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Política
17 dez

Rogério defende Flávio Bolsonaro para 2026: “É o melhor candidato”

Rogério defende Flávio Bolsonaro para 2026: “É o melhor candidato”

O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, afirmou que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) é, na atual conjuntura, o melhor nome para representar a direita nas eleições presidenciais de 2026. Em entrevista à CNN Brasil, Marinho disse que a definição foi fruto de um processo de amadurecimento político conduzido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e por lideranças do campo conservador, especialmente após o avanço das restrições judiciais impostas ao ex-chefe do Executivo.

“Na atual conjuntura, Flávio é o melhor candidato, dado o conjunto de valores e a necessidade de uma discussão onde tem que ficar muito claro quem nós somos e quem eles são, qual é a nossa visão de Estado, de País, de sociedade, em contraponto ao que aí está”, afirmou o senador.

Segundo Rogério Marinho, Bolsonaro permanece como principal liderança da direita brasileira, mesmo impedido de disputar eleições. Ele disse que o ex-presidente “despertou um espectro ideológico que sempre existiu na sociedade brasileira”, reunindo setores conservadores em torno de pautas como defesa da família, da vida, da liberdade de expressão e de um Estado menos burocrático.

“Tem um líder, que é o presidente Bolsonaro. E esse líder nos aponta um caminho para defender o seu legado, que é o senador Flávio Bolsonaro”, disse. Marinho acrescentou que Flávio reúne atributos políticos e geracionais para conduzir esse debate. “Ele é jovem, 44 anos, alguém que está literalmente querendo exercer essa função para defender esse patrimônio, esse legado, que é um legado de valores”.

O senador afirmou ainda que a escolha foi feita após consultas a parlamentares e lideranças da direita e destacou que Bolsonaro, mesmo com restrições de contato político, amadureceu a decisão. “Ele amadureceu bastante, ele pensou bastante e definiu a estratégia que nós vamos colocar em prática no ano eleitoral. E será a candidatura do senador Flávio Bolsonaro”.

PL da dosimetria
Na mesma entrevista, Rogério Marinho comentou a tramitação do chamado PL da Dosimetria, que trata da redução de penas para condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Segundo ele, o texto que avança no Congresso não representa o ideal defendido pela oposição, mas reflete o que foi possível construir diante da correlação de forças no Parlamento.

“Isso não é o projeto dos nossos sonhos, é o possível”, afirmou. Marinho explicou que, após mais de um ano de debates, a oposição não conseguiu avançar com uma proposta de anistia ampla. “Nós da oposição tentamos pautar a questão da anistia, mas a correlação de forças do Parlamento nos levou a um acordo”.

O senador enfatizou que o projeto prevê progressão de penas que poderá permitir a soltura de condenados com penas inferiores a 17 anos, desde que cumpridos os requisitos legais. “Esse acordo trata de progressão de penas que vão permitir que todos aqueles que foram apenados abaixo de 17 anos tenham a possibilidade de serem soltos após a promulgação da lei”. Isso acontecerá porque o projeto permite progressão de regime para quem já cumpriu 1/6 da pena.

Marinho afirmou acreditar que há votos suficientes para aprovação do texto no Senado, tanto na Comissão de Constituição e Justiça quanto no plenário. Ele ressaltou, no entanto, a necessidade de ajustes para evitar que o projeto beneficie condenados por outros crimes.

“A preocupação é que, a partir de sexta-feira, várias pessoas vieram a público dizer que o projeto poderia beneficiar outros aspectos que não aqueles do 8 de janeiro. Então, nós estamos tratando justamente de corrigir isso através de uma emenda de redação”, explicou.

O senador também criticou o que classificou como desproporcionalidade das penas aplicadas pelo Judiciário. “Não é razoável que alguém que pinta uma estátua de batom receba 14 anos. Não é razoável que essas pessoas sejam julgadas diretamente no Supremo Tribunal Federal sem a possibilidade de recorrer a uma instância subsequente”, afirmou.

Segundo ele, o próprio Jair Bolsonaro orientou sua base a apoiar o projeto, mesmo sem benefício direto para si. “O próprio Bolsonaro nos orienta, através do seu filho Flávio, que nós façamos um gesto para que essas pessoas sejam libertadas”, disse.

Lei Magnitsky e Alexandre de Moraes
Rogério Marinho também comentou a retirada das sanções impostas ao ministro Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky, pelos Estados Unidos. Para o senador, a decisão levanta questionamentos sobre possíveis negociações diplomáticas entre os governos.

“A primeira coisa que a gente precisa saber é o seguinte: o que é que foi negociado? Nós somos um país, nós não somos aqui um botequim”, afirmou.

Marinho disse que a aplicação da Lei Magnitsky é uma medida grave e que sua revogação precisa ser explicada. “Quando o governo americano sanciona alguém com esta lei, que é uma lei séria, severa, que praticamente retira civilmente o cidadão do convívio da sociedade, é importante a gente saber que tipo de negociação entrou para que haja esse recuo.”

Ele voltou a criticar decisões do Judiciário brasileiro e afirmou que há, em sua avaliação, violações à liberdade de expressão e aos direitos individuais. “Nós estamos vivendo o Brasil num momento em que a gente tem que discutir as instituições e qual é a seriedade das nossas instituições, porque não basta ser, precisa aparecer”.

Para o senador, o debate sobre as sanções internacionais se insere em um contexto mais amplo de questionamento institucional. “Há um desequilíbrio na democracia brasileira”, declarou.

Ao final, Marinho afirmou que a resposta para esse cenário deve ocorrer no campo político. “O próximo ano é o ano da eleição e eu acho que é o momento de essa resposta se dar no campo adequado, que é o campo político”, concluiu, reiterando o apoio à candidatura de Flávio Bolsonaro à Presidência da República.

AGORA RN

Potiguar

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