Em comemoração ao Dia Mundial da Saúde, celebrado nesta segunda-feira (7), Currais Novos lançou oficialmente o projeto ‘#CurraisViva’, com o objetivo de promover mais saúde, movimento e qualidade de vida para os currais-novenses. O evento aconteceu na Praça Cristo Rei e contou com a presença da vice-prefeita, advogada Milena Galvão, e da secretária municipal de Saúde, Alana Mores.

O projeto visa incentivar a prática de atividades físicas, hábitos saudáveis e fortalecer os laços da comunidade com a promoção da saúde. A programação inclui aulas coletivas, caminhadas, acompanhamento de profissionais de saúde e desafios interativos. Tudo isso com apoio das Unidades Básicas de Saúde.

Milena Galvão destacou a importância do projeto, afirmando que o ‘#CurraisViva’ é um movimento coletivo para o cuidado com o corpo e a mente, e um chamado à ação para uma cidade mais ativa e participativa. A vice-prefeita também agradeceu a todos os profissionais envolvidos.

“O #CurraisViva representa o início de um novo ciclo, com foco na prevenção e no bem-estar de toda a população. A ação é uma inspiração para que todos nós possamos viver e praticar saúde diariamente”, explicou Milena Galvão.

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Brasília (DF), 05/12/2024 - O ministro Alexandre de Moraes durante sessão do STF. Foto: Bruno Peres/Agência Brasil
© Bruno Peres/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta segunda-feira (7) que todos os presos têm direito à assistência religiosa e podem solicitar o benefício, que é previsto na Constituição e na Lei de Execuções Penais (LEP).

A declaração do ministro foi motivada por um requerimento feito ao STF pelo deputado federal Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ), líder do partido na Câmara, para que os réus pelos atos golpistas de 8 de janeiro possam receber assistência religiosa.

Na decisão, Moraes julgou o pedido coletivo prejudicado, por entender que o benefício já é garantido e deve ser feito diretamente pelos réus.

“Todos os presos, sejam provisórios ou definitivos, têm direito à assistência religiosa, nos termos do que dispõe o preceito constitucional, bastando que solicitem, caso queiram encontrar-se com representantes de sua crença religiosa, estando, portanto, prejudicado o pedido formulado”, decidiu o ministro.

O pedido do parlamentar, que tem ligação com o pastor Silas Malafaia, foi feito na semana passada no processo que envolve a cabelereira Débora Rodrigues dos Santos, mulher acusada de participar dos atos e de pichar a frase “Perdeu, mané” na estátua da Justiça.

No dia 28 de março, Moraes autorizou Débora Rodrigues a deixar o presídio e passar a cumprir prisão domiciliar. Ela deverá cumprir medidas cautelares, como usar tornozeleira eletrônica. Além disso, não poderá usar redes sociais nem ter contato com outros investigados. Débora ficou presa preventivamente por dois anos. 

Agência BRASIL

Lojão do Real
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Os vereadores da Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final da Câmara Municipal de Natal aprovou nesta segunda-feira (7) o projeto de lei de autoria do vereador Subtenente Eliabe Marques (PL), que concede o Título de Cidadão Natalense ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro. A vereadora Brisa Bracchi (PT) foi a única a votar contra a proposta, enquanto os vereadores Fúlvio Saulo (SDD), relator da matéria; Tony Henrique (PL), Preto Aquino (PODE) e Camila Araújo (União), subscreveram como co-autores.

“Na história da Presidência, foi o presidente que mais visitou a nossa cidade. Os recursos enviados a Natal superaram as gestões anteriores e um olhar para a segurança com mais de R$ 200 milhões para aparelhar as forças de segurança. Essa concessão é justa, razoável e merecida”, disse Eliabe, relembrando que Bolsonaro já foi agraciado com o título de cidadão norte-rio-grandense pela Assembleia Legislativa do estado.

O vereador Preto Aquino também defendeu o título para o ex-presidente. “É justa a homenagem. No bairro Planalto, as poucas ruas calçadas foram feitas no governo de Bolsonaro através de senador Rogério Marinho e do presidente do senado Davi Alcolumbre. Foram 18 ruas e travessas, diferente dos outros governos que se dizem ‘governo dos pobres’”, destacou.

Além dele, os outros vereadores que subscreveram o projeto também elogiaram o ex-presente e a iniciativa de torná-lo cidadão natalense. “Subscrevemos e seguimos nas ruas, torcendo para que em 2026 ele retorne ao comando dessa nação que está aos frangalhos. É histórico o número de obras e recursos destinados na gestão Bolsonaro para Natal e para o estado”, afirmou Camila Araújo.

Tribuna do Norte

Eldorado
Foto: Zack Stencil/MCom
Foto: Zack Stencil/MCom

Nove em cada 10 brasileiros possuem acesso à telefonia móvel, de acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O número reforça os avanços do Ministério das Comunicações na ampliação do acesso e na melhoria dos serviços de telefonia em todo o país.

Entre esses avanços promovidos, está a expansão da internet banda larga de qualidade, que tem incluído digitalmente milhões de brasileiros.

O secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Hermano Tercius, celebra o avanço conquistado pela Pasta e destaca o trabalho diário do Ministério para ampliar o acesso para mais regiões do país.

“É algo que a gente tem que comemorar, mas sabendo também que temos um grande desafio para frente. Esses 7% aí dos domicílios, das pessoas também, são um trabalho nosso do dia a dia. Nós trabalhamos todo dia para ampliar para todas as pessoas do país, para não deixar ninguém para trás. Então, ainda temos esse desafio do 7%. Agora, o principal desafio é evoluir nos outros indicadores da conectividade significativa, que é levar o letramento digital, que é garantir também a qualidade dessa conectividade em todas as regiões, também propiciar uma conectividade com dispositivos adequados para a população e também uma conectividade com segurança”, afirma.

Ainda de acordo com o levantamento, a maioria da população com acesso à telefonia móvel reside em capitais e regiões metropolitanas. Os dados indicam também que mais de 4,3 mil municípios brasileiros já possuem infraestrutura de fibra óptica — o que significa mais velocidade, estabilidade e eficiência energética para essas localidades.

Outro número importante para o setor é a chegada da tecnologia 5G a 1,3 mil municípios brasileiros. O avanço faz parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que prevê a implantação do 5G nos 5,5 mil municípios do país. O Novo PAC também inclui a expansão da tecnologia 4G para 6,8 mil distritos, vilas e áreas rurais.

Fonte: Brasil 61

PAX
Crédito da(s) Foto(s): João Gilberto

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte participará, no período de 9 a 11 de abril, no Centro de Convenções de Natal, do 3º Congresso Conecta Municípios Potiguares (Comup), promovido pela Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn).

No evento, considerado o maior encontro municipal do estado, com expectativa de reunir mais de três mil participantes, incluindo prefeitos, vereadores, secretários, lideranças políticas, empresários, assessores, servidores municipais, universitários e representantes de órgãos estaduais e federais, a Assembleia se fará presente com um estande onde serão disponibilizadas várias de suas ações.

“Estaremos demonstrando as ações como Assembleia e Você, Saúde, da Saúde, da Procuradoria da Mulher e do Memorial”, explicou Dulcinéia Brandão, diretora da Presidência da casa legislativa. As ações serão apresentadas pela Procuradoria Especial da Mulher; Escola da Assembleia, Diretoria de Políticas Complementares, Coordenadoria de Saúde, Memorial do Legislativo Potiguar e Diretoria de Gestão Tecnológica e Inovação.

Na quarta-feira (9), dia de abertura do evento, no Painel da Assembleia, intitulado “A Assembleia e o Município: parceria necessária”, duas palestras estão programadas, uma do professor José Bezerra Marinho, diretor da Escola do legislativo, e a outra de Mário Sérgio Gurgel, diretor de Gestão Tecnológica e Inovação. O estande do legislativo permanecerá nos 3 dias do evento, segundo Dulcinéia Brandão.
“Esta edição será um marco para a modernização das administrações municipais, promovendo a transparência, a eficiência e uma maior integração entre os municípios e as instâncias governamentais”, destaca Babá Pereira, presidente da Federação.

Mais detalhes sobre o evento podem ser consultados no site ( www.comup.org )

Eldorado
São Paulo (SP) 03/04/2024 - Centro Cultural FIESP abre a exposição Maracatu Rural - A Magia dos Canaviais, que traz à capital paulista a produção artística de trabalhadores da Zona da Mata de Pernambuco.  - São Paulo (SP) 03/04/2024 - Centro Cultural FIESP abre a exposição Maracatu Rural - A Magia dos Canaviais, que traz à capital paulista a produção artística de trabalhadores da Zona da Mata de Pernambuco.  - Jose Luis da Silva com a indumentaria do  Maracatu Rural..   Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil.   Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
© Paulo Pinto/Agência Brasil

O envio do dossiê do governo federal com o pedido de reconhecimento do Maracatu Nação, também conhecido como baque virado, como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade gerou expectativa nos grupos da manifestação, localizados em sua maioria em Pernambuco. Para alguns, o tombamento vai auxiliar na difusão e manutenção dos grupos. Mas há quem veja a possibilidade de maior reconhecimento com ressalvas.

Na última segunda-feira (31) os Ministérios da Cultura e das Relações Exteriores entregaram à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) a documentação exigida para o reconhecimento, que será avaliado por um comitê intergovernamental que trata da Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial do órgão. A decisão será conhecida até o final do próximo ano.

O coordenador de comunicação da Associação de Maracatus de Olinda (AMO), mestre Nilo Oliveira, considera que a declaração de patrimônio cultural imaterial seria muito bem-vinda, somando-se ao reconhecimento como patrimônio cultural imaterial do Brasil, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 2014.

A AMO reúne mais de 30 grupos de Maracatu Nação. Segundo Oliveira, o trabalho de mapeamento percorreu um longo caminho, desde 2021, contando com a participação de mestres de maracatus ligados à AMO e à Associação dos Maracatus Nação de Pernambuco (Amanpe), além do Iphan e da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe).

“Para a gente, foi muito importante. A gente vem acompanhando todo o processo desde o começo, junto com o pessoal da AMO. Foi um trabalho prolongado, minucioso, já que são vários grupos que a gente teve que pesquisar, teve que trabalhar, conversar, e cada um com as suas características particulares, mas no final foi super gratificante”, disse o mestre à Agência Brasil.

Tradição e ancestralidade

O Maracatu Nação é uma das mais antigas manifestações culturais de Pernambuco e reflete a ancestralidade dos povos africanos diaspóricos. Originária do povo negro, da cultura de terreiro, a manifestação artística da cultura popular e carnavalesca ocorre principalmente na Região Metropolitana do Recife (PE), incluindo Municípios como Olinda, Igarassu e Jaboatão dos Guararapes.

Com origem que remonta ao período colonial, entre os séculos 17 e 18, o Maracatu Nação é formado por cortejos majestosos, nos quais integrantes desfilam com trajes ricamente adornados com pedrarias e bordados, que remetem às coroações reais, acompanhados de um conjunto musical percussivo.

Esses cortejos podem fazer referências às antigas coroações de reis e rainhas do antigo Congo africano. Eles são formados por personagens como os batuqueiros, o caboclo aneaúm, o porta-estandarte, as damas de paço com as calungas, as damas de frente, os lanceiros, as baianas ricas, as baianas de cordão, os orixás e/ou entidades da Jurema, os escravos de balé, a corte mirim, os casais nobres, príncipes e princesas, o porta-pálio, os pajens, os soldados romanos, as vassalas, o rei e a rainha.

Cada um desses personagens possui uma forma de se expressar no desfile. Entre os principais, estão o rei e a rainha da nação de maracatu, que são os personagens centrais na composição hierárquica do cortejo; as calungas, bonecas negras confeccionadas com madeira ou pano, consideradas ícone do fundamento religioso e marco identitário dos maracatus nação; a dama do paço, personagem feminina responsável por conduzir a calunga durante o cortejo.

Brasília (DF), 06/04/2025 - Maracatu Nação Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Mestre Nilo. Foto: Mestre Nilo/Arquivo Pessoal
Mestre Nilo está à frente do Maracatu Nação Maracambuco Mestre Nilo/Arquivo Pessoal

Mestre do Maracatu Nação Maracambuco, Nilo destaca que a calunga tem uma mística que representa os espíritos antepassados. No caso do grupo, fundado em 1993, a calunga se chama Isabel Arruda de Oliveira.

“A regente de Maracambuco é Iemanjá, a Calunga, a Isabel…. e a gente é do bairro de Peixinhos [em Olinda]”, disse Mestre Nilo enquanto cantarolava um trecho de uma música do Maracambuco “Oh Isabel! Tu és a Calunga mais bela do Céu, Isabel. Oh, Isabel! Tu és a Calunga mais bela do Céu. Ela é do Maracambuco, ela é minha rainha, ela é a herdeira És a Boneca de Olinda que tem o Arruda e o Oliveira.

Atualmente, além de existir em outros estados do Brasil, o Maracatu Nação também ganhou outros países, com registros da expressão no Canadá, Estados Unidos, França, Alemanha, entre outros. O mestre do Maracatu Nação Tigre Fabiano Pedro da Silva também ficou animado com o envio do dossiê.

“Foi uma conquista. Uma conquista dessa é muito importante para valorizar a expressão do maracatu”, resimiu o mestre à Agência Brasil.

Brasília (DF), 06/04/2025 - Maracatu Nação Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Mestre Fabiano. Foto: Mestre Fabiano/Arquivo Pessoal
Mestre Fabiano lidera o Maracatu Nação Tigre Mestre Fabiano/Arquivo Pessoal

Fundado em janeiro de 1975 pelo seus avós, Melquiades de Sena Reis e dona Lourdes, o Nação Tigre ficou inicialmente localizado no bairro de Campo Grande. Mudou, em 1975, para Peixinhos, onde até hoje esta localizado até hoje. Em 2010, o comando da manifestação foi assumido por mestre Fabiano.

“É muito importante para todos os maracatus, principalmente para o estado de Pernambuco, que agora tem maracatus espalhados no Brasil e no mundo”, continuou.

Reconhecimento

Para entrar na Lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade da Unesco, a candidatura deve seguir alguns critérios, como o bem cultural ser registrado como patrimônio imaterial pelo Iphan; ter um plano de salvaguarda elaborado; e garantir o envolvimento dos detentores do bem cultural no processo. 

Foi justamente por perceber que as ações previstas no plano de salvaguarda não estão sendo totalmente executadas que outro mestre de Maracatu Nação, Danillo Mendes, vê com ressalvas a possibilidade de a manifestação se tornar bem cultural imaterial da humanidade.

À frente do Maracatu Enconto do Dendê, fundado em setembro de 1998, no bairro da Macaxeira, por Edmilson Lima do Nascimento, também conhecido como Tio Missinho, hoje, Danillo divide as funções de comando, com o sobrinho de Tio Missinho, Adilio Santos. Uma das ações previstas no plano é a de promover autonomia financeira e geração de renda para as nações de maracatu.

“Esse plano de salvaguarda já vem rolando, virou algo nacional e não teve nenhuma coisa que chegou até a gente, sobre verba, sobre reconhecimento”, afirmou o mestre.

Com uma perspectiva mais crítica, o mestre contou à Agência Brasil que o tombamento como patrimônio cultural imaterial do Brasil, não foi suficiente para gerar ações de salvaguarda dos maracatus, especialmente no que diz respeito à sobrevivência dos grupos, que enfrentam dificuldades para cobrir os custos para colocar a brincadeira na rua.

“Eu acredito que seja, vamos dizer assim, algo muito vazio, sabe? Porque isso não garante nada, nenhum incentivo para gente que possam fomentar ajuda às nações e a se manterem”, observou.

O mestre disse que as apresentações são poucas e que, mesmo com os valores recebidos, os gastos não são cobertos. “É um valor que não bate com os gastos, com os custos, principalmente para quem pensa em fazer maracatu de uma forma séria e bonita, de se fazer querer entrar cada vez mais bonito na avenida no Carnaval”, continuou.

Brasília (DF), 06/04/2025 - Maracatu Nação Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Mestre Danilo. Foto: Mestre Danilo/Arquivo Pessoal
Mestre Danilo à frente do Maracatu Enconto do Dendê. Mestre Danilo/Arquivo Pessoal

Danilo também citou como exemplo o espaço destinado à evolução dos maracatus no concurso de desfile de Carnaval, que não proporciona qualidade e bem estar, tanto para os integrantes das nações quanto para o público.

“A gente participa de um concurso de agremiação, que fomenta muito a discussão e rivalidade entre os grupos, mas a gente não tem nenhum incentivo, não tem uma passarela digna, limpa, espaçosa, com policiamento, com uma equipe de saúde, tem pouca iluminação”, lamentou.

“Enfim, é tudo muito vazio sobre isso. Beleza colocar como patrimônio da Unesco, mas nada que vá melhorar na vida. Eu faço parte de maracatu há 25 anos, e muito que o maracatu evoluiu é porque as nações quiseram evoluir elas por elas mesmas. Enfim, a gente fica fazendo nosso trabalho, buscando nosso espaço, querendo que isso traga alguma coisa pra gente, mas sabendo que a gente depende da gente mesmo”, finalizou.

Atualmente, existem sete bens culturais do Brasil inscritos na Lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade: o samba de roda do Recôncavo Baiano; as expressões orais e gráficas dos Wajapis; o frevo; o Círio de Nazaré; a roda de capoeira; o Complexo Cultural do Bumba Meu Boi do Maranhão e o modo de preparar o queijo minas artesanal.

Agência Brasil

Potiguar
 Dia D de vacinação contra a gripe no Leme, na zona sul do Rio de Janeiro.
© Tomaz Silva/Agência Brasil

Começa nesta segunda-feira (7) a campanha nacional de vacinação contra a influenza. A meta é imunizar 90% dos chamados grupos prioritários, que incluem crianças de 6 meses a menores de 6 anos, idosos e gestantes. Também podem receber a dose:

– trabalhadores da saúde;

– puérperas;

– professores dos ensinos básico e superior;

– povos indígenas;

– pessoas em situação de rua;

– profissionais das forças de segurança e de salvamento;

– profissionais das Forças Armadas;

– pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);

– pessoas com deficiência permanente;

– caminhoneiros;

– trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);

– trabalhadores portuários

– funcionários do sistema de privação de liberdade;

– e população privada de liberdade, incluindo adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (com idade entre 12 e 21 anos).

Proteção

De acordo com o Ministério da Saúde, o imunizante distribuído na rede pública protege contra um total de três vírus do tipo influenza e garante uma redução do risco de casos graves e óbitos provocados pela doença.

Em 2025, a dose contém as seguintes cepas: H1N1, H3N2 e B. A administração, de acordo com o ministério, pode ser feita junto com outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação.

Doses

Para a vacinação deste ano, a pasta adquiriu um total de 73, 6 milhões de doses. No primeiro semestre, 67,6 milhões de doses devem ser distribuídas para as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. No segundo semestre, 5,9 milhões serão enviadas para o Norte.

Inverno amazônico

A campanha, este ano, será realizada em dois momentos:

– primeiro semestre (março/abril): nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul

– segundo semestre (setembro): na Região Norte, alinhando-se ao período de maior circulação viral na região, o chamado inverno amazônico.

Eficácia e segurança

Ainda de acordo com a pasta, a vacina contra a gripe é capaz de evitar entre 60% e 70% dos casos graves e dos óbitos relacionados à doença.

O imunizante é contraindicado para crianças menores de 6 meses e pessoas com histórico de anafilaxia (reação alérgica) grave após doses anteriores.

Cobertura

Em 2024, a cobertura vacinal contra a gripe entre os públicos prioritários foi de 48,89% na Região Norte e 55,19% nas demais regiões.

“O Ministério da Saúde reforça a importância da vacinação e conta com a participação de toda a população. Vacinar-se é um ato de cuidado próprio e coletivo. As vacinas são seguras, eficazes e gratuitas.”

Agência Brasil

ALRN-04-04
Brasília (DF), 06/04/2025 - Barracas montadas no Acampamento Terra Livre - ATL, no espaço Funarte. Foto: Bruno Peres/Agência Brasil
© Bruno Peres/Agência Brasil

A 21ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL) recebe, neste domingo (6), em Brasília, milhares de indígenas de todas as regiões do país em defesa da demarcação dos seus territórios. São esperadas cerca de 10 mil indígenas com previsão de atos e programações entre 7 e 11 de abril.

No acampamento, em meio ao comércio do artesanato indígena, o português se mistura com outras das 274 línguas indígenas do Brasil, na maior mobilização anual dos povos originários brasileiros.

A indígena Andrea Nukini, de 44 anos, levou quatro dias e quatro noites viajando de ônibus da aldeia do povo Nukini, no município de Mancio Lima (AC), até Brasília. Segundo ela, a falta de demarcação obriga os povos a se manterem mobilizados.

“A nossa luta nunca acaba, porque a gente nunca tem o território totalmente nosso e demarcado. Era para todos nós, povos indígenas, termos nossos territórios demarcados, como manda a Constituição há mais de 35 anos. Mas isso não acontece”, destacou a indígena Nukini.

Marco Temporal.
Entre as prioridades do movimento neste ano, como nas edições anteriores, está a luta contra o Marco Temporal, tese que diz que apenas os povos indígenas que estavam em seus territórios na promulgação da Constituição, em outubro de 1988, têm direito à demarcação da terra.

A coordenadora secretária da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Marciely Tupari, explicou que a expectativa é reverter o cenário atual, criado com a mesa de conciliação estabelecida no Supremo Tribunal Federal (STF) para discutir o Marco Temporal. Indígenas organizados abandonaram a mesa por contestarem sua legitimidade.

“O movimento indígena definiu que estar nesse espaço era validar o que o Gilmar Mendes estava propondo, e uma das propostas era a mineração em territórios indígenas, o que sempre fomos contra. Não fazia sentido a gente estar num espaço para debater os nossos direitos e liberar o nosso território para empreendimentos. Nossos direitos não são negociáveis”, afirmou a liderança.

Brasília (DF), 06/04/2025 - Marciely Tupari, coordenadora secretária da COIAB - Coorednação das organizações indígenas da amazônia brasileira, em frente a barracas no Acampamento Terra Livre - ATL, no espaço Funarte. Foto: Bruno Peres/Agência Brasil
Marciely Tupari, coordenadora secretária da COIAB, em frente a barracas no Acampamento Terra Livre (ATL), no espaço Funarte. Bruno Peres/Agência Brasil

Após o Marco Temporal ser considerado inconstitucional pelo STF, o Congresso Nacional aprovou a lei que instituiu a tese. O caso, então, voltou para o Supremo e o relator do processo, ministro Gilmar Mendes, abriu uma mesa de conciliação para tratar do tema, solução que vem sendo rejeitada pelo movimento indígena.

Nessa mesa, Gilmar Mendes apresentou proposta de legislação que abre caminho para mineração em terras demarcadas. Posteriormente, a proposta foi retirada, mas voltará a ser tratada em outra conciliação aberta por Mendes. 

“A gente tem exemplo do impacto que a mineração traz para dentro dos territórios e dos nossos rios, como ocorre com os Yanomami e os Munduruku. Os parentes estão sofrendo com a desnutrição, com mercúrio dentro do corpo, os peixes estão contaminados”, justificou Marciely.

Agronegócio e COP30

O ATL 2025 busca ainda articular a pauta dos povos indígenas com a realização da COP30, para convencer os países que vem ao Brasil de que a demarcação dos territórios indígenas é parte da luta contra o aquecimento da terra. A Conferência da ONU para Mudanças Climáticas (COP30) ocorrerá em Belém (PA), em novembro deste ano.

“A gente está se articulando também para fazer, por exemplo, uma NDC [Contribuição Nacionalmente Determinada} indígena, para se contrapor à NDC que o governo lançou na COP do ano passado, quando ele não introduziu os problemas que o agronegócio traz para as mudanças climáticas”, acrescentou a liderança da COIAB.

As NDC são as metas definidas pelos países para redução dos gases do efeito estufa. O governo brasileiro apresentou sua NDC prevendo reduzir em 53% a emissão de gases até 2030

‘A resposta somos nós’

Com o tema “A respostas somos nós: Em defesa da Constituição e da vida”, o Acampamento Terra Livre de 2025 é organizado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e deve receber cerca de 200 povos de todas as regiões do país em cinco dias de programações e protestos à favor da demarcação das terras indígenas.

Brasília (DF), 06/04/2025 - Indígenas montam barraca no Acampamento Terra Livre - ATL, no espaço Funarte. Foto: Bruno Peres/Agência Brasil
Indígenas montam barraca no Acampamento Terra Livre (ATL), no espaço Funarte. Bruno Peres/Agência Brasil

Agência Brasil
Malagueta

A Polícia Militar de Florânia segue firme no combate aos crimes de trânsito e na garantia da ordem pública. Na tarde deste domingo (06), durante patrulhamento de rotina, uma guarnição da PM apreendeu uma motocicleta conduzida por um homem não habilitado, que circulava de forma imprudente, colocando em risco a vida de pedestres e outros condutores na área urbana da cidade.

Segundo informações repassadas à imprensa, o condutor foi abordado em via pública após demonstrar atitudes suspeitas. Durante a verificação, ficou constatado que ele não possuía Carteira Nacional de Habilitação (CNH), além de conduzir o veículo de forma perigosa. A motocicleta foi apreendida e os procedimentos legais foram imediatamente adotados pela guarnição de serviço.

O comandante do Destacamento Policial Militar de Florânia, o Sargento Victor, destacou que este foi o 14º procedimento registrado em 2025 relacionado a infrações de trânsito com implicações penais.

Repórter Seridó

Campo Forte

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) prorrogou, por mais 180 dias, a vigência do estado de emergência zoossanitária no país. A decisão, publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (7), acontece em caráter preventivo para evitar o possível reingresso da influenza aviária no território nacional, em função de novos focos da doença na América do Sul.

A emergência zoossanitária foi decretada, pela primeira vez, em maio de 2023. Com a portaria, o governo federal pode usufruir de mais instrumentos para atuar e conter a disseminação da gripe aviária, como ações integradas entre os ministérios. Também fica autorizado o repasse de verbas da União para as ações de emergência.

Na última semana, o Mapa já havia anunciado medidas preventivas contra a gripe aviária. A pasta suspendeu temporariamente a realização de exposições, torneios, feiras e outros eventos com aglomeração de aves, bem como a criação de aves ao ar livre, com acesso a piquetes sem telas na parte superior. Em ambos os casos, a restrição ficará em vigor por 180 dias, podendo ser prorrogada.

O que é a gripe aviária?

A influenza aviária é uma doença viral altamente contagiosa que afeta, principalmente, aves silvestres e domésticas. A infecção humana é rara, mas pode ocorrer por meio de contato direto com aves infectadas (vivas ou mortas). Não há risco no consumo de carnes e ovos de aves ou qualquer produto de origem animal inspecionado.

No caso de infecção humana, os sintomas são parecidos com os da gripe comum, como dor de garganta, febre acima de 38°C, dor no corpo, mal-estar geral, calafrios, fraqueza, dor abdominal, tosse seca, espirros e secreção nasal. Geralmente, os sintomas começam a aparecer de dois a oito dias após o contato com o vírus.

Globalmente, desde 2003, foram notificadas à Organização Mundial da Saúde (OMS) 874 infecções humanas, incluindo 458 óbitos – caracterizando alta letalidade. Por este motivo, em casos suspeitos, prováveis ou confirmados, é indicada a prescrição de medicamento antiviral em até 48 horas após o início dos sintomas.

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