Sesap planeja realizar 100 mil cirurgias eletivas durante o ano

Número de cirurgias é o maior registrado em 10 anos | Foto: Alex Régis

A Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap-RN) planeja atingir 100 mil cirurgias eletivas em 2025. O número foi apresentado em coletiva de imprensa da pasta nesta segunda-feira (24), ocasião em que a Sesap fez um balanço das cirurgias eletivas realizadas em 2024, tendo atingido a marca de 89.605 cirurgias, número 17% maior em relação a 2023, com 76.619 procedimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ao todo, entre cirurgias eletivas e emergências, o Estado fez 138.648 procedimentos contra 126.948 em 2023.

Segundo os números apresentados pela Sesap, o quantitativo de cirurgias eletivas realizado em 2024 é o maior desde 2014. A Sesap informou que o Estado terminou o ano passado com o maior índice de execução de cirurgias eletivas de alta complexidade do Brasil, com uma taxa de 5,97. Em relação à média complexidade, a taxa foi de 2,00, a quinta maior do Brasil e a maior do Nordeste.

Na avaliação da secretária adjunta de Saúde do RN, Leidiane Queiroz, o aumento de cirurgias em 2024 é reflexo de uma série de procedimentos internos feitos na Sesap, com avaliações frequentes e encaminhamentos dos pacientes em busca dos procedimentos, aliado à ampliação da regionalização dos serviços em hospitais no interior. Ela cita, por exemplo, a realização de cirurgias bariátricas em Currais Novos, no Hospital Regional Mariano Coelho. A gestora disse ainda que houve aumento de aporte financeiro do Governo Federal pelo Programa Nacional de Redução de Filas (PNRF), saltando de R$ 10 milhões para R$ 20,2 milhões. Ao todo, o Estado investiu R$ 46,5 milhões na realização de cirurgias eletivas, entre recursos estaduais e federais.

“Atribuo isso à gestão. O que essa equipe fez foi gestão e articulação. Toda semana nos reunimos, conversamos com municípios, análise de dados e gráficos, pensando o seguinte: a 3ª região não está conseguindo produzir o pactuado, por exemplo, qual o procedimento? Qual outra região vai conseguir resolver? Rapidamente se pactua, temos uma instância chamada Comissão Intergestora Regional, na qual a proposta do comitê é levada para essa repactuação, e assim conseguimos não ser estáticos. Estamos a todo tempo monitorando, temos o nosso sistema de cirurgias eletivas que nos ajuda com isso, tudo transparente e auditável”, explica.

Ainda segundo Leidiane Queiroz, a Sesap tem trabalhado para uniformizar e unificar um sistema para que se tenha apenas uma fila de procedimentos, com o intuito de que o Estado tenha um diagnóstico real do tamanho da fila. Atualmente, essa fila chega a 33 mil procedimentos.

“Quando começamos a trazer a problemática do Estado, tínhamos uma informação fragmentada. Tínhamos informação de pessoas que estavam provavelmente em duas ou três filas ao mesmo tempo, procedimentos de pessoas que já fizeram e estavam na lista, e tínhamos um número grande de pessoas que sequer conseguíamos enxergar. Não tínhamos sistema próprio para fazer essa gestão, cada município e prestador tinham sua própria fila, e não contabilizávamos isso na fila anunciada”, cita.

Barreira ortopédica

Aberta no último dia 7 de fevereiro para atender os serviços de baixa e média complexidade da Região Metropolitana de Natal, a barreira ortopédica instalada pelo Governo do Estado em Macaíba para desafogar o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, ainda não realizou nenhuma cirurgia ou internação. Isso porque o centro cirúrgico do serviço, implantado no Hospital Regional Alfredo Mesquita, na Região Metropolitana, não está pronto.

A secretária adjunta de Saúde do RN, Leidiane Queiroz, diz que pequenos ajustes faltam para que o centro cirúrgico inicie seus trabalhos, podendo chegar a seis procedimentos por dia, a depender da complexidade da cirurgia. A expectativa é que o centro cirúrgico seja aberto até o Carnaval.

Tribuna do Norte

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