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Foto: Reprodução
No último sábado (2), por volta das 18h, o Corpo de Bombeiros foi acionado para atender a uma ocorrência de afogamento na Fazenda Sossego, zona rural de Currais Novos. Testemunhas relataram que Marcos Batista, de 55 anos, foi visto pela última vez entrando em um açude da propriedade. As buscas tiveram início imediato, mas a equipe não conseguiu localizar o corpo naquele momento.
Já na manhã do domingo, as buscas foram retomadas pelos bombeiros, que após algumas horas encontraram o corpo da vítima submerso. O plantão da Polícia Civil em Caicó foi acionado, e o Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP) também foi chamado para realizar a remoção e os exames necessários. A investigação segue para determinar as circunstâncias do afogamento.
Repórter Seridó
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O julgamento de Pedro Inácio Araújo de Maria, acusado pelo assassinato da universitária Zaira Silveira da Cruz, ocorrido em março de 2019, em Caicó, está previsto para acontecer na segunda semana de dezembro deste ano, em Natal. A informação foi confirmada ao Blog do Sidney Silva pelo advogado Anesiano Ramos, que atua na defesa do réu ao lado da advogada Andreia Oliveira.
Em entrevista ao Blog do Sidney Silva, Anesiano explicou que o julgamento será realizado em Natal devido ao desaforamento, que transferiu o processo de Caicó para a capital potiguar. “Pelo último contato que tivemos na semana passada, é importante ressaltar que o julgamento vai acontecer em Natal, a previsão é que ele ocorra na segunda semana de dezembro, próximo mês”, disse Ramos. “O juiz nos comunicou que estava ultimando alguns detalhes, isso porque é um júri que demanda vários dias de realização. Com isso, é necessário organizar tudo de forma adequada para evitar adiamentos e prejuízos ao poder judiciário e a todos os interessados”, completou o advogado.
O julgamento vai ocorrer no Fórum Miguel Seabra Fagundes, e o advogado mencionou que, embora o cronograma ainda não tenha sido oficialmente confirmado, há uma expectativa para que a data seja mantida em dezembro.
Na defesa de Pedro Inácio, os advogados sustentam que não houve homicídio, rejeitando a motivação de estupro apontada na acusação. “A nossa tese é a da verdade, de que não houve homicídio. Se não houve um homicídio, não tem o que se condenar”, afirmou Anesiano.
O caso, que teve grande repercussão em Caicó e em todo o estado, agora se aproxima de um desfecho com o julgamento em Natal, onde a defesa buscará a absolvição do réu.
Em contato com o Blog do Sidney Silva, o Promotor de Justiça Geraldo Rufino de Araújo Júnior, que atuou no processo, disse que a peça foi muito bem instruída e que está pronta para ser levado ao júri. Ele comentou que é convicto da culpa do réu Pedro Inácio. “Aqui em Caicó, em Natal, em Brasília, ou em qualquer outro lugar, ele (o réu) seria condenado. O processo tem provas técnicas muito robustas. O Itep fez uma perícia cuidadosa. Essa perícia está filmada. A prova pericial do que aconteceu, é muito forte. Zaira foi violentada, foi estuprada, foi assassinada. Não se tem dúvida disso. Quando foi ouvido, ele (Pedro Inácio) disse que esqueceu”, afirmou.
Blog do Sidney Silva
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BRENO ESAKI
Quase cinco mil candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024 foram eliminados no primeiro dia de provas, neste domingo (3/11). A informação foi repassada pelo Ministério da Educação (MEC) em coletiva de balanço após o fim da aplicação do exame.
Os motivos que levaram à eliminação de inscritos envolvem:
– tentar deixar o local de prova com o caderno de respostas antes dos 30 minutos finais;
-portar equipamento eletrônico;
-ausentar-se antes do horário mínimo permitido;
-utilizar materiais impressos de apoio/consulta; ou
não atender orientação dos fiscais.
A abstenção no primeiro dia foi de 26,6%. No total, mais de 4,3 milhões de pessoas se inscreveram.
De acordo com o MEC, o número representa queda na abstenção do primeiro dia de provas em relação aos anos anteriores. Em 2023, 28,1% dos participantes não compareceram. Em 2022, o número foi de 28,3% dos inscritos.
Metrópoles
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No mês da Consciência Negra, a Feira das Mulheres promove um curso especial de doces e geleias com raízes quilombolas, destacando e preservando as tradições afro-brasileiras na culinária. As inscrições estão abertas e a participação é gratuita.
O curso será ministrado por May, tecnóloga em Alimentos, engenheira de laticínios pelo IFRN e proprietária da confeitaria TOGIA. As aulas começam em novembro e são direcionadas às mulheres do projeto Feira das Mulheres, com 10 vagas adicionais para a comunidade.
As participantes terão a oportunidade de aprender receitas tradicionais que exaltam a riqueza cultural das comunidades quilombolas. Para garantir uma vaga, basta preencher a pré-inscrição no link: Inscreva-se aqui.
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Styvenson chama PEC de firula e Zenaide quer união de atuação | Foto: Roque de Sá/Agência Senado
A bancada federal do Rio Grande do Norte, admite que a legislação vigente no país precisa de modificações para tornar mais eficaz o enfrentamento do crime organizado e a redução da violência, mas considera que a proposta do governo carece de aperfeiçoamento, fere o federalismo brasileiro, retira atribuições e restringe a atuação de Estados e municípios.
O senador Rogério Marinho (PL) alerta que o presidente Lula, com essa PEC, “se aproveita da crise de segurança pública que assola o Brasil para tentar retirar competências estaduais e dotar os órgãos federais de superpoderes”.
Rogério Marinho afirma que a proposta do governo federal “afronta a autonomia federativa, pois segurança é um tema que deve ser tratado levando em conta as peculiaridades locais”.
Segundo Marinho, “se estivesse mesmo preocupado com o país, Lula deveria promover a interlocução com o Judiciário, para evitar interferências como a ADPF 635, que retira autonomia da polícia do Rio de Janeiro para atuar contra o crime organizado nas favelas”.
Para o senador norte-riograndense, “se aproveitar de problemas tão sensíveis e caros à população para promover aparelhamento ideológico de instituições de Estado é marca histórica do PT. Sabemos no que isso vai dar, e não é bom para o Brasil”.
JOGO DE CENA
O senador Styvenson Valentim disse que “é um tema tão complexo e rico de debates, que não dá para ser discutido com uma reunião daquela com os governadores”.
Styvenson Valentim afirmou, ainda, que a reunião de quinta-feira (31) do presidente Lula com os governadores em Brasília, “politicamente é firula, quero ver na prática, porque quem vai decidir isso na prática é o Congresso Nacional”.
“Aquilo é para dar uma resposta à imprensa: olhe, a gente está preocupado, em 2026 a gente vai dizer que fez a reunião com os governadores, politicamente isso é ótimo, mas na prática, o que é que resolve”, criticou Valentim.
O senador do Podemos exemplificou que “não se consegue aumentar pena para estuprador, porque o PT não deixa, a gente não consegue tornar o crime organizado terrorismo, o PT não permitiu que o projeto caminhe na Câmara, passou no Senado porque botei debaixo do braço”.
Valentim acrescenta que “a legislação já é mais do que velha, tem que mudar o Código Penal e a processual penal, tem que acabar com os benefícios das impunidades, não só dos vagabundos, mas aqueles que têm foro privilegiado e cometem crimes piores do que as facções e as organizações criminosas. Aí eu quero ver como é que vai ser o debate”.
Por exemplo, Valentim defende mudanças, por exemplo, nas audiências de custódia, progressão de regimes, redução da maioridade penal e construção de presídios verticais: “Isso é que tem de ser mudado. Se o Executivo com sua trupe, não se envolvesse nisso, já seria um bom começo”.
Segundo Valentim, segurança pública também é missão dos Estados, mas tem que ter participação de prefeitos e toda sociedade, mas a PEC ainda “é insuficiente, até mesmo o papel do governo federal, porque parece que só está mesmo no artigo 144 da Constituição Federal, na prática é uma dificuldade das coisas acontecerem”.
“Também não adianta ter um Fundo Nacional de Segurança e não se ter capacidade de gasto, muitas vezes os estados não têm planejamento, estratégia e organização para usar os recursos”, alertou.
ZENAIDE
A senadora Zenaide Maia (PSD) disse que “o crime organizado é uma realidade, e não só municipal e nem estadual, acontece em todo Brasil e precisamos realmente que os dados sejam em conjunto, que se unam, para uma eficiência maior no combate. Acho o projeto interessante, pois não vai tirar autonomia de estados”.
“É compartilhamento de dados”, afirma a senadora, que inclusive apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC nº 44), que já conta com a assinatura de mais de 30 senadores “e determina a aplicação de recursos nas ações e programas do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), de forma progressiva, ao longo de quatro anos, finalizando com uma porcentagem mínima de 2,5% da receita corrente líquida da União”.
“Nós precisamos botar a Segurança Pública no Orçamento Geral da União”, defende a senadora Zenaide Maia.
Gonçalves e Benes criticam a PEC
Entre os oito parlamentares que compõem a bancada potiguar na Câmara Federal, o deputado Sargento Gonçalves (PL) considera “esta tal PEC da segurança pública inadequada e desnecessária.”
Sargento Gonçalves argumenta que “só não vê quem não quer, a intenção de Lula e seus “companheiros” não é melhorar a segurança pública ou diminuir a criminalidade. Muito menos fechar o cerco às facções criminosas”.
No entendimento de Gonçalves, “o objetivo é exatamente outro: criar uma espécie de guarda nacional fardada, aos moldes da Guarda Nacional Bolivariana da Venezuela, do companheiro de Lula, Nicolás Maduro”.
Segundo Gonçalves, ”a função do governo federal é apoiar as ações de segurança pública desenvolvidas pelos estados e municípios, e não querer interferir e até usurpar as funções já definidas”.
Finalmente, Gonçalves disse que “é impossível aceitar esse engodo do ex. ministro do STF, e sempre ministro de Lula, Sr. Lewandowisk, que insiste em apelidar está PEC, de aprimoramento da segurança pública do Brasil. No que depender de mim, irei lutar para impedir que este absurdo avance.
FORÇA
Na avaliação do deputado federal Benes Leocádio (União) “tudo que for feito para melhorar as condições de trabalho das forças de segurança do nosso país no enfrentamento à criminalidade é válido. Ainda acho muito pouco pelo caos que vive a segurança pública no país com essas medidas que ainda considero muito tímidas”.
O Benes Leocádio acredita que “a integração total das forças de segurança existentes hoje no Brasil, precisam ser integradas, aproximadas e divididas tudo que for informação e meios para se enfrentar à bandidagem. Mas ainda acho muito pouco que o governo federal está fazendo ou tem feito. Se não houver esse engajamento, essa integração de forças, continuaremos em minoria e em desvantagem, perdendo para as forças da criminalidade”.
Benes Leocádio disse esperar que “em breve essa integração não só das forças da União com os Estados, mas também com as guardas municipais e quem sabe dando-lhe condições inclusive de financiamento com o custeio através do Fundo Nacional de Segurança Pública, porque da forma como está é praticamente a gente vê e saber que se vai continuar enxugando gelo, as medidas na pontas a eficácia ainda é muito pouco, espero que sirva para se dar início a uma discussão mais ampla e até quem sabe é emendarmos essa proposta de emenda à,Constituição e de uma vez por toda buscarmos a integração das forças de segurança do Brasil de verdade”.
Leocádio opinou que “quanto ao tempo de ser agora, acho que já é até muito tarde, já deveríamos ter feito isso há um bom tempo. É importante saber que nós estamos há anos-luz atrás daqueles que desafiam o Estado brasileiro, e lamentavelmente ainda vamos ficar a mercê desses paliativos por muito tempo”.
“Não entendo isso ainda como um verdadeiro e necessário enfrentamento daqueles que teimam em desafiar. Não só as forças, mas também tirar o sossego das famílias brasileiras, que lamentavelmente é o que a gente tem visto hoje”, acrescento Leocádio, para completar: “Todo ano milhares e milhares e milhares de assassinatos, de roubos, de furtos, e o Estado ficando sempre, sempre, sempre a desejar naquilo que ele compreende”.
O deputado federal João Maia (PP) informou que “este é um assunto que ainda terei de estudar, pois não é minha especialidade, mas é certo que acompanharei a decisão do meu partido”.
Coronel Azevedo diz que PEC é uma afronta
O deputado estadual Coronel Azevedo (PT) avalia que “o texto do anteprojeto da PEC da segurança pública expressa o desejo de centralizar o poder policial em um dos entes federativos, a União, embora seu custeio seja eminentemente dos estados, cerca de 80% dos operadores de segurança pública são servidores estaduais, pagos pelos Estados.
Para o Coronel Azevedo, a PEC da segurança “afronta o federalismo brasileiro, enfraquece os estados, ameaça as liberdades. É preciso aprofundar o debate deste tema fundamental, conscientizar a população para afastar os arroubos autoritários, entendendo os riscos que todos estamos correndo”, disse.
O deputado estadual destacou que esta proposta é muito preocupante, revela o plano de concentração de poder pelo governo do PT, de controle absoluto do país.
Segundo Azevedo, “este modelo centralizador é comum em regimes socialistas, a exemplo de Cuba e Venezuela e aprisiona os cidadão nas mãos do Estado”.
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Nas primeiras horas do dia de hoje, 03 de novembro, informações que chegaram da cidade de Cruzeta apontaram um homicídio em um bolão de vaquejada.
A vítima é o Sargento da Polícia Militar Felipe Silva, muito conhecido na Caserna como Felipe Orelinha. O militar, que já estava na reserva remunerada, estava armado mas não teve tempo de se defender.
Por anos seguidos Felipe trabalhou com comandantes do 6º BPM, um deles foi o Coronel Costa. Felipe chegou a fazer parte também do serviço reservado da Polícia Militar na região do Seridó.
Blog Jair Sampaio
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Na tarde desta sexta-feira, um assalto movimentou o centro de Acari, no Seridó potiguar. Por volta das 15h, a Primeira Companhia do 13º Batalhão de Polícia Militar foi acionada após dois homens armados, em uma motocicleta de cor preta, invadirem um correspondente bancário, onde anunciaram o roubo, levando uma quantia em dinheiro ainda não divulgada.
Testemunhas relatam que os assaltantes agiram rapidamente e, após o crime, fugiram em alta velocidade. Imediatamente, equipes da Polícia Militar de Currais Novos e de Acari iniciaram uma operação conjunta para localizar os suspeitos. Foram realizadas buscas intensivas nas estradas da região e em possíveis rotas de fuga. No entanto, até o momento, os criminosos seguem foragidos.
A polícia continua as investigações e conta com informações da comunidade para qualquer pista que leve à captura dos responsáveis.
Repórter Seridó
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O primeiro dia do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2024 será neste domingo 3. Nessa etapa, os alunos responderão a 90 questões, sendo 45 de linguagens, 45 de ciências humanas, além de uma redação dissertativa-argumentativa.
Durante a prova, há um cronograma rígido de horários que os chefes de sala e os alunos precisam acompanhar. A seguir, confira os principais horários e entenda quando você deve entrar e sair da sala de aplicação.
Cronograma do primeiro dia do Enem
Abertura dos portões: 12h
Fechamento dos portões: 13h
Início das provas: 13h30
Horário mínimo para sair: 15h30
Encerramento da prova: 19h
Horários de encerramento para públicos específicos
Participantes com tempo adicional: 20h
Participantes da videoprova em Libras: 21h
Horário de Brasília
O Enem é aplicado ao mesmo tempo em todo o Brasil. Por essa razão, o cronograma de aplicação da prova segue o horário oficial de Brasília para os alunos de todos os estados.
Lembre-se do que você pode e ou não levar no dia do Enem
Para a edição de 2024, existem algumas regras sobre o que os estudantes podem ou não levar ao local de prova. Aqui estão os principais pontos:
O que pode e deve ser levado:
Obrigatório: Caneta esferográfica de tinta preta (material transparente) e documento de identificação válido;
Aconselhável: Cartão de confirmação de inscrição e declaração de comparecimento impressa (caso necessário justificar a presença).
O que pode ser levado, mas precisa ser vistoriado:
Lanches e água;
Medicamentos;
Artigos religiosos, como véu ou quipá;
Materiais de apoio para pessoas com condições específicas, como máquina de escrever em braile, óculos especiais, entre outros.
O que deve ser guardado no porta-objetos:
Celular e equipamentos eletrônicos;
Relógios, óculos escuros, bonés, lápis, lapiseiras, manuais e anotações.
O que não pode ser levado de forma alguma:
Armas de fogo (exceto nos casos permitidos), bebidas alcoólicas, cigarros, drogas ilícitas.
Conteúdo da prova do Enem no 1º dia
No primeiro dia de Enem, os alunos respondem a:
45 perguntas de linguagens, que envolvem língua portuguesa, literatura e língua estrangeira moderna (espanhol ou inglês);
45 perguntas de ciências humanas, que envolvem história, geografia, sociologia e filosofia;
Redação dissertativa-argumentativa.
AGORA RN
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Na manhã deste sábado, Currais Novos foi palco de uma ocorrência grave. Um senhor disparou uma espingarda contra o próprio filho no bairro José Dantas de Araújo, atingindo a vítima na região do pescoço. Após o disparo, o homem de 43 anos foi rapidamente socorrido e levado para a urgência do Hospital Regional Dr. Mariano Coelho, onde permanece em observação médica.
Equipes da Rádio Patrulha da Polícia Militar foram acionadas e, em uma busca intensa, conseguiram localizar a arma utilizada no crime. No entanto, o acusado, o próprio pai da vítima, ainda não foi encontrado.
O motivo da tentativa de homicídio permanece desconhecido e está sob investigação.
Repórter Seridó
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Foto: TSE
As doações de pessoas físicas nas eleições de 2024 encolheram quase R$ 50 milhões em relação à disputa de 2020 pelas prefeituras e câmaras municipais há quatro anos. Os dados são da plataforma DivulgaCandContas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que indicam um aporte de R$ 1,14 bilhão neste ano. Os números mostram ainda que os candidatos também investiram menos nas próprias candidaturas.
Além de doações de pessoas físicas, as campanhas são financiadas com recursos do Fundo Eleitoral e do Fundo Partidário, abastecidos com verba pública. Não é permitido doações de empresas.
O quadro ainda pode mudar, uma vez que o prazo para a prestação final de contas do primeiro turno pelos partidos termina na próxima terça-feira (5) e a do segundo turno, no dia 16. Mas a tendência é de retração no aporte financeiro das pessoas físicas.
Em 2020, foram R$ 1,19 bilhão. As cifras deste ano só superam as das eleições gerais de 2022 (R$ 930 milhões), quando menos cargos estão em disputa – neste ano, os brasileiros votaram em duas candidaturas em cada um dos 5.569 municípios em disputa.
Apesar do viés de queda, há exceções que chamam atenção nos dados do TSE e podem ter inclusive distorcido o quadro geral.
O maior doador na eleição de 2020, por exemplo, multiplicou por sete os valores repassados neste ano: Rubens Ometto, presidente da Cosan, gastou R$ 18,7 milhões – valor muito acima dos R$ 2,6 milhões doados há quatro anos.
O dinheiro foi distribuído em 212 candidaturas diferentes a prefeito e vereador e até diretórios de partidos como o PSD e o MDB. O maior agraciado foi o prefeito reeleito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), que recebeu R$ 2 milhões.
Em 2020, o empresário havia sido mais comedido também na seleção dos beneficiados: foram apenas 33 candidatos ou diretórios. O extinto DEM, atual União Brasil, levou R$ 300 mil, seguido do então candidato à reeleição em São Paulo Bruno Covas (PSDB), morto em 2021.
Além do quadro geral das doações, outro índice oscilou negativamente na comparação entre os dois últimos ciclos municipais: os recursos próprios dos candidatos, ou seja, os valores aplicados nas próprias campanhas.
Os postulantes às prefeituras e câmaras municipais investiram R$ 374 milhões do próprio bolso, bem menos do que R$ 481 milhões de 2020.
Neste ano o campeão foi Du Kawasaki (Avante), como é conhecido o empresário Eduardo Ramlow. Ele concorreu para a prefeitura de Vitória e doou R$ 747 mil para a própria campanha e outros R$ 202 mil para o diretório municipal do seu partido.
Apesar do investimento expressivo, Du terminou em último lugar na corrida e recebeu apenas 786 votos. A título de comparação, o prefeito reeleito na capital capixaba, Lorenzo Pazolini (Republicanos), recebeu 105 mil.
O Globo, por Malu Gaspar
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