os tributos estaduais, por exemplo, são uniformes em toda Natal, não havendo diferenciação que justifique as disparidades regionais”, explicou.

Cavalcanti recomendou aos consumidores que utilizem aplicativos de monitoramento de preços e priorizem o abastecimento em postos localizados dentro da sua rota habitual, evitando deslocamentos longos apenas para economizar. “A pesquisa constante é a principal arma do consumidor, mas é importante buscar alternativas práticas que não gerem mais custos com deslocamento”, completou.

De acordo com o Procon Natal, a média do preço do produto na região mais cara (Sul) fica a R$ 6,35, e a com menor valor (Leste), é equivalente a R$ 6,00. A média geral é de R$6,13, ficando em terceiro lugar do combustível mais caro, atrás apenas da gasolina aditivada (R$6,19) e diesel S-10 (R$6,18).

Diante da alta no preço da gasolina, os consumidores podem buscar alternativas mais econômicas, como o etanol, para reduzir os gastos com combustível. Em Natal, o etanol pode ser encontrado com a média de R$ 4,42. Os postos com preço mais barato estão localizados nas zonas Norte e Oeste. Apesar de o consumo ser maior em relação à gasolina, a diferença de preço por litro em alguns postos tem tornado o etanol uma opção viável, especialmente para motoristas de veículos flex, que podem alternar entre os dois combustíveis.

No entanto, a escolha pelo etanol deve levar em conta a relação custo-benefício, calculada pelo percentual de preço em relação à gasolina. Para ser vantajoso, o etanol deve custar até 70% do valor da gasolina, que não é este caso. Já que ao dividir o valor do etanol pelo da gasolina, o valor teria que resultar abaixo de 0,7, no entanto, com esses valores atuais, o cálculo final é de 0,72.

Por isso, Helder Cavalcanti orienta que os motoristas façam os cálculos antes de abastecer, analisando qual combustível oferece mais economia a longo prazo. “Além disso, a prática de pesquisar preços em diferentes postos e abastecer em locais estratégicos pode ajudar a reduzir os impactos no orçamento mensal”, finaliza.

Tribuna do Norte

full-prefeitura-14-02-25--01-02
Educação do Estado e de 74 municípios poderia receber mais recursos federais, mas não atendeu a critérios de qualidade | Foto: Magnus Nascimento

O Rio Grande do Norte e 74 municípios não receberão recursos federais adicionais do indicador Valor Aluno Ano Resultado (VAAR) em 2025, conforme levantamento divulgado pela Federação dos Municípios do RN (Femurn). A exclusão, que também atinge as maiores cidades do estado, como Natal, Mossoró e Parnamirim, decorre do não cumprimento de condicionalidades vinculadas ao desempenho educacional. O VAAR é uma das três modalidades de complementação ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), instituído pela Emenda Constitucional nº 108/2020.
O Fundeb é composto por recursos de estados, municípios e da União. O fundo também é formado por diversas complementações da União para tentar equilibrar os investimentos entre os entes federados. Enquanto o Valor Anual Aluno Total (VAAT) garante um investimento mínimo de R$ 8.006 por aluno em 2025, considerando todas as receitas vinculadas à educação, o VAAR premia redes de ensino que atingem metas de melhoria no aprendizado e equidade educacional. Há também o VAAF, direcionado aos entes que não alcançam o valor mínimo.

No Rio Grande do Norte, 122 municípios receberão complementação via VAAT, mas apenas os que cumprem as cinco condicionalidades têm direito ao VAAR. A exclusão reforça a urgência de ações coordenadas para fortalecer a gestão da educação potiguar, diz a ex-secretária de educação do Estado, Cláudia Santa Rosa. “A gente tem 74 municípios verificando essa tabela da Femurn e o Estado, é bom não esquecer, que o ente Estado também está perdendo milhões, deixando de receber”, destaca a especialista.

Santa Rosa acrescenta que ao deixar de receber recursos por não cumprir requisitos, cidades e Estado deixam de investir na melhoria da infraestrutura das unidades e na formação de professores. “Quando a gente lamenta a todo instante que é preciso ter recursos para garantir a formação dos professores, equipamentos, prédios com as condições necessárias, climatização é por isso, porque poderíamos estar recebendo mais recursos para investimento nessa área”, pontua.

As condicionalidades para acessar os recursos do Valor Aluno Ano Resultado (VAAR) são critérios estabelecidos pela legislação do novo Fundeb para incentivar a melhoria da qualidade educacional e a redução de desigualdades. Entre os cinco pré-requisitos, destaca-se a exigência de provimento de gestores escolares por critérios técnicos de mérito e desempenho ou por meio de processos participativos envolvendo a comunidade escolar, desde que os candidatos sejam aprovados previamente em avaliação de competências.

Outra condicionalidade importante é a participação de pelo menos 80% dos estudantes nas avaliações nacionais, como o Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB). Além disso, os estados e municípios precisam comprovar esforços para a redução de desigualdades educacionais, socioeconômicas e raciais, com base nos resultados das avaliações nacionais. Outros critérios incluem a formalização de um regime de colaboração entre estados e municípios, que deve estar regulamentado em legislação estadual, e a adequação dos referenciais curriculares à Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Portanto, as condicionalidades exigidas pelo VAAR vão além do cumprimento básico de metas educacionais. Para Cláudia Santa Rosa, o cumprimento dessas condicionalidades deve ser prioridade nos próximos anos, começando por 2026. “É urgente investir em políticas que garantam a participação dos alunos nas avaliações, capacitem gestores escolares e promovam equidade educacional. Somente assim o estado poderá acessar os recursos adicionais e transformar a realidade da educação básica no RN”, comenta.

Além do Governo do Estado, o levantamento da Federação dos Municípios do RN (Femurn) destaca que importantes cidades potiguares, como Natal, Mossoró, Parnamirim, Areia Branca, Bom Jesus, Caiçara do Rio dos Ventos, Carnaúba dos Dantas, Goianinha, Grossos, Florânia, Lajes, Macau, Macaíba, Nísia Floresta, Parelhas, Pau dos Ferros, Santa Cruz, São Miguel do Gostoso, não receberão recursos do VAAR em 2025.

Receitas previstas do Fundeb

Para este ano, a projeção, segundo a Femurn, é de que o Estado tenha acesso a R$ 1,55 bilhão, sem direito às complementações. Natal contará com uma receita total de R$ 401,6 milhões, mas sem o adicional do VAAR. Mossoró, segunda maior cidade do RN, registrará R$ 146,7 milhões em receitas previstas, também sem acesso ao indicador. Parnamirim, com R$ 160,1 milhões em recursos totais, e Mossoró, com R$ 146,7 milhões, estão igualmente fora dos repasses do VAAR.

Por outro lado, São Gonçalo do Amarante, com R$ 7,2 milhões em complementação via VAAR, se destaca como o município que mais receberá valores. Cidades como Assú, Canguaretama, Touros, Ceará-Mirim, João Câmara, São José de Mipibu, Nova Cruz, Monte Alegre e Baraúna têm projeções que ultrapassam R$ 2 milhões para cada. Repasses que refletem o cumprimento das exigências, como participação em avaliações nacionais e redução de desigualdades, representando um importante reforço financeiro para as redes educacionais dessas localidades.

O município de Natal foi inabilitado para receber a complementação VAAR em 2025 devido ao não cumprimento de duas das cinco condicionalidades exigidas pelo programa. A Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que não alcançou a Condicionalidade II, referente à participação mínima de 80% no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), e a Condicionalidade III, que exige a redução das desigualdades de desempenho escolar entre grupos raciais e níveis socioeconômicos, conforme dados do Inep.

A ausência de informações étnico-raciais e socioeconômicas dos estudantes da rede municipal foi apontada como um dos fatores determinantes para o não cumprimento da Condicionalidade III. Segundo a SME, não há dados estatísticos organizados devido à não declaração dessas informações no momento da matrícula. Para enfrentar esse desafio, a secretaria anunciou que passará a exigir a inclusão dessas informações nos cadastros escolares e fará a atualização dos dados de estudantes já matriculados. Além disso, estão previstas ações pedagógicas, como oficinas e minicursos voltados à educação antirracista.

No caso da Condicionalidade II, a SME pretende intensificar campanhas de conscientização para garantir maior adesão ao Saeb. As ações incluem sensibilizar gestores e a comunidade escolar sobre a importância da avaliação, além de atualizar os registros no sistema em casos de transferência de estudantes. A pasta também planeja uma busca ativa para reintegrar alunos que estão fora da sala de aula, visando aumentar a participação na próxima edição do exame.

Tribuna do Norte

Eldorado
Evento reuniu produtores de queijo de todo o Estado | Foto: Magnus Nascimento

O Rio Grande do Norte tem se destacado em todo o País por causa da diversidade e qualidade do queijo produzido nas variadas regiões do Estado, com um volume que atinge cerca de R$ 32 milhões mensais, de acordo com o Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do RN (Sindleite-RN). Para celebrar o bom momento do setor e comemorar o Dia Mundial do Queijo, o Sebrae RN reuniu produtores nesta segunda-feira (20), para uma ação que envolveu degustação de produtos e demonstrações de como se prepara a iguaria.

Micarla Fernandes, da Fazenda Lima, em São Pedro, levou para a ação queijos maturados, que são o carro-chefe da produção. “Mas também trabalhamos com queijo coalho, ricota artesanal, manteiga da terra e temos um queijo autoral, desenvolvido com café jaçanã. É uma iguaria com café específico, tipicamente potiguar.”, conta Fernandes, que é membro do projeto Empreender, Leite e Derivados (Empreleite), núcleo que reúne pequenos produtores do RN.

Lucenildo Firmino, proprietário da Galego do Queijo, de Tenente Laurentino, levou para a sede do Sebrae, em Natal, uma demonstração de como se fabrica o queijo de manteiga. O sucesso foi tão grande que, no meio da manhã, todos os produtos haviam se esgotado. “O processo do queijo de manteiga é dividido em três etapas, duas delas bastante demoradas”, descreve Firmino.

O primeiro passo, segundo ele, é desnatar o leite para em seguida adicionar o soro do dia anterior para coagular, um processo que vai levar de seis a oito horas. Após esse período, toda a massa é escorrida para a retirada de líquido. O processo seguinte é pegar a nata retirada e levar ao fogo para fazer a fundição (quando a nata se transforma em manteiga), o que leva em torno de quatro horas.

Na última fase, o leite e a coalhada são colocados em um tacho para o cozimento. O leite se incorpora à massa, sendo necessário extraí-lo para, em seguida, acrescentar sal e manteiga. “Por fim, há todo um trabalho para envolver a manteiga na massa e a gente chegar ao produto tal qual o conhecemos”, diz Firmino.

Para ele, ações como as desenvolvidas pelo Sebrae nesta segunda servem para fomentar ainda mais o setor. “Isso é muito importante para nós produtores. Além disso, o Sebrae tem um trabalho forte de consultoria, que é fundamental”, pontua. “Essa iniciativa faz com que a cadeia produtiva de queijos do Rio Grande do Norte se fortaleça”, fala Micarla Costa, da Fazenda Lima.

Quem visitou o Sebrae na manhã de ontem, aproveitou para provar as iguarias e aprovar a iniciativa. “A gente na capital, muitas vezes não conhece o que está sendo produzido no interior, então, é uma ação muito interessante”, afirmou o servidor público Leonardo Cunha, de 41 anos.

Luís Felipe dos Santos, analista responsável pelo setor de Agronegócio do Sebrae-RN e que esteve à frente da iniciativa, destacou a alta qualidade da produção local e ressaltou o papel da instituição em ajudar a promover os pequenos negócios. “No Dia Mundial do Queijo a gente não poderia deixar esse momento passar batido, especialmente porque nós temos uma atuação muito forte com a cadeia queijeira. Há mais de 20 anos que a gente vem chegando junto desse pequeno produtor para ajudá-lo a se regularizar e a fabricar um bom produto”, pontuou.

Túlio Veras, presidente do Sindleite-RN), comentou sobre a contribuição de toda a cadeia que envolve o setor para a economia do Estado. “É um setor que gera emprego e renda, e movimenta desde o armazém da ração, à farmácia veterinária. Saímos de uma produção de 300 mil litros por dia para cerca de 450 mil em estabelecimentos inspecionados. Desse total, 350 mil litros são processados”, enumera Túlio Veras.

Diante do cenário atual, o objetivo, de acordo com o Sebrae, é proporcionar cada vez mais espaços para que a produção do Estado seja divulgada.

Tribuna do Norte

Lojão do Real
Foto: Shizuo Alves/MCom
Foto: Shizuo Alves/MCom

O programa Internet Brasil, do Ministério das Comunicações, atingiu em 2024 a marca de 159 mil chips distribuídos para estudantes de baixa renda do ensino básico do Brasil.

O objetivo é proporcionar conexão de internet a alunos integrantes de famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). 

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, fala sobre a importância da inclusão digital para reduzir desigualdades no Brasil.
“Entendemos que inclusão social tem que ter inclusão digital junto. Quando o presidente Lula fala que o grande desafio que temos é reduzir desigualdade, é buscar olhar para aqueles que mais precisam, é fazer com que o governo federal chegue justamente aonde precisa chegar, que é nesses brasileiros que são desassistidos.”

O Secretário Nacional de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Hermano Tercius, explica como o programa funciona e como beneficia os estudantes.

“A gente doa um chip de internet com franquia boa, de 20 GB por mês. Todo mês, essa franquia é renovada, para que esses alunos possam complementar o estudo da sala de aula em casa. Então, não é um chip para usar na escola. É para complementar o estudo em casa, o que aprendeu na sala de aula.”

O Internet Brasil é fruto de uma parceria com o Ministério da Educação.

As secretarias de educação devem realizar a adesão ao programa via Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle, do Ministério da Educação, e indicar escolas participantes. 

O programa “ganhou corpo” em 2024, quando foram entregues mais de 148 mil chips. Atualmente, estão sendo atendidos mais de 159 mil estudantes de 944 instituições de ensino, distribuídas em 287 municípios de oito estados brasileiros.

Fonte: Brasil 61

Lojão do Real
Foto: Gabriel Lyon/MDS
Foto: Gabriel Lyon/MDS

A CAIXA inicia nesta terça-feira (21) o pagamento do Bolsa Família referente ao mês de janeiro para os beneficiários com o Número de Identificação Social (NIS) terminado em 2. 

Os pagamentos são realizados preferencialmente na Poupança CAIXA ou conta CAIXA Tem. Com a conta CAIXA Tem, os beneficiários podem pagar contas e fazer transferências diretamente pelo aplicativo no celular.

O benefício também pode ser movimentado com o cartão de débito da conta em comércios, Unidades Lotéricas, Correspondentes CAIXA Aqui, terminais de autoatendimento e Agências da CAIXA. Além disso, é possível realizar saques sem cartão nos terminais de autoatendimento e Unidades Lotéricas, utilizando a identificação biométrica previamente cadastrada em uma agência da CAIXA.

No aplicativo Bolsa Família é possível acompanhar as informações do benefício, além de receber atualizações e novidades sobre o Programa.

Para baixar os aplicativos CAIXA Tem e Bolsa Família, basta acessar a loja de aplicativos do seu smartphone. 

Fonte: Brasil 61

Lojão do Real
Foto: Reprodução Lula Marques/Agência Brasil

Alvo de polêmicas e críticas de governadores, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Segurança Pública chegou a 2025 com uma nova roupagem, que segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, põe fim ao ponto central da discussão: a perda da autonomia dos estados. Segundo Lewandowski, “dúvidas foram completamente sanadas” após a nova redação que foi possível depois de cinco reuniões entre governo e estados. 

O que muda no texto

Entre as alterações previstas pela PEC está a mudança de artigos que tratam das competências da União, sejam elas privativas ou em comum com os estados, municípios e com o Distrito Federal. Além de alterar o Artigo 144, sobre os órgãos que cuidam da segurança pública em todo o país.

Um parágrafo único criado no Artigo 21 esclarece as novas atribuições concedidas à União em relação à segurança pública e define que elas “não excluem as competências comum e concorrente dos demais entes federados”, “nem restringem a subordinação das polícias militares, civis e penais e a dos corpos de bombeiros militares aos Governadores dos Estados e do Distrito Federal”.     

Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) e Fundo Penitenciário Nacional (Funpen)

O novo texto prevê que, com a proposta, o Sistema Único de Segurança Pública (Susp), criado por lei ordinária, passe a ter status constitucional, assim como a previsão do Fundo Nacional de Segurança Pública e do Fundo Penitenciário, que atualmente estão estabelecidos em leis próprias. 

Fundos que só poderão ser acessados pelos Estados, propõe o texto, caso as novas regras da PEC sejam seguidas. O que para o cientista político Eduardo Grin, é uma construção que o governo federal vem fazendo no sentido de tentar aumentar a coordenação federativa na segurança, nos moldes de como é feito hoje com o Sistema Único de Saúde (SUS). 

“O governo hoje está dizendo para os governadores: querem dinheiro do Fundo de segurança? Vai ter que aderir às regras que estamos hoje definido. Esse tipo de questão começa a gerar uma condução e uma coordenação maior da esfera federal sobre a área de segurança pública.” 

Para Grin, o diálogo feito pelo ministro Lewandowski e a edição do texto mostram prudência e se fazem necessários para começar a produzir uma coordenação maior nessa área.

Críticas ao novo texto

Uma das vozes mais fortes contra a PEC e outras medidas na área da segurança é a do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil). Depois da apresentação das mudanças, o chefe do executivo goiano alegou, em entrevista à CNN, mais uma vez que o texto é inconstitucional e não “tem chance” de ser aprovado pelos deputados e senadores.

Durante a entrevista à emissora, Caiado disse que irá trabalhar fortemente no Congresso Nacional, já que tem experiência no legislativo. 

“Ele [governo federal] vai precisar de 308 votos na Câmara e 49 votos no Senado Federal, tá certo? Eles não têm esse voto para poder tirar as prerrogativas dos estados”, disse Caiado à emissora de TV.

Para o presidente da Associação dos Militares Estaduais do Brasil (AMEBRASIL) e coronel da reserva da PM de São Paulo, Elias Miler da Silva, faltou diálogo na elaboração da PEC, o que deve dificultar a passagem dela pelo Congresso. 

“Uma falha democrática antes de apresentar essa proposta, tinha que chamar as entidades nacionais, das várias instituições que vão operar essa proposta, para que elas pudessem debater e apresentar propostas, para não ficar gerando desgastes políticos desnecessários.” 

Também contrário à PEC, o governador Romeu Zema (Novo-MG) já havia falado sobre a proposta antes mesmo das mudanças serem apresentadas. Também à CNN, o governador de Minas defendeu que a Proposta detalhe medidas básicas de segurança antes de implementar soluções mais complexas e acredita que as novas medidas terão impacto limitado na redução da criminalidade.

“Não adianta ter o sistema integrado. É muito bom o sistema integrado, mas o bandido vai continuar solto”, disse Zema à CNN.

PEC da segurança: Após críticas de governadores, Planalto garante que autonomia dos estados se mantém

Portarias sobre uso das forças policiais 

Além das mudanças na PEC, o Ministro da Justiça também assinou, na última sexta-feira (17), três portarias (855/2025, 856/2025 e 857/2025) que regulamentam as regras para o uso da força por policiais de todo o país, previstas no decreto do presidente Lula de 24 de dezembro de 2024. 

O governador Caiado usou as redes sociais para criticar as medidas e levantou três pontos principais: a criação de um comitê para discutir com vários membros como ser feito o combate da criminalidade no país; a preferência pelo uso de armas não letais nos confrontos; e a avaliação do uso de algemas.

Segundo o governador de Goiás, as portarias teriam sido baseadas em decretos internacionais. “Com portarias como essas, a conivência e a leniência do governo com a criminalidade, fica mais do que clara. Nós precisamos de medidas enérgicas capazes de fazer valer a presença do Estado e não a submissão do Estado aos faccionados e ao crime do Brasil como hoje é uma realidade, exceção ao meu estado de Goiás.” 

 Fonte: Brasil 61

PAX
Dólar

No dia da posse do presidente norte-americano, Donald Trump, o dólar fechou em queda após abrir em alta. A bolsa de valores iniciou o dia em baixa, mas subiu e aproximou-se dos 123 mil pontos.

O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (20) vendido a R$ 6,041, com queda de R$ 0,024 (-0,4%). A cotação iniciou o dia em alta, chegando a R$ 6,09 pouco antes das 10h, mas inverteu o movimento após a abertura do mercado norte-americano.

Essa foi a primeira queda após duas altas consecutivas. Em janeiro, a moeda dos Estados Unidos cai 2,25%.

O mercado de ações teve um dia de oscilações. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 122.855 pontos, com alta de 0,41%. O indicador subiu pela segunda sessão seguida, impulsionado por ações de petroleiras e de bancos.

O dólar recuou em todo o planeta, sem surpresas no discurso de posse de Trump. A falta de detalhamento nas menções de elevação de tarifas comerciais por parte do novo governo norte-americano beneficiou os países emergentes nesta segunda-feira.

No Brasil, a venda de US$ 2 bilhões das reservas internacionais pelo Banco Central (BC) com compromisso de recompra também contribuiu para a queda da moeda norte-americana. Essa foi a primeira intervenção do BC no câmbio desde a posse do presidente do órgão, Gabriel Galípolo.

Para esta terça-feira (21), o BC não anunciou intervenção no câmbio. Em dezembro, a autoridade monetária tinha vendido US$ 32,59 bilhões, em meio a uma forte desvalorização do real.

*Com informações da Reuters

Campo Forte
Independência (CE), 20/01/2025 - Sistema de Defesa Civil funcionando no resgate de dasabrigados no transbordamento do Açude Jucá. Foto: Defesa Civil CE/Divulgação
© Defesa Civil CE/Divulgação

O período de chuvas na Região Nordeste mal começou, e algumas cidades do Ceará já enfrentam as consequências de temporais intensos. Se até outubro de 2024, os moradores de quase 70% do estado ainda lidavam com os efeitos da seca, na semana passada, a chuva já atingia quase 150 dos 184 municípios cearenses – em algumas localidades, com força atípica.

Entre terça-feira e quarta-feira da semana passada, Pacujá, no noroeste do estado, foi atingida pelo maior volume de chuvas (230 milímetros – mm) já registrado por órgãos oficiais, superando a marca anterior (147,4 mm), de dezembro de 1985. Já em Independência, no sertão cearense, a força das primeiras chuvas foi suficiente para romper parte da Rodovia CE-176, que corta a cidade, atingida por um novo temporal nesse domingo (19).

Segundo o diretor da Defesa Civil de Independência, Lúcio Ernandes Rodrigues Araújo, ontem, em apenas meia hora, choveu o equivalente a 153 mm. Um volume intenso que derrubou duas casas de taipa – desalojando oito pessoas, que buscaram abrigo temporário nas casas de parentes e amigos, – e deixou nove construções em observação.

Embora não tenha causado grandes prejuízos na zona urbana da cidade, a chuva do último domingo provocou alagamentos, deixando comunidades rurais de Independência isoladas. Bombeiros e policiais militares resgataram ao menos cinco pessoas depois que o sangradouro de um açude particular se rompeu em função do volume d´água que se acumulou nos últimos dias. Devido à dificuldade de acesso, um helicóptero da Polícia Militar precisou ser usado no socorro às vítimas.

Independência (CE), 20/01/2025 - Sistema de Defesa Civil funcionando no resgate de dasabrigados no transbordamento do Açude Jucá. Foto: Defesa Civil CE/Divulgação
Resgate de desabrigados após transbordamento de açude no município de Independência – Defesa Civil CE/Divulgação

“Esta frente fria está sendo uma novidade. Ninguém esperava por isso”, afirmou o diretor da Defesa Civil municipal à Agência Brasil. Já o secretário municipal de Infraestrutura, Bruno Vieira, destacou que a chuva de ontem agravou a situação das regiões atingidas anteriormente. “Ainda estamos fazendo o levantamento de toda a situação e nos organizando para agirmos. Os servidores estão em campo, aguardando o nível da água baixar para conseguirem chegar às áreas afetadas.”

De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Chuvas Artificiais (Funceme), entre as 7h de ontem e as 7h de hoje, choveu em todas as macrorregiões do estado. “O cenário favorável às precipitações vem sendo reforçado diariamente”, informou o órgão estadual, apontando que, nesse período, o maior volume de precipitação pluviométrica, 129 mm, foi registrado em Santa Quitéria, no noroeste do estado.

Agência Brasil

PAX
WASHINGTON, DC - JANUARY 20: U.S. President Donald Trump speaks during inauguration ceremonies in the Rotunda of the U.S. Capitol on January 20, 2025 in Washington, DC. Donald Trump takes office for his second term as the 47th president of the United States.     Posse de Donald Trump.
Chip Somodevilla/Pool via REUTER/Proibida reprodução
© Chip Somodevilla/Pool via REUTER/Proibida reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva emitiu nota oficial para cumprimentar o presidente dos Estados Unidos, que tomou posse no cargo nesta segunda-feira (20), em Washington, para um mandato de 4 anos. Donald Trump retorna à presidência norte-americana 4 anos após ocupar o cargo pela primeira vez, entre 2017 e 2020.

“Em nome do governo brasileiro, cumprimento o presidente Donald Trump pela sua posse. As relações entre o Brasil e os EUA são marcadas por uma trajetória de cooperação, fundamentada no respeito mútuo e em uma amizade histórica”, afirmou Lula. O presidente brasileiro ainda destacou as “fortes” relações bilaterais, em diferentes áreas, ofereceu a continuidade das parcerias e desejou êxito a Trump.

“Nossos países nutrem fortes laços em diversas áreas, como o comércio, a ciência, a educação e a cultura. Estou certo de que podemos seguir avançando nessas e outras parcerias. Desejo ao presidente Trump um mandato exitoso, que contribua para a prosperidade e o bem-estar do povo dos Estados Unidos e um mundo mais justo e pacífico”, acrescentou.

Mais cedo, ao abrir uma reunião ministerial em Brasília, Lula já havia citado a posse de Trump, dizendo da expectativa de manter boas relações com a administração Trump.

“Tem gente que fala que a eleição do Trump pode causar problemas para a democracia mundial. O Trump foi eleito para governar os Estados Unidos. Eu, como presidente do Brasil, torço para que ele faça uma gestão profícua, para que o povo brasileiro e o americano melhorem, e para que os americanos continuem a ser o parceiro histórico que é do Brasil”, disse.

Agência Brasil

Campo Forte

Uma tragédia marcou a tarde desta segunda-feira (20) na zona rural de Acari. Andreza Dantas, perdeu a vida ao sofrer uma descarga elétrica enquanto trabalhava no roçado. Segundo informações preliminares, ela utilizava um facão em sua lida diária e, sem perceber, cortou um fio com corrente elétrica, sofrendo o choque fatal.

O resgate local foi acionado, mas, ao chegar ao local, Andreza já estava sem vida. Ela deixa um esposo e um filho, comovendo a comunidade que lamenta profundamente a perda. O caso traz alerta para os riscos de acidentes envolvendo eletricidade em áreas rurais.

Ismael Medeiros

Campo Forte