Com mais de 100 mil atendimentos já registrados, o sistema Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) deu seu maior passo neste início de novembro.

Desde das primeiras horas dessa segunda-feira (4), o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel passou a ser o sexto hospital da rede estadual de saúde pública a utilizar o PEP como sistema de gestão hospitalar.

Desenvolvido em parceria com o Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LAIS/UFRN), o sistema eleva a gestão hospitalar do estado a um novo patamar, integrando os setores dos hospital e própria rede de unidades Sesap como um todo, apresentando dados com transparência e dando segurança aos pacientes. “O PEP, para além de um prontuário, é um grande sistema de gestão hospitalar. Todos os setores têm acesso à ferramenta, dando mais agilidade a todos os processos de trabalho”, ressaltou a secretária-adjunta da Sesap, Leidiane Queiroz, durante visita para monitorar a instalação do sistema.

A instalação do novo sistema é planejada há muitos meses, passando desde a instalação de novos equipamentos de TI até o treinamento de centenas de profissionais que atuam na assistência direta no Walfredo Gurgel. “Em muito pouco tempo teremos um avanço significativo na qualificação do trabalho e na melhoria da assistência aos pacientes. Esse é só um dos grandes investimentos que estamos fazendo no hospital”, pontuou Geraldo Neto, diretor-geral do hospital.

O PEP, nesta terça-feira (5), conta com o registro de mais de 53 mil prontuários, com 772 leitos inseridos no sistema e 4255 profissionais cadastrados para operá-lo. Estes profissionais estão espalhados, além do Walfredo Gurgel, pelos hospitais Deoclécio Marques de Lucena – pioneiro na rede, com o sistema em funcionamento desde abril de 2023 -, da Mulher Parteira Maria Correia, Giselda Trigueiro, Geral João Machado e Regional Tarcísio de Vasconcelos Maia.

Lojão do Real

Os Correios realizam, até o próximo dia 29 de novembro, um mutirão para renegociar dívidas com até 99% de desconto. Os interessados podem ir em qualquer agência do órgão.

Mais de mil empresas de varejo, bancos, telecomunicações, água, energia e outros segmentos participam. A ação é feita em parceria com a Serasa e não há cobrança de taxa adicional. Os endereços e horários de funcionamento das agências podem ser consultados no app e site dos Correios por meio deste link.

Os consumidores poderão negociar a data de vencimento e a quantidade de parcelas. Até a próxima quarta-feira (6), especialistas em finanças pessoais também estarão em agências das 27 capitais do país para incentivar o combate às dívidas.

Febraban

Também está acontecendo neste mês, até o dia 30 de novembro, o mutirão de bancos promovido pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos). A iniciativa, que começou na última sexta-feira (1º), tem a participação do BC (Banco Central), da Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) e dos Procons de todo o país.

Há, no mutirão promovido pela Febraban, a possibilidade de parcelamentos, descontos no valor do débito ou em taxas de juros para refinanciamento. As negociações são para dívidas no cartão de crédito, cheque especial, consignado e outras modalidades, desde que estejam em atraso e não tenham bens dados como garantia, nem sejam débitos prescritos.

Os bancos participantes podem ser consultados por meio deste link e as dívidas podem ser verificadas no sistema do BC. As negociações poderão ser feitas diretamente com a instituição credora em seus canais oficiais, ou pelo portal ConsumidorGovBr. Para fazer o processo pelo site do gov.br é preciso que a conta tenha nível de segurança prata ou ouro.

Passo a passo para limpar o nome nas agências dos Correios

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No balcão de atendimento, peça pelo serviço da Serasa Limpa Nome.
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Faça o pagamento e aguarde a baixa da dívida em até cinco dias.

Com informações do ICL Notícias

Lojão do Real

Kamala Harris e Donald Trump disputaram a Presidência dos EUA — Foto: LOREN ELLIOTT and Ian Maule / AFP

Com a volta do ex-presidente e candidato republicano Donald Trump à Casa Branca, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalia que os Estados Unidos devem ficar mais protecionistas e se preocupa pela ligação dele com o bolsonarismo. Aos 78 anos, o bilionário passa a ser o presidente mais velho da história americana ao derrotar a vice-presidente democrata Kamala Harris.

Dias antes das eleições, a leitura do governo brasileiro era de que o protecionismo sairia vencedor das urnas em ambos os cenários, tanto com uma vitória de Trump como de Kamala. No entanto, a proximidade do candidato do Partido Republicano com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) preocupa as áreas econômica, diplomática e o Palácio do Planalto.

O maior acesso da oposição a Lula ao alto escalão da política americana poderia comprometer projetos econômicos de interesse do Executivo, segundo assessores presidenciais. Nas palavras de um técnico da área econômica, “a questão não é o que Trump acha do Lula, mas o que o bolsonarismo diz a Trump o que pensa do Lula”.

Em entrevista ao canal francês TF1 na sexta-feira, Lula chegou a dizer que estaria “torcendo” para a democrata ganhar. Na ocasião, Lula disse que a possível vitória da sucessora de Joe Biden era importante “para o fortalecimento da democracia nos Estados Unidos”.

— Como eu sou amante da democracia, acho que é a coisa mais sagrada que nós humanos conseguimos construir para bem governar nosso planeta, eu obviamente fico torcendo para Kamala Harris ganhar as eleições — declarou.

A vitória de Trump preocupa também sob o ponto de vista econômico. As promessas do republicano de aumentar as tarifas de importação a níveis elevados para proteger os produtores nacionais, e a redução de impostos domésticos, indicando menor capacidade fiscal, são combustíveis para a inflação e os juros americanos. O Brasil e outros países em desenvolvimento seriam diretamente afetados.

Para o governo Lula, a julgar pela postura adotada no primeiro mandato do magnata, ele poderá retroceder num princípio adotado por Joe Biden, junto com os demais países do G20, em defender o crescimento econômico com sustentabilidade. À época, isso foi celebrado pelo Brasil.

Enquanto enxerga um cenário de incertezas nos EUA, o Brasil tenta se fortalecer, aproximando-se de parceiros fortes no cenário internacional. Um deles é a União Europeia (UE).

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, viajou na segunda-feira para a Europa, em um roteiro por Paris, Londres, Berlim e Bruxelas (sede da UE). Sua principal missão é de destravar o acordo entre Mercosul e o bloco europeu. A leitura do governo é que o avanço das negociações deixaria o Brasil mais fortalecido no cenário global, em meio à guerra comercial entre EUA e China, especialmente com a vitória de Trump.

O economista Luis Otávio Leal, sócio da G5 Partners, ressalta que Trump é mais nocivo à economia brasileira porque tanto sua política de aumento de tarifas quanto a de redução do número de imigrantes nos EUA são inflacionárias, o que deve reduzir o espaço para a queda dos juros pelo banco central americano (Fed).

— Mais juros nos EUA é dólar forte em termos mundiais, o que reduz a chance de valorização do real. Isso é mais inflação aqui e juros mais altos durante mais tempo por aqui — afirmou Leal em entrevista ao GLOBO.

Ele acredita que a imposição de tarifas pesadas sobre os produtos chineses, em um momento em que a economia da China enfrenta dificuldades, deve reduzir o crescimento do país. Como resultado, cairia a demanda por bens brasileiros, o que também teria impacto sobre o real.

O governo brasileiro espera pragmatismo dos EUA. E trabalhará para reforçar as relações bilaterais, explorando o conceito de que o Brasil é um país barato, não agressivo em sua política externa, neutro em conflitos e sua economia é complementar à americana.

André Galhardo, consultor econômico da plataforma de transferências internacionais Remessa Online, diz que o resultado da eleição americana trará impactos para a economia global, incluindo a brasileira. A seu ver, há um tema comum ao perdedor e ao vencedor: reduzir o avanço chinês no comércio internacional e fortalecer a produção nacional, para trazer empregos de volta para os EUA. Para isso, o poder do Estado deverá ser usado.

— Contudo, as semelhanças entre os planos param por aí. Trump tende a adotar uma política econômica de caráter mais populista, focando na redução de impostos e na ampliação dos gastos públicos, o que pode reaquecer o debate sobre o déficit fiscal americano. No cenário comercial, Trump tem uma abordagem mais truculenta que Kamala, o que deve gerar maior volatilidade no mercado — afirma.

Ronaldo Carmona, professor de Geopolítica da Escola Superior de Guerra, acredita que há um certo “consenso bipartidário” sobre os rumos da estratégia de reindustrialização americana, que começou com Trump e se aprofundou com Joe Biden. Citou como exemplo o Inflation Reduction Act (IRA), o maior pacote de recuperação econômica aprovado desde o New Deal (programas implementados nos EUA entre 1933 e 1937), no valor de US$ 1,7 trilhão.

— É um caminho sem volta, tendo em vista a necessidade de os EUA superarem vulnerabilidades que se explicitaram recentemente. O Brasil precisa traçar sua estratégia considerando esse novo cenário geoeconômico mundial, no qual o choque nas cadeias globais de valor e certa regressão na globalização é a realidade.

José Alfredo Graça Lima, experiente embaixador que chefiou importantes negociações internacionais pelo Brasil, acredita que a disputa dos EUA com a China é suprapartidária e a paralisação do Órgão de Apelação da Organização Mundial do Comércio seguirá de qualquer forma.

— O Brasil seguirá tendo déficit comercial com os EUA e será afetado por eventuais crises em setores sensíveis, como o siderúrgico — diz.

Fonte: O Globo

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Trump se declara vencedor após vencer na Pensilvânia — Foto: Doug Mills/The New York Times

O republicano Donald Trump venceu as eleições presidenciais americanas ao superar a candidata democrata Kamala Harris, tornando-se o segundo presidente a vencer eleições não consecutivas na História dos EUA. Trump, que já havia reivindicado a vitória ao conquistar a Pensilvânia, foi confirmado como vencedor pelos principais veículos da imprensa americana ao ganhar no Wisconsin, estado-pêndulo onde Kamala era favorita, chegando ao número de 277 delegados no Colégio Eleitoral. A confirmação veio por volta das 7h30 em Brasília.

Antes mesmo de alcançar os 270 delegados necessários para ser declarado o vencedor, Trump discursou na Flórida e prometeu “curar o país” em seu primeiro discurso após uma série de resultados positivos em estados-chave, que praticamente selaram seu retorno à Casa Branca após quatro anos. O republicano agradeceu ao povo americano “pela extraordinária honra de ter sido eleito o seu 47º presidente e o seu 45º presidente”, referindo-se ao seu primeiro e virtual segundo mandatos. Falando aos apoiadores, ele também declarou que “este será para sempre lembrado como o dia em que o povo americano recuperou o controle de seu país”.

— Vamos ajudar nosso país a se curar — continuou o ex-presidente republicano à multidão em West Palm Beach. — É uma vitória política que nosso país nunca viu antes.

Ainda durante a madrugada nos EUA (por volta das 5h no horário de Brasília), Trump já era projetado vencedor em três dos sete estados-pêndulo (Pensilvânia, Geórgia e Carolina do Norte). A vitória foi selada com a confirmação de vitória no Wisconsin, um estado em que se esperava uma vitória democrata.

— Vou lutar por vocês, pela sua família e pelo seu futuro todos os dias. Estarei lutando por vocês com cada respiração do meu corpo. Não descansarei até que tenhamos proporcionado a América forte, segura e próspera que os nossos filhos merecem e que vocês merecem. Esta será verdadeiramente a era de ouro da América — disse aos apoiadores.

Trump também usou parte de seu discurso para tecer muitos elogios ao bilionário Elon Musk, seu ferrenho apoiador, a quem teria prometido um cargo no governo caso fosse eleito novamente.

Ao encerrar o discurso, Trump mencionou o atentado sofrido durante um comício, em julho, e disse que sua vida foi poupada “por uma razão”.

— E esse motivo foi salvar nosso país e restaurar a grandeza da América. E agora vamos cumprir essa missão juntos — afirmou. — A tarefa que temos diante de nós não será fácil, mas trarei toda a energia, espírito e luta que tenho em minha alma para o trabalho que você me confiou.

Após o atentado, Trump e seus aliados usaram o incidente de forma quase messiânica, especialmente durante a Convenção Nacional Republicana, realizada dias depois do ataque, que feriu de raspão o ex-presidente.

Vários líderes mundiais já parabenizaram o republicano pelo resultado, com o premier israelense Benjamin Netanyahu sendo o primeiro a se manifestar.

Além da vitória de Trump, que ainda precisa ser oficializada, o Partido Republicano também assumiu o controle do Senado, em mais um duro golpe para os democratas.

Trump venceu a disputa contra a democrata após quatro anos de uma campanha baseada nas críticas ao governo de Joe Biden, na nostalgia dos quatro anos do governo do republicano e, principalmente, em questionamentos ao mesmo processo eleitoral que o levou ao poder duas vezes. Como um dos mais célebres sobreviventes políticos dos EUA, Trump escapou de condenações ligadas à insurreição por ele conclamada em janeiro de 2021, e soube transformar o Partido Republicano à sua imagem, agora cada vez mais ligada ao extremismo.

O Trump de hoje está a anos-luz do Trump empresário que cultivou uma imagem de empreendedor de sucesso, frequentador do jet-set e promotor de lutas de boxe. A formação de um império imobiliário, ao mesmo tempo em que sua cidade natal, Nova York, experimentava um renascimento após os caóticos anos 1970, estampou seu nome nas ruas, e seu rosto se fez conhecido mundo afora, seja como apresentador de um reality show no qual cunhou o bordão “você está demitido!”, seja em uma ponta em “Esqueceram de mim 2”, filmado em um de seus hotéis.

Ao lado dos negócios, Trump sempre teve os olhos no meio político: nos anos 1980, chegou a cogitar uma candidatura à Casa Branca, com ideias que incluíam desde o corte do déficit fiscal a políticas de desarmamento nuclear com a União Soviética. Nos anos 2000, montou comitês exploratórios para verificar a viabilidade de uma entrada na corrida, quando nutriu laços com figuras de todos os lados do espectro político: em 2008, endossou Hillary Clinton nas primárias democratas contra Barack Obama — na eleição geral, apoiou John McCain. Anos depois, os três seriam alvo de comentários pouco republicanos.

Sua ascensão definitiva veio na década passada. Em 2011, em um discurso na CPAC, mais importante reunião conservadora dos EUA, apresentou propostas que pautaram seu discurso político nos anos seguintes, com foco na economia, políticas de controle do aborto e menos regras para a venda de armas de fogo. Em sua fala, declarou que “nosso país será grande novamente”, uma frase que se tornaria lema não apenas de sua vitoriosa campanha de 2016, mas também de todo um movimento moldado à sua imagem, o Maga.

Trump soube captar um sentimento global de insatisfação com o meio político tradicional. Ao prometer “drenar o pântano” em Washington, punha em xeque seus próprios companheiros de partido, que não foram poupados nas intensas primárias de 2016. O senador Marco Rubio, rival na disputa pela vaga como candidato republicano, era chamado de “Pequeno Marco”, enquanto Ted Cruz, outro postulante, foi xingado de mentiroso em mais de uma ocasião. A verborragia e a popularização das mentiras eleitorais, as famosas “fake news”, viraram marcas pessoais em uma campanha que surpreendeu analistas políticos, veteranos de Washington e até o próprio Trump: na celebração da vitória, na madrugada de 9 de novembro, o presidente eleito parecia catatônico, incrédulo com o que tinha acontecido.

Uma vez empossado, Trump governou em modo permanente de campanha, mesmo sem cumprir muitas de suas promessas. O famoso muro na fronteira com o México jamais foi concluído, apesar de ser sempre citado em seus discursos. De azarão nas primárias de 2016, começou a tomar as rédeas do Partido Republicano, deixando às margens lideranças tradicionais e trazendo para o ambiente de tomada de decisões elementos radicais, inclusive conspiracionistas que o apoiaram nas urnas.

Trump serviu como um catalisador da divisão política, que normalizou pensamentos e atos outrora relegados às margens do espectro político. Em 2017, após uma marcha de neonazistas em Charlottesville, na Virgínia, quando uma mulher foi morta, disse que “havia pessoas boas dos dois lados”. Após a eclosão da pandemia de Covid-19, abusou da xenofobia ao chamar a doença que matou mais de um milhão de americanos de “vírus chinês”, e propagou tratamentos não recomendados por especialistas: em abril de 2020, ele indicou injeções de desinfetante contra o coronavírus, e o país viu um aumento de casos de intoxicação por produtos de limpeza.

Na reta final da campanha pela reeleição, disputada contra Joe Biden, defendeu a repressão aos protestos contra o racismo sistêmico nos EUA, iniciados após a morte de George Floyd, em maio de 2020. Segundo integrantes de seu governo, o então presidente perguntou se os soldados podiam “atirar nos manifestantes”, e pediu abertamente para que as forças de segurança “quebrassem crânios” e “espancassem” quem estivesse nas ruas.

Era um prelúdio para os últimos atos de seu primeiro mandato.

Em novembro de 2020, Trump perdeu para Biden, mas se recusou a aceitar os resultados, tentando uma série de manobras — ilegais — para permanecer na Casa Branca. Na última cartada, contou com o apoio de seus eleitores mais radicais, incluindo milícias de extrema direita e, tal como um pretenso messias moderno, guiou-os para o Capitólio no dia 6 de janeiro de 2021, quando o Senado confirmaria a vitória do atual presidente.

A invasão que se seguiu foi classificada dentro e fora dos EUA como uma tentativa de golpe de Estado, que deixou sete mortos e resultou em mais de mil processos e penas de até 20 anos de prisão. Trump, como o sobrevivente político que já havia demonstrado ser, usou o momento para se impulsionar como o líder de uma direita cada vez mais extrema, que agora comandava o Partido Republicano…ou o Partido de Trump.

Em quatro anos de campanha, o republicano radicalizou o discurso e trouxe para o seu lado elementos ainda mais extremistas, incluindo simpatizantes do nazismo — a teoria QAnon, famosa no final da década passada, soava quase como uma história de ninar diante de suas falas comparando imigrantes a animais, contendo elementos de misoginia impublicáveis e em defesa da retirada de direitos conquistados a duras penas, como ao aborto legal e a técnicas de inseminação in vitro.

No mês passado, ele reuniu milhares de apoiadores no Madison Square Garden, em Nova York, para seus argumentos de encerramento de campanha, um evento comparado por democratas a uma reunião nazista realizada em 1939 na arena que ficava no mesmo local. Na fala, Trump disse que os EUA são um “país ocupado”, que ele precisava ser eleito para “combater o inimigo interno” e para derrotar “a violenta máquina da esquerda radical que comanda o Partido Democrata”. Dias depois, afirmou que Liz Cheney, ex-deputada republicana e uma algoz de primeira linha, deveria ser fuzilada.

Mas nem mesmo o discurso “com inclinação ao fascismo”, como definiu seu ex-secretário de Defesa Mark Esper, afastou seus eleitores. Os resultados comprovaram um voto com o bolso, com a lembrança da baixa inflação dos tempos do governo Trump, a favor de maiores controles à imigração, e que ignorou os questionamentos ao sistema e incitações à violência. Para muitos republicanos, conforme mostraram pesquisas divulgadas semanas antes da votação, o real risco à democracia era Joe Biden (e, por consequência, Kamala). Um cenário que remetia a uma fala do próprio ex-presidente em janeiro de 2016, quando sua chegada à Casa Branca não era levada tão a sério.

— Eu poderia ficar no meio da Quinta Avenida e atirar em alguém, e não perderia nenhum eleitor — afirmou o então pré-candidato em um discurso em Iowa.

Colaborou Amanda Scatolini.

Eldorado

Quem tem investimentos em criptomoedas está comemorando. É que o Bitcoin — a mais antiga e comercializada delas — bateu recorde histórico no mês de outubro: superou a cotação de R$ 396 mil, segundo o Índice de Preço do Bitcoin (IPB). A informação é do Portal do Bitcoin. Puxada pela tendência de mercado e pela alta do dólar, o ativo digital já vem registrando altas desde julho, quando ultrapassou, pela primeira vez, no Brasil, os R$ 380 mil.

No cenário externo, as eleições presidenciais nos EUA, com possibilidade de vitória do ex-presidente Donald Trump, têm forte influência, já que o republicano se declara entusiasta do bitcoin.

No Brasil, o cenário também é favorável ao bitcoin, avalia o analista de mercado e especialista em finanças pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Eduardo Domenico.

“Prova disso é que os governos estão buscando a regulamentação do bitcoin em diversos países, inclusive no Brasil. Medida que pode trazer mais confiança aos investidores. Além disso, grandes players internacionais estão criando carteiras dessa moeda, o que também pode ter influência positiva no preço”, avalia Domenico.

Bitcoin: como funciona

Com o apelido de “ouro digital”, o Bitcoin usa o mesmo princípio do valioso minério dentro do mercado: tem reservas limitadas. São 21 milhões de unidades. Até agora, cerca de 19 milhões já foram criadas, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O restante, 2 milhões, para existirem, deverão ser minerados. Este é o termo que se usa para descrever o processo de criação do ativo digital.

“A mineração serve para criar novas unidades deste ativo, verificar, registrar e validar as transações, que são feitas exclusivamente pela Internet”, explica Domenico. Cada transação de Bitcoin é enviada para a rede e os mineradores fazem todo trabalho, por meio de supercomputadores. Por isso o termo “mineração”.

O Bitcoin trouxe uma lógica completamente diferente de toda moeda que já havia sido criada e transformou a forma de controle do dinheiro tradicional, por se tratar de um poder descentralizado — sem intervenção de bancos e instituições financeiras e independente de qualquer poder político. “Todo o sistema é gerido pela própria comunidade, na Internet”, explica Domenico.

Bitcoin: novo documentário mostra como o sistema monetário pode ser impactado

Os defensores do bitcoin apostam em mudanças significativas no sistema financeiro global criadas a partir dela. Um documentário online lançado em junho, nos Estados Unidos, reúne especialistas de diversas áreas para explicar essas mudanças. “God Bless Bitcoin” pode ser visto de graça e está disponível com legendas em português.

A porta-voz do filme no Brasil, Fabiana Albuquerque, explica que a produção traz um novo olhar sobre formas de comprar e vender, e encoraja nas pessoas a vontade de entender mais sobre o Bitcoin.

“Tudo que foi passado no filme você já começa a querer saber, pois trata-se de uma transição. Como já aconteceu em outros tempos da história mundial: saímos da moeda que era o sal. Depois, fomos para o ouro, para os metais, papel e, agora, estamos indo para a era digital. As pessoas têm que se informar, aprender. O filme é essa introdução, trazendo interesse para que você possa acordar e saber mais.”

Bitcoin: autonomia e não-intervenção

O documentário mostra, por meio da opinião de especialistas em bitcoin, do mercado financeiro e de investidores, como a autonomia da moeda é o ponto-chave para as mudanças econômicas que o mundo precisa. Como o Bitcoin não está vinculado a banco, instituição financeira, país ou políticos, todas as transações são feitas de uma ponta a outra, sem intervenções.

“O Bitcoin é totalmente desvinculado da economia, dos governos, das empresas. É uma comunidade grande de qualquer classe social, qualquer cor, raça, língua. Somos os participantes que fazem a auditoria desse banco de dados, ao qual os governos não têm acesso “, acrescenta Fabiana Albuquerque.

Bitcoin: alternativa segura

Estabilidade e segurança em tempos difíceis: um dos vieses do Bitcoin abordados em “God Bless Bitcoin”. O filme mostra ainda como o ativo digital pode ser uma alternativa, tanto para períodos de crises financeiras — como a enfrentada pela Venezuela —, quanto para tempos de conflito — como a guerra entre Ucrânia e Rússia.

No filme, Yan Pritzker, cofundador da Swan Bitcoin, empresa especializada em mineração de Bitcoin, conta que tinha amigos na Ucrânia, nos inícios dos ataques. “Eles ajudaram a salvar pessoa dos destroços do conflito e me pediram ajuda para comprar mais suprimentos, como água e comida. Num determinado momento, a única maneira de colocar dinheiro na Ucrânia era Bitcoin”, explica Yan. “Não há outra tecnologia que possa cruzar fronteiras enquanto o sistema bancário está interrompido.”

Outro exemplo mostrado no filme vem do Afeganistão. No país conservador, onde muitas mulheres que trabalham fora não têm acesso a contas bancárias, o pagamento vem pelos correios ou pela conta de parentes. Mulheres que, muitas vezes, acabam nem colocando as mãos nesse dinheiro, já que os homens daquele país não querem dar liberdade financeira a elas.

Em depoimento, Roya Mahboog, CEO do Digital Citizen Fund no Afeganistão, conta que a criação de carteiras de Bitcoins foi a solução para essas mulheres. “Ouvimos sobre o Bitcoin e pensamos: bem, podemos usar essa moeda e enviar para as mulheres diretamente e elas podem ter o controle de suas próprias finanças”.

O documentário “God Bless Bitcoin” pode ser conferido, de graça, na página www.godblessbitcoin.com e pelo Youtube. Até agora, a produção registrou mais de 4 milhões de visualizações na plataforma.

GOD BLESS BITCOIN

Duração: 1 h 29 min
Ano: 2024
Direção: Brian Estes, Kelly Estes e Michal Siewierski
Elenco: Natália Brunell (Jornalista/Podcaster), Mark Kuban (Capitalista de risco), Tony Hawk (Skatista), Tony Gallippi (Cofundador Bitpay), David Bailey (Revista CEO Bitcoin), Michael Moro (CEO Gênesis), Cory Klippsten (CEO Swan Bitcoin)
Onde assistir: pelo site www.godblessbitcoin.com e Youtube.

Fonte: Brasil 61

PAX

Trânsito em Natal (RN) — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi

No Brasil, foram 480 novas ações por dia em razão dos crimes de trânsito, segundo o levantamento inédito. Foram contabilizadas 116.597 ações durante o período de janeiro e agosto, conforme dados obtidos no banco estatístico disponibilizado pelo CNJ.Com o crescimento dos casos de crimes de trânsito, foram 489 novos processos judiciais por dia e 178.512 ações iniciadas ao longo de 2023.

Apesar da alta no indice, o Rio Grande do Norte não está entre os estados com o maiores números de casos registrados. O Rio Grande do Sul apresenta o maior número, com 21.345 novos casos.

Crimes de trânsito mais comuns

De acordo com o advogado criminalista, João Valença, os crimes que mais resultam em em processos judiciais são:

  • Homicídio culposo na direção de veículo automotor
  • Lesão corporal culposa na direção de veículo automotor
  • Omissão de socorro
  • Fuga do local de acidente
  • Conduzir veículo automotor sob influência de álcool ou substância psicoativa
  • Racha
  • Dirigir sem permissão ou habilitação.

“As penas variam entre multas e suspensão ou cassação da habilitação, detenção, e pena de reclusão de até 10 anos nos casos que resultem em morte, lesão corporal por racha, ou em caso de fuga do local, omissão de socorro, e condução do veículo sem portar habilitação”, explica o especialista.

G1

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A loja Doce Segredo, que já é um sucesso nas redes sociais e nas vendas, está prestes a abrir suas portas em Currais Novos, trazendo uma nova experiência para quem busca apimentar o romance, explorar novas sensações ou cuidar do auto prazer. Com uma variedade de produtos cuidadosamente selecionados, a Doce Segredo promete tornar a cidade ainda mais doce e irresistível.

A partir do dia 21 de novembro, a loja estará pronta para receber o público na Rua Teotônio Freire, 164-B, no Centro, ao lado da Caern.

Campo Forte

Monte Alegre, um município do Rio Grande do Norte, está se destacando por ser o único no estado a adquirir iogurte de leite de cabra para a merenda escolar. Este projeto inovador tem como base o trabalho do Capril Buxada de Monte Alegre, que produz diariamente 80 litros de leite de cabra, resultando em cerca de 2.400 litros por mês. A produção de leite é destinada à fabricação de iogurte, queijos, manteiga e doces, todos derivados do leite de cabra, que são comercializados localmente e também adquiridos para a alimentação escolar.

O município, ao adotar essa iniciativa, não apenas oferece uma alimentação de qualidade para os alunos, mas também incentiva a economia local, ao fortalecer a cadeia produtiva da caprinocultura leiteira. A compra de iogurte de leite de cabra é uma medida que valoriza a produção artesanal da região e promove a sustentabilidade e a saúde, com alimentos frescos e nutritivos para as crianças.

Este modelo de integração entre a agricultura familiar e a educação pública é um excelente exemplo de como políticas públicas podem alavancar o setor agropecuário, promovendo o bem-estar social e fortalecendo a economia regional. A caprinocultura no Rio Grande do Norte, especialmente na região de Monte Alegre, tem mostrado grande potencial de crescimento e diversificação, com a produção de derivados lácteos de alta qualidade, que atendem tanto ao mercado local quanto regional.

Agro Sertão

PAX

Prefeito eleito de Currais Novos, Lucas Galvão anunciou os primeiros nomes de seu secretariado. A oficialização virá apenas com o início do mandato, mas a confirmação dos seus futuros assistentes ocorreu em publicação nas redes sociais do prefeito eleito.

Por ordem na montagem que fizemos acima, os nomes confirmados são de Adriano Nunes (Cultura); Clayper Salustiano (Agricultura) e Ingred Araújo (Administração).

“Nos próximos dias, nos reuniremos com todo o Secretariado para prosseguirmos com a transição e com o nosso planejamento”, disse Lucas em sua publicação no Instagram.

A expectativa é que haja a confirmação nas próximas semanas do nome de Sueid Rusk para a Secretaria de Esportes, que será criada no início da gestão. Outras pastas seguem em aberto e a definição também deve ser tomada nos próximos dias.

Eldorado

Foto: Divulgação/Igarn

Os reservatórios do Rio Grande do Norte somam 3.058.490.456 m³, o que representa 67,23% da capacidade máxima de acumulação, de 4.549.292.624 m³, conforme relatório divulgado pelo Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn), responsável pelo monitoramento das reservas hídricas superficiais.

No mesmo período de 2023, o volume acumulado era de 2,385 bilhões de metros cúbicos, correspondendo a 53,88% da capacidade total.

A barragem Armando Ribeiro Gonçalves, maior reservatório do estado, acumula 1.711.800.800 m³, o que equivale a 72,13% de sua capacidade total de 2.373.066.000 m³. Em novembro de 2023, o reservatório armazenava 1,372 bilhão de metros cúbicos, ou 57,85% de sua capacidade.

Já a barragem Santa Cruz do Apodi, o segundo maior manancial do RN, armazena atualmente 444.925.900 m³, o que representa 74,19% de sua capacidade de 599.712.000 m³.

Outros reservatórios também apresentam volumes expressivos. A barragem Umari, em Upanema, acumula 244.545.258 m³, correspondentes a 83,52% de sua capacidade de 292.813.650 m³. A barragem Marechal Dutra, conhecida como Gargalheiras, possui 36.061.305 m³, ou 81,18% de sua capacidade de 44.421.480 m³. O açude Trairi, localizado em Tangará, conta com 30.193.836 m³, equivalente a 85,70% de sua capacidade total de 35.230.000 m³.

A barragem Campo Grande, em São Paulo do Potengi, armazena 20.460.006 m³, o que corresponde a 88,42% de sua capacidade de 23.139.587 m³. Em Rafael Fernandes, o reservatório Gangorra está com 8.100.000 m³, correspondendo a 81% de sua capacidade de 10 milhões de metros cúbicos.

Alguns reservatórios, no entanto, encontram-se com volumes inferiores a 10% de sua capacidade: Itans, em Caicó, com 0,45%; Passagem das Traíras, em São José do Seridó, com 1,86%; Esguicho, em Ouro Branco, com 5,92%; Jesus Maria José, em Tenente Ananias, com 6,24%; Brejo, em Olho D’Água do Borges, com 8,73%; e Mundo Novo, em Caicó, com apenas 0,11% de sua capacidade.

Tribuna Norte

Mega 20