Pesquisa aponta que apenas 33% dos potiguares têm o hábito de ler

Foto: Freepik

O Rio Grande do Norte possui índice de 33% de leitores, de acordo com dados da pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, do Instituto Pró-Livro. Além do RN, Mato Grosso (36%), Piauí (37%) e Paraíba (38%) despontam como as unidades da Federação onde menos da metade da população é composta por leitores.

Em Santa Catarina (64%), Ceará e Paraná (ambos com 54%), Espírito Santo (53%), Goiás e Distrito Federal (ambos com 52%), estão os melhores índices. Professor ouvido pela reportagem avalia que o quadro é resultado, principalmente, de um problema histórico, fruto da herança cultural e econômica do Brasil.

No Nordeste, segundo a pesquisa, o índice de leitores é de 43% (o mais baixo entre as cinco regiões do Brasil) e no País, de 47%. A pesquisa considera leitor aquele que leu, três meses antes da realização do levantamento, um livro inteiro ou em partes, de qualquer gênero, impresso ou digital. Não-leitor, conforme descrito, é aquele que declarou não ter lido nenhum livro (completo ou em parte) três meses antes do levantamento, mesmo que tenha feito alguma leitura no prazo de 12 meses anterior à pesquisa.

As entrevistas foram feitas entre os meses de abril e julho do ano passado, de forma presencial, com um questionário de 147 questões. No RN foram ouvidas 128 pessoas. Em todo o País foram 5.504 entrevistas, em 208 municípios. O levantamento ouviu pessoas com idades a partir de 5 anos. Um dado que chama atenção nesta, que é a sexta edição da pesquisa, é que após 2015 o número de leitores no Brasil vem caindo: naquele ano eram 104,7 milhões; em 2019, 100,1 milhões; e em 2024, 93,4 milhões. Os dados indicam uma perda de 11,3 milhões de leitores em quase 10 anos.

Dados da pesquisa apontam que a média de livros (geral ou em partes) lida no Rio Grande do Norte é de 1,19. O Ceará apresenta melhor desempenho no Nordeste (com 2,4 livros) e Goiás é o campeão no País (com média de 2,7 livros por leitor). A maioria dos leitores do País, indica o levantamento, estuda (77%) e possui renda mais alta (62% dos entrevistados da classe A e 60% da classe B). Nas classes C e D/E, os índices caem para 46% e 35%, respectivamente.

A pesquisa mostra ainda que 71% dos entrevistados responderam que não tiveram influência para a prática da atividade. Os que tiveram, contaram, em maior parte (9%), com a mãe ou responsável do sexo feminino, bem como com algum professor (8%).

Reportagem completa na Tribuna do Norte

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