Currais Novos – A Escola Estadual Manoel Salustino realizou a quinta edição do Workshop Mineral, evento que marca o encerramento de uma semana de atividades práticas e educativas voltadas para o curso técnico em mineração integrado ao ensino médio. Realizado na histórica Mina Brejuí, onde os alunos estudam, o evento deste ano teve sua culminância na Praça Cristo Rei, proporcionando interação com a comunidade e promovendo o conhecimento técnico da área de mineração.

Durante a semana, os estudantes participaram de uma programação diversificada que incluiu uma gincana, palestras ministradas pelo Corpo de Bombeiros e especialistas da Aura Borborema sobre mineração e preservação ambiental, além de rodas de conversa com profissionais do setor. Esses momentos de aprendizado visam fortalecer a formação técnica dos jovens, incentivando a conscientização ambiental e o desenvolvimento de competências necessárias para o mercado de trabalho.

O evento contou com a orientação de renomados professores, como o professor doutor João Batista Monteiro de Souza, engenheiro de minas, e a professora mestre em geologia Luana, ambos responsáveis pelo curso técnico em mineração. Segundo os organizadores, o workshop já se consolidou como uma importante oportunidade de capacitação e troca de experiências para os alunos.

O Workshop Mineral é uma iniciativa que ressalta o compromisso da Escola Estadual Manoel Salustino com o ensino técnico e o desenvolvimento sustentável, promovendo a qualificação dos futuros profissionais da mineração e o fortalecimento da cultura técnica na região.

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Currais Novos – Em comemoração ao Dia Mundial do Diabetes, celebrado nesta quinta-feira, 14 de novembro, a Associação Curraisnovense dos Diabetes (ACD) promoveu uma ação de conscientização na Praça Cristo Rei. O evento teve como foco alertar a população sobre os cuidados e prevenção contra o diabetes, uma doença silenciosa e crescente em todo o mundo.

A ação ofereceu aferição de glicemia e pressão arterial, além de orientação de profissionais de saúde para o público presente. A ACD destacou a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento médico para evitar as complicações graves que o diabetes pode causar, principalmente quando a doença é negligenciada.

Além das orientações, o evento incentivou a adoção de um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada e prática de atividades físicas, como formas essenciais de prevenção e controle do diabetes. A ACD reforçou o convite para que a comunidade continue informada e engajada no combate a essa doença silenciosa.

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Durante as investigações, foi identificado o possível envolvimento de policiais militares dos Estados do Rio Grande do Norte e da Paraíba nas ações criminosas. Foto: Reprodução/PCRN

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte, com apoio da Polícia Militar do RN, deflagrou, na manhã desta quinta-feira (14), a “Operação Poder Paralelo”, que resultou na prisão de três pessoas suspeitas de envolvimento nos crimes de milícia privada e homicídios, incluindo um policial militar do Rio Grande do Norte. A investigação conduzida pela Divisão Especializada na Investigação e Combate ao Crime Organizado (DEICOR) resultou em ações nas cidades do interior do RN e da Paraíba.

Durante as investigações realizadas pela Polícia Civil, foi identificado o possível envolvimento de policiais militares dos Estados do Rio Grande do Norte e da Paraíba nas ações criminosas. Além das prisões, três pessoas estão sendo monitoradas por tornozeleira eletrônica, também suspeitas de participação nesses crimes. No decorrer da operação, foram apreendidos diversos armamentos, incluindo pistolas, revólveres e uma espingarda, além de munições, coletes balísticos, distintivos e insígnias de instituições policiais.

O nome da operação, “Poder Paralelo”, faz referência à atuação dos agentes estatais capaz de incutir medo e gerar insegurança na população. Após serem conduzidos à delegacia para os procedimentos legais, os presos foram encaminhados ao sistema prisional, onde ficarão à disposição da Justiça.

A operação contou com o apoio do Departamento de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (DECCOR-LD), da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), do Departamento de Inteligência Policial (DIP), da Delegacia Especializada de Defesa da Propriedade de Veículos e Cargas de Natal (DEPROV/Natal), da Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Natal (DEFUR/Natal), da Delegacia Especializada de Atendimento ao Adolescente Infrator de Natal (DEA/Natal), da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO) do Estado da Paraíba e do Batalhão de Choque da Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Norte.

A Polícia Civil reforça que a população pode contribuir com informações, de forma anônima, por meio do Disque Denúncia 181.

Tribuna do Norte

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Victoria Barros é uma das promessas do Brasil no tênis | Foto: Luís Cândido/CBT

A tenista potiguar Victoria Barros vai entrar no ranking da WTA (Associação de Tênis Feminino) aos 14 anos de idade. A jovem conquistou os pontos necessários para entrar na classificação ao vencer a eslovena Noka Juric por 2 sets a 0 (6/2 e 6/3), pela estreia do ITF W15 de Antalya, na Turquia, nessa quarta-feira (13). O ranking será atualizado no próximo dia 25 de novembro.

Além de Victoria Barros, o Brasil também tem outra tenista de 14 anos na lista da WTA, a paulista Nauhany Silva, que integra o ranking há dois meses. Nenhum outro país tem atletas com menos de 15 anos na classificação.Nesta quinta-feira (14), a potiguar venceu mais uma vez e já está nas quartas de final do torneio. Ela derrotou a russa Diana Demidova, cabeça de chave 8 no torneio, também por 2 sets a 0 (6/3 e 6/1).

Tribuna do Norte

Lojão do Real

A Polícia Rodoviária Federal realiza, entre meia-noite desta quinta-feira (14) e 23h59 do próximo domingo (17), no Rio Grande do Norte, a Operação Proclamação da República 2024. Durante os quatro dias da operação, a PRF irá reforçar a fiscalização quanto a utilização do cinto de segurança, que é obrigatório para motoristas e passageiros, alertando sobre o uso incorreto do equipamento.

“Com a operação, a PRF busca não só intensificar as fiscalizações, alertar motoristas e passageiros, mas também reduzir  o quantitativo de feridos e mortos que não faziam uso de cinto – comprovadamente um equipamento que salva vidas. Em caso de colisão ou capotamento, o cinto impede que a pessoa seja arremessada contra as estruturas do veículo, outros ocupantes ou para fora. Além disso, se ajustado corretamente, o cinto minimiza os riscos de lesões, como as de coluna”, destacou.

O uso do cinto de segurança é obrigatório para todos os ocupantes do veículo, incluindo os que estiverem no banco traseiro. A desobediência à norma é uma infração de trânsito grave, prevista no artigo 167 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A penalidade é uma multa de R$195,23 e a perda de 5 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O veículo é retido até que o condutor e os passageiros coloquem o cinto.

Com o intuito de promover uma maior fluidez no trânsito, haverá restrição de tráfego para alguns veículos de carga em rodovias de pista simples. A Portaria DIOP/PRF nº 172, publicada no DOU, dispõe sobre a restrição do trânsito de Veículos e Combinações de Veículos excedentes em peso e ou dimensões aos limites máximos estabelecidos pela Resolução nº 882/2021 do Conselho Nacional de Trânsito e suas alterações, passíveis ou não da concessão de Autorização Especial de Trânsito – AET ou Autorização Específica – AE, em rodovias federais nos períodos dos feriados do ano de 2024, cujo peso ou dimensão exceda qualquer um dos seguintes limites regulamentares:

I – Largura máxima: 2,60 metros;
II – Altura máxima: 4,40 metros;
III – Comprimento total de 19,80 metros;

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Um estudo da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) aponta que digitar uma mensagem de texto no celular, enquanto conduz um veículo A 80 km/h, equivale a dirigir com os olhos vendados por um percurso de até 100 metros, porque ele perde o campo de visão de 360º, que é possibilitado pelo auxílio do retrovisor.

Segundo uma campanha australiana, tirar os olhos da estrada para mexer no celular, mesmo por poucos instantes, pode ser fatal. O risco é tema de ações de autoridades de trânsito dos mais diferentes países.

Aqui no Brasil, não é difícil encontrar cenas como essas. Não são dramatizadas, mas mostram a mesma situação: Motoristas usando o celular e trazendo riscos para o trânsito.

Só em Minas Gerais, entre janeiro e setembro, foram registrados 364 acidentes causados por motoristas usando o celular, um aumento de 26% em relação ao mesmo período no ano passado.

Nas estradas federais pelo Brasil, nesse ano já foram 90 acidentes relacionados ao uso do celular pelo motorista, que resultaram em 107 feridos e 3 mortes.

“O motorista que se distrai ao telefone celular, ele não percebe o carro da frente parando e acontece a colisão traseira. Essa é a mais comum. Mas tem também o atropelamento”, afirmou Cinthia Almeida, especialista em trânsito, ao Jornal da Band. 

Usar o celular ao volante é infração gravíssima, com sete pontos na carteira. Radares em rodovias de São Paulo ajudam a identificar esses motoristas. Mas, para especialistas, é preciso uma mudança de comportamento dos condutores.

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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Distrito Federal anunciou, nesta quinta-feira (14/11), a organização de uma operação emergencial para reforçar a fiscalização nas rodovias que cortam o Distrito Federal, após um atentado contra o Supremo Tribunal Federal (STF).

O ataque, realizado com bombas na Praça dos Três Poderes, está sendo investigado por forças de segurança, e a PRF mobilizou esforços para auxiliar no controle e na segurança das estradas, com foco em veículos de passeio que chegam de outros estados.

A operação foi organizada de última hora para atuar de forma preventiva e fortalecer o trabalho de investigação já em andamento. Com reforço no efetivo nas rodovias, o objetivo é garantir a segurança pública e evitar novos ataques. Os agentes da PRF intensificarão a fiscalização em pontos estratégicos das rodovias federais.

Operação Proclamação da República em Paralelo

Vale destacar que a PRF já possui outra operação em andamento devido ao feriado prolongado da Proclamação da República, também com reforço de efetivo. Essa primeira operação, planejada anteriormente, busca garantir a segurança e a fluidez do trânsito durante o aumento de movimento nas estradas, comum neste período.

Com a ocorrência do ataque, a PRF adaptou-se rapidamente, implementando essa segunda operação com foco específico em evitar possíveis ameaças e fortalecer a proteção à população.

A PRF reitera o compromisso em colaborar com as forças de segurança para preservar a ordem e a paz no Distrito Federal, especialmente em momentos de grande movimentação e risco potencial.

Lojão do Real

De acordo com o Conselho Federal de Medicina Veterinária, cerca de 4% dos cães acima dos sete anos são afetados pela doença. Foto: Freepik.

Durante o Novembro Azul, campanha voltada à conscientização sobre o câncer de próstata em humanos, veterinários alertam para a importância do diagnóstico precoce da doença também em cães e gatos, especialmente em animais mais velhos. De acordo com o Conselho Federal de Medicina Veterinária, cerca de 4% dos cães acima dos sete anos são afetados pela doença, mas essa incidência chega a 80% em animais que não foram castrados. Embora menos comum, gatos também podem desenvolver a condição.

“Eles estão suscetíveis a desenvolver a neoplasia. A detecção precoce da doença nesses animais pode ser decisiva para a qualidade e a longevidade de vida deles”, afirma a veterinária Dorie Zattoni, da Brazilian Pet Foods. Ela alerta que, assim como ocorre em humanos, o câncer de próstata em cães e gatos pode ser silencioso, tornando o acompanhamento regular essencial para a saúde do animal.

Os exames indicados para diagnóstico incluem ultrassom abdominal e toque retal, recomendados principalmente para animais não castrados, mais propensos a desenvolver a doença. “Assim como nos humanos, a doença nos pets pode ser silenciosa. Por isso, é fundamental acompanhar a saúde do animal e realizar exames de rotina”, reforça a veterinária.

Entre os sinais que podem indicar a presença do câncer estão dificuldade para urinar, presença de sangue na urina, perda de peso, dores lombares e apatia. A especialista ressalta que o diagnóstico precoce amplia as possibilidades de tratamento eficaz e contribui para amenizar o sofrimento dos animais. Nos casos avançados, a doença pode atingir outros órgãos, como ossos e linfonodos, tornando o tratamento mais complexo.

“A conscientização sobre o câncer de próstata em pets durante o Novembro Azul salva vidas e fortalece o vínculo entre tutores e bichinhos”, pontua Dorie. Segundo ela, o objetivo é sensibilizar os tutores para a importância de exames regulares, que podem fazer toda a diferença na saúde e bem-estar dos animais.

Lojão do Real

A Prefeitura Municipal de Currais Novos está avançando na construção da nova Praça Largo Mariano Guimarães, que promete se tornar um ponto de encontro e lazer para a população. A obra, com valor total de R$ 216.920,00, teve início no dia 23 de setembro de 2024 e está tomando forma rapidamente. A previsão de conclusão é de 180 dias, trazendo à cidade mais um espaço planejado para o bem-estar e o convívio social.

Malagueta

© Tomaz Silva/Agência Brasil

O primeiro dia de atividades autogestionadas no G20 Social, nesta quinta-feira (14), teve como um dos destaques discussões sobre dois tipos de racismo: algoritmico – ligado às novas tecnologias – e ambiental, representado por descaso com as populações mais vulneráveis.

O G20 Social é um ambiente de incentivo à participação da sociedade civil organizada que acontece até o próximo dia 16, às vésperas da reunião de cúpula do G20, grupo que reúne as principais economias do mundo. Os debates promovidos por movimentos sociais e organizações não governamentais (ONG) acontecem em galpões e armazéns na região portuária do Rio de Janeiro.

Entre as cerca de 270 atividades autogestionadas programadas, diversas se debruçam sobre temas ligados à desigualdade racial. Uma delas foi proposta pela ONG Instituto Internacional sobre Raça, Igualdade e Direitos Humanos, que levou às pessoas que acompanharam a mesa a preocupação sobre o viés racista de novas tecnologias.

A diretora de programas da Anistia Internacional Brasil, Alexandra Montgomery, levantou a questão sobre como a inteligência artificial (IA) tem impactado a vida das pessoas, em especial as negras e as que vivem em comunidades mais vulnerabilizadas.

Segundo ela, algumas tecnologias têm sido apontadas como solução para problemas complexos, como a segurança pública, mas têm gerado, pelos vieses que estão inseridos nessas tecnologias, um impacto desproporcional.

“Esses algoritmos e tecnologia de inteligência artificial de reconhecimento facial, especialmente com inteligência preditiva, têm vulnerabilizado ainda mais as pessoas negras, pois são tidas como suspeitas. Elas são identificadas ou mal identificadas, há muitos erros nessas tecnologias”, disse à Agência Brasil.

Inteligência artificial preditiva é a capaz de usar o aprendizado de máquina para identificar padrões em eventos passados.

“A população negra já é a mais atingida em número de mortos pelas polícias, em número de pessoas presas e detidas e, agora, com uso dessas tecnologias, a situação é ainda pior”, completa Alexandra.

Um estudo publicado na última quinta-feira (7) pela Rede de Observatórios da Segurança mostra que quase 90% dos mortos por policiais em 2023 eram negros.

Reconhecimento facial
O coordenador do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC) da Universidade Cândido Mendes, Pablo Nunes, aponta que sistemas de reconhecimento facial têm comportamentos racistas dentro e fora do Brasil.

“É muito mais provável que uma pessoa negra seja reconhecida equivocadamente por esses sistemas do que brancas. Isso aprofunda problemas e racismo estruturais que já existem na sociedade”, diz, acrescentando que “o uso da tecnologia, muitas vezes, não é transparente”.

Para ele, aqui no país os equívocos resultam em uma situação mais desafiadora para a população negra. “A gente tem uma tecnologia que falha mais para pessoas negras atrelada a uma segurança pública no Brasil que já coloca pessoas negras como os principais alvos de violências e violações de direitos”.

O pesquisador entende que erros nos sistemas de reconhecimento são alimentadas por diferentes fatores. Um deles é técnico, ou seja, algoritmos são desenhados de determinada maneira que não conseguem reconhecer eficientemente pessoas negras.

Outro elemento “é problema da diversidade dos times de desenvolvimento desses sistemas”, aponta. Há ainda, segundo o pesquisador, “um problema da própria sociedade, que pensa que usar reconhecimento facial na segurança pública pode ser uma resposta simples a problemas complexos, colocando em xeque os direitos da população negra”.

Injustiça climática
Outra face do racismo denunciado no G20 Social é o ambiental, ligado à emergência climática, que torna mais frequentes eventos extremos como inundações, deslizamentos e ondas de calor. O tema ganhou voz com a ativista Luzia Camila, que representou o coletivo Confluência das Favelas em uma das atividades autogestionadas. Ela veio de Capanema, no interior do Pará, para participar do evento.

O coletivo buscou informações relacionadas a justiça climática em periferias e comunidades de cinco capitais, Macapá, Manaus, Rio de Janeiro, São Paulo e Recife. Com base nos relatos coletados, foi possível concluir, segundo ela, que a população negra é a mais afetada pelos eventos extremos, o que ela classifica como “injustiça climática”.

“Existe um direcionamento dessas injustiças e dessas crises. As periferias são territórios afetados, pois não recebem, de fato, as políticas públicas de urbanização, adaptação climática e ambiental necessárias para a vivência e sobrevivência dessas populações”, disse à Agência Brasil.

De acordo com um suplemento do Censo 2022, divulgado na última sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pretos e pardos são 72,9% dos moradores de favelas no país.

A ativista paraense enfatiza que a situação de racismo ambiental não é exclusivamente inerente às pessoas pretas. “Existe uma outra diversidade étnica, que envolve ribeirinhos, extrativistas, indígenas que também estão ocupando outros tipos de periferias, de marginalidades”.

Luiza Camila acredita que as discussões e articulações do G20 Social são uma forma de evidenciar realidades e contextos de periferias e favelas.

“A ideia é realmente mostrar esses dados, entender o espaço do G20 como um lugar ideal para que a gente possa pensar conjuntamente políticas públicas, ações de mobilização, ações de formação para que a gente possa se virar para esses territórios, entender os conflitos e as necessidades desses lugares”, finaliza.

Participação social
Além de organizações da sociedade civil poderem expor e conduzir debates, o G20 Social permite o contato do público com assuntos de interesse. Carlos Roberto de Oliveira seguiu de Campinas, interior paulista, para o Rio de Janeiro apenas para presenciar o espaço de articulação popular.

“Vim aqui para aprender”, disse à Agência Brasil, após assistir ao debate sobre novas tecnologias e racismo. Segundo ele, o conhecimento reforça a luta antirracista na cidade em que mora.

“É extremamente importante para a nossa defesa, para o enfrentamento que nós precisamos fazer, da luta antirracista, que não é uma luta só aqui no Brasil, mas é uma luta no mundo”, afirmou Oliveira, que atua em articulação com comunidades tradicionais de terreiros, em Campinas, contra intolerância racial.

Para Alexandra Montgomery, da Anistia Internacional Brasil, informação e mobilização social são um dos caminhos para a busca de um mundo mais justo.

“É importantíssimo que a gente consiga fazer com que essas mensagens cheguem ao maior número possível de pessoas. É importante a gente ter um espaço de troca entre a sociedade civil e de troca com a população em geral”, afirma.

Cúpula de líderes
Desde o fim do ano passado, o Brasil ocupa a presidência rotativa do G20. É a primeira vez que as reuniões do fórum de países são precedidas por uma agenda de encontros entre a sociedade civil. A iniciativa é uma inovação da presidência brasileira. A África do Sul, próximo país a sediar o G20, já manifestou que seguirá com a iniciativa de participação popular.

O ponto derradeiro da presidência brasileira será a reunião de cúpula de chefes de Estado e de governo, nos dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro. O presidente Lula se comprometeu a entregar aos líderes dos países os cadernos de propostas aprovadas por grupos de engajamento do G20 Social.

O G20 é composto por 19 países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia, além da União Europeia e da União Africana.

Os integrantes do grupo representam cerca de 85% da economia mundial, mais de 75% do comércio global e cerca de dois terços da população do planeta.

Agência Brasil

Eldorado